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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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O Ginásio Municipal é apenas um dos temas em que se ocuparam o adesistas do<br />

golpe e do projeto de modernização local. Freqüentemente tiveram oportunidade de<br />

exaltar as realização da gestão de Joselito Amorim, mesmo que tenham se esforçado<br />

menos do que em relação à gestão posterior. O jornal Situação, fundado em 1967 e que<br />

tinha como Superintendente Antônio José Laranjeira, também Diretor de Turismo do<br />

Governo de João Durval, elogiava a gestão de Amorim pronunciando, neste mesmo ano,<br />

que “os trabalhos executados na gestão do Prefeito Joselito Amorim, já é{SIC}<br />

comentado nos altos círculos governamentais do país”. 307 O prefeito recebeu elogios de<br />

outras formas, em discursos de vereadores e etc. O proferido dialogo com a classe<br />

operária e estudantil, estimado pelo Folha do Norte são exemplos de trabalho de<br />

enquadramento de memória. Enquanto o jornal pronunciava este discurso, militantes<br />

eram presos e acusações de subversão eram feitas. Segundo o Pollak:<br />

Esse trabalho de enquadramento da memória tem seus atores<br />

profissionalizados, profissionais da história 308 das diferentes organizações de<br />

que são membros, clubes e células de reflexão. 309<br />

Na cidade conseguimos identificar um representante destes profissionais da<br />

História. Raymundo Pinto, Secretário de Educação do governo de João Durval e<br />

também colunista do Folha do Norte. Em 1971ele publicou um livro intitulado<br />

“Pequena História de Feira de Santana”. Obra que resumidamente trata, principalmente,<br />

da experiência política institucional da cidade na segunda república. Trata-se de uma<br />

análise sintética do autor sobre a gestão de prefeitos e interventores do município até o<br />

ano de lançamento do texto, documento privilegiado para reconhecermos o ambiente<br />

cultural de busca de um consenso sobre a ditadura e a gestão no executivo municipal<br />

entre 1967 e 1971. A estratégia textual é um dialogo realizado entre o autor e uma<br />

personagem, Zé, sobre a História política do município. O texto de fácil entendimento<br />

parecia ser voltado para um público em idade escolar, talvez um livro didático, bastante<br />

apelativo.<br />

Em seus capítulos um chama atenção para nosso estudo, o que analisa a historia<br />

do tempo presente do autor. Raymundo Pinto nos oferece uma reflexão tendenciosa<br />

307<br />

Situação, 02/03/1967.<br />

308<br />

Grifos meus. Desconfiei que talvez o termo fosse História, referindo-se a produtores de textos. Pode<br />

haver um erro de tradução.<br />

309<br />

POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. Estudos Históricos. Vol. 02, n. 03, 1989.p.<br />

09.<br />

84

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