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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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concentrar esforços no combate às oposições. Um ambiente quase saneado propiciou o<br />

tom da gestão. Feitos políticos começavam a demarcar os próximos momentos.<br />

Em 1961 o presidente dos Estados Unidos lançara um programa político<br />

conhecido como Aliança Para o Progresso, que tinha por objetivo enfrentar a influência<br />

que a revolução Cubana poderia exercer sobre o subcontinente americano. E esta<br />

aliança previa o investimento em setores estratégicos para consolidação da hegemonia<br />

capitalista 226 , dentre estes setores a educação. A principal agência, com atuação em<br />

Feira, deste projeto yanque era a United States Agency for Internacional Development<br />

(USAID). Em Feira, acordos foram realizados com a articulação do prefeito municipal<br />

com os quais recursos para a implementação de políticas públicas seriam conseguidos.<br />

O prefeito Joselito Falcão Amorim, recebeu a visita do Dr. Carlos Silva<br />

Lemos diretor do SESP, no Estado da Bahia, e do assistente do coordenador<br />

da Aliança para o Progresso, no Brasil, o Dr. Chales Trigg. 227<br />

O prefeito debatia juntos aos visitantes a ampliação dos serviços de água e a<br />

construção de casas populares, e continua a matéria salienta a “mais alta relevância para<br />

Feira de Santana, pois demonstra o interesse do programa” 228 no município 229 . Interesse<br />

que pode estar diretamente ligado à influência de partidos de oposição na política local,<br />

e claramente ao recente governo de Chico Pinto, pois segundo Toledo, esses programas<br />

de investimentos da Aliança se destinavam às “ilhas de sanidade” 230 definidas como<br />

locais de perigo por demonstrar indícios e evidências de propagação de atividade<br />

subversiva. Esta aproximação do executivo municipal com a USAID era prevista pelo<br />

plano econômico do governo Castelo Branco, pois<br />

A restrição do balanço de pagamento era diagnosticada como séria limitação<br />

ao crescimento. Para superá-la, o PAEG propunha uma política de incentivos<br />

à exportação, uma opção pela internacionalização da economia, abrindo-a ao<br />

capital estrangeiro, promovendo a integração com centros financeiros<br />

internacionais e o explicito alinhamento com o sistema norte-americano da<br />

Aliança para o Progresso. 231<br />

226<br />

VIZENTINI, Paulo G. Fagundes. Política exterior e desenvolvimento (1951-1964): o nacionalismo e a<br />

política externa independente. Revista Brasileira de História, v. 24, n. 3, 1994.<br />

227<br />

Folha do Norte, 05/09/1964.<br />

228<br />

Folha do Norte, 05/09/1964.<br />

229<br />

Em 1965 a indústria feirense Cal Sublime conseguiu empréstimos com a Aliança. A ligação do<br />

prefeito com a Aliança o levaria a uma vista aos EUA em 1966 convidado pelo USAID Ver:<br />

MONTEIRO, Jhonatas Lima. Interesses Hegemônicos na Margem da Periferia: ação política de<br />

dirigentes industriais em Feira de Santana (1963-1983), Feira de Santana, 2009, p. 80. (Dissertação)<br />

230<br />

TOLE<strong>DO</strong>, Caio Navarro. O governo João Goulart. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 108-109.<br />

231<br />

Resende, André Lara. A política brasileira de estabilização: 1963/68, p. 774. Visto em 25/02/2011<br />

em: http://www.ppe.ipea.gov.br/index.php/ppe/article/viewFile/395/336<br />

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