12.06.2013 Views

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Não só o governo Jango é alvo de criticas pela UDN e seu órgão, mas Chico<br />

Pinto, este é o verdadeiro inimigo do povo feirense que deve ser visto com muita<br />

desconfiança pelos citadinos. A ameaça estava sentada a cadeira do paço municipal e<br />

deveria ser contida em seu governo sindicalista, assim é que Pinto continua em capas do<br />

Jornal Folha do Norte.<br />

Apesar das constantes acusações de esquerdismo 139 , comunismo, de ser contra a<br />

democracia e contra a família cristã, Francisco Pinto começa um governo com<br />

proposições formalizadas em projetos de leis 140 para concretização de seu programa de<br />

campanha 141 . O planejamento que memória política dominante considera associado ao<br />

governo posterior ao governo de João Durval (1967-1971) aparecia já na renovação de<br />

Pinto. É assim que o vereador Colbert Martins apresenta em 10 de outubro de 1963 o<br />

conferencista Prof. Walter Gordilho para explanação ”sobre o nosso Plano Diretor de<br />

Urbanismo” 142 . Em sua gestão são apresentados os mais variados projetos de lei que em<br />

sua maioria são reprovados pela Câmara em debates constantes com a oposição,<br />

principalmente a UDN. Nesse novo momento da história da cidade percebemos uma<br />

mudança nos debates realizados entre os vereadores. As disputas tornam-se mais<br />

incisivas 143 , falas mais agressiva, e a participação popular na Câmara aumentou no ano<br />

de 1963. Na época o<br />

apoio das organizações sindicais e estudantis sob a orientação do PCB, a<br />

aproximação com propostas populares, que alimentavam a administração<br />

federal do presidente João Goulart, levou, em certa mediada, a campanha de<br />

Francisco Pinto e sua administração aos limites do que parecia impossível em<br />

Feira de Santana; uma guinada para a esquerda dos discursos e práticas<br />

administrativas. 144<br />

Segundo Pacheco, “O histórico pessoal de Chico Pinto e a sua formação política<br />

podem ser apontados como justificativa para parte de suas atitudes como chefe<br />

139 Pinto afirma nunca ter sido comunista. Ver: Pinto Vem Aí! Filme de Olney são Paulo, 1976.<br />

140 Interessante que Pinto envia uma sugestão a Câmara, para quando da visita de Jango a Vitória da<br />

Conquista solicitar a construção de uma avenida de contorno na cidade, o que só seria realizado com o<br />

Plano de desenvolvimento Local e integrado no governo de João Durval Carneiro entre 1967-1971. Ata<br />

da 25° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 21/05/1963.<br />

141 Projetos de Lei do Prefeito Francisco José Pinto. Câmara municipal de Feira de Santana.<br />

142 Ata da 80° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana. 10/10/1963.<br />

143 Um exemplo é o requerimento do vereador Humberto Mascarenhas (PSD) solicitando ao Senado<br />

Federal uma reforma constitucional que possibilitasse a realização da reforma agrária, o que leva a<br />

debates intensos na Câmara. Ata da 30° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Feira de Santana.<br />

29/05/1963.<br />

144 SANTOS, Ana Maria Fontes dos. O ginásio municipal no centro das lutas populares em Feira de<br />

Santana (1963-1964). Revista Sitientibus, nº 24, p31-44, Feira de Santana, UEFS, 2001. p. 36.<br />

40

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!