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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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O conjunto do governo do PSD, entre 1963 e 1964, incomodava a UDN, mas em<br />

especial alguns episódios jamais registrados antes na cidade, chamavam mais a atenção.<br />

Daí a grande revolta de Hugo Silva com o quebra-quebra da câmara em 1963.<br />

Enquanto este acusava o governo de comunização, Joselito Amorim afirmava que não<br />

recuariam os vereadores diante do fato 186 . Mas o golpe permitiria a Hugo Silva uma<br />

nova empreitada junto a seus correligionários. Apesar do atraso da reação, articulação e,<br />

adesão pública udenista ao golpe (devido o recesso da Câmara), esta veio, e em uma<br />

data especialmente simbólica Hugo Silva e a UDN presenteariam seu homem de força.<br />

No dia 08 de maio 187 de 1964, um mês depois do recesso da Câmara, pouco mais de um<br />

mês pós-golpe, e no dia do aniversario do candidato derrotado da UDN a eleição de<br />

1962, Hugo Silva propõe, depois de aprovada uma moção de congratulações a João<br />

Durval pelo seu aniversário - estaria por vir ainda o maior presente - o Projeto de<br />

Resolução n° 55/A64, “declarando impedido no cargo de Prefeito do Município de Feira<br />

de Santana o Bel. Francisco José Pinto dos Santos” 188 aprovado por 08 votos a favor<br />

contra 05 depois de vários constrangimentos aos edis em sucessivas tentativas frustadas<br />

devido a não formação de quórum em reuniões. Na mesma data assumiu a prefeitura o<br />

vereador Joselito Amorim (UDN) 189 , e o poder local começava a se reacomodar na<br />

prefeitura com um golpe civil, desencadeado pelos velhos mandões udenistas 190 . Após a<br />

resolução de impedimento do prefeito, o fato foi comunicado a Juracy Magalhães e este<br />

comunicou a Castelo Branco 191 a solicitação de deposição do prefeito, ocorrendo como<br />

conseqüência à prisão de Francisco Pinto 192 . Juracy e Castelo previam que Feira de<br />

Santana seria um ponto estratégico de refúgio caso a “revolução” não desse certo 193 ,<br />

logo essa cidade certamente não poderia oferecer nenhum tipo de perigo ou resistência<br />

ao golpe.<br />

186<br />

Ata da 111° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 03/12/1963.<br />

187<br />

Vale a pena informar os leitores que esse que vos escreve também nasceu aos oito dias de maio.<br />

188<br />

Ata da 16° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 08/05/1964.<br />

189<br />

Ata da 17° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 11/05/1964<br />

190<br />

SODRÉ, Muniz. O bicho que chegou a Feira. Rio de Janeiro. Francisco Alves, 1994, 146.<br />

191<br />

CAMPOS, Ricardo da Silva. O Putsh na Feira: sujeitos sociais, partidos políticos e política em Feira<br />

de Santana, 1959-1967. (Monografia), p. 49.<br />

192<br />

Há um relato que diz que o convidado a assumir a prefeitura da cidade teria sido João Durval, este não<br />

aceitou por não ter sido eleito para o cargo. A hipótese deve ser considerada já que o ocupante natural do<br />

cargo deveria ser o presidente da Câmara, que a época não era Joselito Amorim e sim Jackson Amaury.<br />

Ver: Jornal Noite e Dia, setembro de 2006, Caderno IV, Comemorativo de oito anos do Jornal Noite e<br />

Dia.<br />

193<br />

Joselito Amorim: O Prefeito da Revolução. Entrevista. Revista Panorama de Feira de Santana, n°<br />

2,. Feira de Santana: Bahia Artes Gráficas, 1° de outubro de 1983, p. 20.<br />

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