12.06.2013 Views

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

que solicitou sua exoneração par ocupar outro cargo público. Foi a primeira vereadora<br />

do município. Pertencente à ARENA, desenvolve durante o governo João Durval o<br />

papel de testemunha e delatora de atividades subversivas praticadas pela oposição.<br />

Situação interessante ocorreu quando ela foi interrogada sobre a ligação de Luciano<br />

Ribeiro com o ex-prefeito Francisco Pinto, se este era porta voz dele, ela “respondeu<br />

que não pode afirmar, mas sabe que existe ligação entre ambos, por ser o ex-prefeito<br />

deposto, presidente do (partido)”. 324<br />

O caso de processo mais emblemático para nossa pesquisa foi o de Luciano<br />

Ribeiro, que à época era vereador e estudante. Na posse de João Durval, Ribeiro realiza<br />

um discurso que foi considerado subversivo. Segundo o relato da condenação final<br />

deste, ele ainda,<br />

deixou as suas obrigações de Edil para, utilizando sua experiência política e a<br />

sua condição de estudante da Faculdade Estadual de Educação, incitar a<br />

SUBVERSÃO <strong>DA</strong> ORDEM PILITICA, no meio estudantil. 325<br />

O discurso na posse de João Durval foi encontrado nos autos do processo como<br />

prova de suas atividades. Neste discurso Luciano reconhece a entrada democrática de<br />

João Durval no executivo, “eleito pelo voto direto do povo deste município” 326 , porém,<br />

ressalva que isso não queria dizer que ocupava uma função “en nome da maioria” 327 ,<br />

pois a maioria se quer votava na cidade e no país. Muitos tinham essa atitude de não o<br />

fazer assim para demonstrar sua indiferença ou mesmo discordância com o regime e<br />

mais aqueles que não votavam pela imposição do regime de “exceção” segundo o<br />

mesmo.<br />

Luciano demarcava seu lugar de oposição em relação à nova gestão e seu<br />

antecessor, disse que sua eleição para vereador, diferente da ARENA,<br />

324 Aqui o documento fica ilegível, mas supomos que o termo seguinte seria MDB, que era presidido por<br />

ele naquele momento. Oficio enviado da Diretora do Colégio Estadual ao Sr. Major Encarregado do IPM.<br />

Feira de Santana – Bahia, 11 de abril de 1969. Arquivo Edgard Leuenroth, Instituto de Filosofia e<br />

Ciências Humanas - IFICH.Fundo Brasil Nunca Mais no processo numero 307-BNM – UNICAMP.<br />

325 AUDITORIA <strong>DA</strong> 6º REGIÃO MILITAR. EXÉRCITO, MARINHA E AERONAUTICA.<br />

PROCURA<strong>DO</strong>RIA MILITAR, Fl. 5, Salvado, 03 de novembro de 1969. Arquivo Edgard Leuenroth,<br />

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFICH. Fundo Brasil Nunca Mais no processo numero 307-<br />

BNM – UNICAMP.<br />

326 Discurso de Luciano Ribeiro na posse do prefeito João Durval Carneiro, 07 de abril de 1967. Arquivo<br />

Edgard Leuenroth, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFICH.Fundo Brasil Nunca Mais no<br />

processo numero 307-BNM – UNICAMP, p.01.<br />

327 Discurso de Luciano Ribeiro na posse do prefeito João Durval Carneiro, 07 de abril de 1967. Arquivo<br />

Edgard Leuenroth, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - IFICH.Fundo Brasil Nunca Mais no<br />

processo numero 307-BNM – UNICAMP,p. 01. Em 1968 Luciano afirmou que a eleição foi fraudulenta.<br />

Ver: Ata da 8° Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores. 09/05/1968.<br />

89

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!