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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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modernização da cidade ficam mais compreensíveis quando identificamos seus<br />

interesses compondo o texto do PDLI, o Código de Posturas Municipal e o projeto<br />

Cabana.<br />

Já foi citado o estudo do caso da transferência da feira do centro da cidade. As<br />

mudanças do PDLI tinham por meta principal modificações na “produção econômica”<br />

365 do município. É muito objetivo no que refere à pretensão maior de integração<br />

econômica dos setores produtivos; comercial, agrário e pecuário e industrial, diz;<br />

(...) as perspectivas regionais de crescimento econômico e das relações destas<br />

com a cidade sejam coerentes e se compatibilizem entre si, e, segundo,<br />

promover o aumento da renda urbana, através do crescimento das atividades<br />

econômicas e de ocupação para mão de obra... 366<br />

O texto defende que esta seria a solução para o combate à desocupação, desemprego<br />

crescente que também preocupava a gestão. Os interesses do comércio aparecem<br />

expressos nas formulações principalmente do projeto Cabana e a mudança da feira e nos<br />

ajustes realizados pelo novo código de posturas que tinham suas orientações formuladas<br />

no PDLI. O Código de posturas tentava organizar os aspectos da produção de alimentos,<br />

gado, comércio no centro da cidade, divertimentos públicos e etc. Chamou-nos a<br />

atenção que o centro é o principal alvo das orientações juntamente com o perímetro<br />

urbano são os focos das reorganizações orientadas pelo código: proibições de circulação<br />

de animais e criação deste na cidade, andar de patins em logradouros não destinados a<br />

tal fim, manutenção da ordem social nos bares por responsabilidade de seus<br />

proprietários, trajes adequados em cinemas e teatros e etc. 367<br />

A atenção dedicada aos impedimentos do Código, atingiam diretamente as<br />

populações pobres vindas da zona rural em favor da concorrência de grandes<br />

comerciantes que, por meio desse código e dos projetos, tornavam seus desejos práticas<br />

políticas do governo municipal. A proibição de buzinas, alto falantes, impedia o uso<br />

costumeiro destes que as usavam para chamar atenção para seus produtos. A decretação<br />

de ilegalidade da produção de hortaliças nos quintais no perímetro urbano jogava a<br />

margem trabalhadores que viviam pela venda desses produtos nas feiras.<br />

365 PACHECO, Larissa Penelu Bitencourt. Trabalho e costumes de feirantes de alimentos: pequenos<br />

comerciantes e regulamentações do mercado em Feira de Santana (1960/1990). Feira de Santana, 2009, p<br />

121. (Dissertação).<br />

366 PDLI. Prefeitura Municipal de Feira de Santana, 1969.<br />

367 Código de Posturas. Feira de Santana, 1967.<br />

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