12.06.2013 Views

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

compreender os elementos que fizeram este sujeito ser lembrado como “grande<br />

prefeito”. Não nos interessou neste momento da pesquisa problematizar os conceitos de<br />

modernização, mas sim, identificar como surge a planificação do que alguns grupos<br />

locais chamaram de modernização da cidade e de como estes fizeram dessa idéia um<br />

projeto que escondia sentidos políticos mais amplos.<br />

Temos a intenção de contribuir para o desenvolvimento de uma historiografia<br />

sobre a cidade e sua “modernização” a partir da década de 1950. O período proposto<br />

para a pesquisa foi palco do processo que conferiu à cidade um destaque no Estado e no<br />

país. Essa pesquisa ousa com certo pioneirismo no estudo da história política local haja<br />

vista que não há nenhuma pesquisa que tenha se dedicado a investigar o referido<br />

período com o destaque temático aqui proposto.<br />

As pesquisas desenvolvidas sobre a modernização e industrialização da cidade<br />

não aprofundaram a investigação sobre o papel político de João Durval, embora,<br />

algumas o situem como prefeito importante para o desenvolvimento da cidade no<br />

período de 1967 a 1971. Dentre estas a dissertação de Santos 2 sobre um sonho de<br />

industrialização local, uma utopia de modernização, não têm como objeto a prática real<br />

de João Durval e grupos locais que planejavam um modelo de cidade na cidade. Os<br />

caminhos do “sonho” a levam a refletir como se previa a cidade por um olhar de agentes<br />

externos, porém, sem pensar uma realidade projetada e articulada politicamente,<br />

concretizada nos projetos e sua implementação por grupos, frações de classe, sujeitos<br />

locais. O “sonho” foi estudado em sua elaboração prática, sendo que João Durval foi<br />

uma personagem articuladora e desencadeadora deste(s) projeto(s) como a autora já<br />

apontava.<br />

Para Durval, fazer vencedor o seu projeto político envolveu uma série de táticas<br />

e mecanismos para consolidação de novos objetivos para a cidade, articulando o velho<br />

passado comercial e pecuarista que a cidade vivia 3 , com novas perspectivas de<br />

higienização, modernização acelerada, com reforma urbana, industrialização e<br />

reorganização econômica.<br />

2 SANTOS, Alane Carvalho. Feira de Santana nos tempos da modernidade: o sonho da<br />

industrialização. UFBA, 2002. (Dissertação de Mestrado)<br />

3 Em monografia, Pacheco (2007) defende que a retirada da feira do centro da cidade, através do projeto<br />

CABANA envolveu a articulação de João Durval com setores de comerciantes que queriam um centro<br />

urbano limpo para exibição de suas vitrines posto que estas estivessem em contraste com o „antigo‟<br />

representado pela feira que tinha ligações com a zona rural e comercialização de seus produtos.<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!