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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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torturas, tema que já revisado por Calos Fico 213 que mostrou tratar-se de um período<br />

onde percebemos uma intensa perseguição, sendo este o momento de “saneamento” do<br />

país. Sanear, entre outros aspectos, incorporava a necessidade de limpeza política,<br />

exílios e prisões. Por mais que Castelo não fosse representante daqueles que ficaram<br />

conhecidos por linha dura; capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis que, com<br />

“discurso anticorrupção” 214 ; não impediu que em seu governo houvesse torturas, pois a<br />

tortura “existiu desde sempre no Brasil, inclusive nos momentos iniciais no novo<br />

regime” 215 . Não queremos aqui salvaguardar um lugar menos negativo para Castelo na<br />

ditadura, mas reconhecer momentos piores que o de seu governo. As perseguições<br />

foram imediatas assim que tomou posse e, na Bahia já citamos o nosso caso particular<br />

com a deposição do prefeito em Feira de Santana seguido da sua prisão.<br />

A passagem “saneadora” e a construção de bases para o futuro desenvolvimento<br />

do país atraem o executivo e o legislativo municipal em Feira de Santana. Joselito<br />

Amorim Falcão era um sujeito de formação superior. Bacharel em odontologia optou<br />

pela a profissão de professor, lecionando durante anos no Ginásio Santanopólis<br />

pertencente a Áureo Filho empresário e político de carreira de Feira de Santana. No<br />

ginásio, Joselito Amorim também foi discente, escola que como dito no primeiro<br />

capitulo, foi palco das primeiras experiências políticas de João Durval. Muitos dos<br />

sujeitos da política de Feira de Santana estudaram neste Ginásio. Retornando a Joselito,<br />

este era de uma tradicional família empresarial que tinha também reminiscência na<br />

política da cidade, a pomposa família Falcão, investidores do setor comercial, bancário<br />

e industrial no município. 216 Experiente vereador, com a destituição de Pinto é eleito<br />

pela câmara para o cargo de prefeito, constituindo no município bases para a futura<br />

transformação desenvolvimentista que viria no governo de João Durval. Segundo<br />

Joselito Amorim, quando o golpe ocorreu “O comando revolucionário aqui pediu às<br />

lideranças políticas que apoiavam a Revolução cinco ou seis nomes que pudessem<br />

213 FICO, Carlos. Versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Revista Brasileira de<br />

História. São Paulo, vol.24, n°47, p 29-60. 2004.<br />

214<br />

FICO, Carlos. Além do Golpe: Versões e controvérsias sobre 1964 e a Ditadura Militar. Rio de<br />

Janeiro: Record,2004, 73.<br />

215<br />

Idem, 82.<br />

216<br />

Ver: FALCAO, João. A vida de João Marinho Falcão: vitória do trabalho e da honra. Brasília: Pax,<br />

1993.<br />

59

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