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Download PDF — Crônicas Vampirescas -02 – O Vampiro Lestat

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como a água procurando seu caminho montanha abaixo. Ficou mais suave e mais<br />

sombrio ainda, parecia haver nele algo de indisciplinado e de disciplinador, de<br />

pungente e vasto. Eu me deitei de costas no telhado com os olhos fixos nas<br />

estrelas.<br />

Pequenos pontos de luz que olhos mortais não poderiam ter visto.<br />

Nuvens fantasmas. E o som agudo e rude do violino chegando lentamente ao fim,<br />

com intensa tensão.<br />

Não me mexi.<br />

Eu tinha uma certa compreensão silenciosa do que o violino dizia para<br />

mim. Nicki, se pudéssemos conversar de novo... se ao menos “nossa conversa”<br />

pudesse continuar.<br />

A beleza não era a traição que ele imaginava ser, era mais uma terra<br />

desconhecida na qual se poderiam cometer mil erros fatais, um paraíso selvagem e<br />

indiferente sem indicações claras do bem e do mal.<br />

Apesar de todos os refinamentos da civilização que conspiraram para<br />

produzir a arte <strong>—</strong> a estonteante perfeição do quarteto de cordas ou o exuberante<br />

esplendor das telas de Fragonard <strong>—</strong> a beleza era selvagem. Era tão perigosa e sem<br />

lei quanto a terra fora milênios antes que o homem tivesse elaborado um único<br />

pensamento coerente ou escrevesse códigos de conduta em tábuas de argila. A<br />

beleza era um Jardim Selvagem.

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