REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...
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produzido pelo PSD em um período que este se aproximava dos moimentos populares<br />
da cidade e de seus distritos, marcadamente de oposição ao projeto udenista nacional.<br />
O livro de Raymundo Pinto (1971) serviu à análise do projeto modernizador de<br />
Durval e à legitimação de uma memória histórica sobre o período. A obra de Pinto<br />
relata, entre outros temas da historia local, o potencial que o governo de Durval teve<br />
para antecipar o progresso e desenvolver as vocações da cidade. Por fim alguns<br />
documentos do Exército vieram em boa hora para contextualizar o momento de<br />
perseguição política na cidade no momento do governo de João Durval e articular o<br />
argumento de aproximação deste com os militares.<br />
No primeiro capitulo buscamos compreender momentos que antecedem o<br />
governo de João Durval, sua carreira política, aparelhos privados que disputam<br />
concepções de cidade como o Rotary e o Lions Club, configurações políticas da câmara<br />
municipal de vereadores, a UDN como partido e o fortalecimento de uma concepção de<br />
cidade para o progresso no contexto de um Estado que se ampliava na cidade.<br />
O segundo capítulo é orientado para o argumento da busca de uma hegemonia na<br />
cidade. Para isso contextualizamos a ditadura na cidade e identificamos os primeiros<br />
grupos industriais que defendiam interesses de classe. Examinamos a breve passagem<br />
de Joselito Amorim como prefeito biônico e sua função de preparar as bases para o<br />
futuro projeto de modernização em consonância com as possibilidades históricas<br />
arranjadas pelo governo do presidente Castelo Branco. Empenhamo-nos em analisar os<br />
projetos de modernização globalizada da cidade entendendo seus pormenores e<br />
avançando na compreensão de sua configuração enquanto projeto de hegemonia.<br />
Por fim, no terceiro capitulo, defendemos argumento de um momento histórico<br />
no qual podemos definir como marco para ampliação do Estado em Feira; a participação<br />
de grupos organizados enquanto protagonistas da sociedade civil e política na<br />
construção de uma hegemonia a partir de suas organizações e partidos. Houve uma<br />
busca de solucionar o problema da ocupação do poder com busca da hegemonia através<br />
do projeto de modernização da cidade, articulações dentro da sociedade política e civil<br />
para efetivação deste, e o papel que a UDN/ARENA desenvolveram na cidade,<br />
atentando para o papel de João Durval enquanto arauto deste, o que nos levou pela<br />
sugestão de Andrei Valente a considerá-lo político em ato.<br />
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