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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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O que não ocorreria no presente, certamente estaria por vir no futuro, este foi o<br />

estilo marcante nos jornais e em debates entre os vereadores no período. Planejar para<br />

executar, mesmo que o executor não fosse este, característica não muito comum entre<br />

prefeitos na execução de demandas de frações de classe na cidade. A cidade deveria<br />

progredir por fatores simultaneamente endógenos e exógenos, ou seja, a articulação<br />

local dos setores econômicos para sua integração, junto a articulação com programas de<br />

financiamentos e grupos externos ao município para conseguir trazer os benefícios<br />

necessários à consolidação do projeto. Chamamos a atenção também para o fato<br />

importante de programas federias e estaduais que previam a industrialização do interior.<br />

Quanto à hegemonia, chegamos a uma conclusão, diferente de Jhonatas<br />

Monteiro, de que não se tratava de um projeto de industrialização apenas, mas de um<br />

projeto de intervenção global no município, que articulava interesses de várias frações<br />

de classes da cidade. O projeto previa a integração da economia local em todos os seus<br />

setores e entre si e, ao mesmo tempo, a integração dessa economia local ao padrão de<br />

crescimento regional e nacional apoiado em programas de desenvolvimento do<br />

nordeste. Na verdade, atualizamos e aprofundamos mais, aquilo que Andrei Valente<br />

sugeriu em seu texto: João Durval cumpriu o papel de arauto da modernização, um<br />

político em ato.<br />

Contribuímos para compreensão do Estado e sua ampliação no município.<br />

Pudemos analisar momentos em que a sociedade civil torna-se agente e protagonista do<br />

Estado (em sentido estrito). Feira de Santana vive avanços históricos com seus grupos<br />

organizados em frações de classe na disputa pelo Estado de hegemonia (sociedade civil<br />

e política).<br />

A atuação de João Durval como representante de grupos sociais dominantes e<br />

organizados em frações de classe em Feira de Santana, legou a cidade mecanismos de<br />

construção e manutenção de hegemonia forjadas no período do regime civil/militar<br />

entre 1964-1984. Dentre as heranças, a prática de governos municipais sucessórios que<br />

se baseiam em discursos que colocam a cidade como referencia de modernização e<br />

“futuro” e o desenvolvimento urbano como lugar de expressão da dominação política,<br />

da hegemonia.<br />

A sociedade civil é um espaço importante para definirmos as continuidades das<br />

frações dominantes locais como detentoras da hegemonia. Organismos de classe ainda<br />

usufruem do espaço de disputa conquistado, como é o caso do Centro das Indústrias de<br />

Feira de Santana e da Associação Comercial de Feira de Santana. Espaços importantes<br />

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