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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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por novos sujeitos 151 . O protesto causou a perseguição à gestão do prefeito, que foi<br />

acusado de ser quem convocou o protesto Hugo Silva chegou a afirmar que “sempre<br />

previu” que isso aconteceria e, que “foi apenas o inicio do que pode acontecer”,<br />

continuando diz ainda que chegaram ao edil comentários de que a prefeitura mantinha<br />

um arsenal sob seu controle 152 .<br />

Pinto havia despertado a ira de opositores por sua aproximação com o<br />

governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Em um episodio conhecido como guerra<br />

dos currais 153 e o prefeito assumiu junto com a guarda municipal e homens dos<br />

subúrbios, a liderança de um enfrentamento aos fiscais do governo do estado contra a<br />

cobrança de impostos. Neste momento ele afastasse, até mesmo, das perspectivas do<br />

partido que lutava dentro das “regras do jogo democrático”. 154 A guerra dos currais já<br />

havia deixado lembranças fortes em seus opositores. Foi um momento de enfrentar o<br />

governo de Lomanto Jr. Que substituiu o secretário de finanças do governo municipal<br />

que era indicado pelo governo estadual, afinal o governo estadual queria garantir a<br />

cobrança de novas taxas também . O lugar escolhido teria sido os currais, devido esse<br />

local ser de grande importância para economia da cidade, segundo o Folha do Norte;<br />

O prefeito municipal, todo o secretariado e os oficiais de gabinete de carreira<br />

disponíveis no momento estavam entrincheirados, nos Currais do Município<br />

fortemente armados e dispostos a repelir, à bala, os prepostos da fiscalização<br />

estadual caso pretendessem arrecadar os impostos. 155<br />

O quebra-quebra da Câmara foi o último acontecimento de relevância de que a<br />

oposição pôde apropriar-se contra o prefeito. Joselito Amorim, vereador pela UDN,<br />

disse que havia “algo de podre” 156 no governo, que o povo da terra poderia esperar por<br />

algo perigoso. Hugo Silva acusou que havia uma “comunização em nosso município por<br />

parte do governo” 157 . Assim a Câmara se despedia do conturbado ano de 1963 para dar<br />

inicio a seu recesso e voltar somente com os militares na presidência da república.<br />

151<br />

Ver: SANTOS, Ana Maria Fontes dos. O ginásio municipal no centro das lutas populares em Feira de<br />

Santana (1963-1964). Revista Sitientibus, nº 24, p31-44, Feira de Santana, UEFS, 2001.<br />

152<br />

Ata da 111° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 03/12/1963.<br />

153<br />

Para ver mais sobre essa discussão: CAMPOS, Ricardo da Silva. O Putsh na Feira: sujeitos sociais,<br />

partidos políticos e política em Feira de Santana, 1959-1967. (Monografia). p.36-39.<br />

154<br />

HIPPOLITO, Lúcia. De Raposas e Reformistas: o PSD e a experiência democrática brasileira (1945-<br />

64). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985, p. 45.<br />

155<br />

Folha do Norte. 22/06/1963.<br />

156<br />

Ata da 111° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 03/12/1963.<br />

157<br />

Ata da 113° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 05/12/1963.<br />

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