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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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importância, desde a presidência regional da UDN depois de 1964, até o governo do<br />

Estado ainda na ditadura, está o discurso da modernização de Salvador, tanto como<br />

Deputado Estadual como prefeito municipal em 1967. Sua capacidade, e aqui<br />

importância para compreensão da tão falada modernização, estava em sua sincronia<br />

política com o novo regime e as suas transformações. ACM era capaz de se mover<br />

sempre acompanhando os rumos da ditadura, mesmo em pequenas reorientações que<br />

aconteciam com as mudanças de presidentes 205 .<br />

Tanto Joselito Amorim quanto João Durval tiveram essa característica de<br />

sincronia do local com o regional e nacional. A nova onda que UDN acompanha em<br />

Feira é a da modernização, seguindo em um ritmo quase musicado 206 , uma maré que<br />

puxava esta cidade. Para tal prática, surge um herói, ou melhor, anti-herói<br />

transformador, no caso local o capelão Edmund Jukevics sustentáculo da revolução na<br />

cidade, responsável por reorganizar os comportamentos, famoso por uma insistência em<br />

disciplinar a cidade, era a própria modernização, sujeito que sintetizava o novo<br />

momento de Feira de Santana.<br />

A transição de Joselito Amorim em Feira.<br />

Se nos referíamos à ocasião de chegada do capelão e à sincronia 207 que os<br />

grupos locais no poder buscam em relação às esferas de poder superiores, é preciso<br />

demarcar o período com maior análise. Este é o momento do Governo Castelo Branco<br />

(1964-1967) consolidar as novas conformações nacionais da “revolução”. A grande<br />

questão do governo do novo presidente se situava nessa transição, superação de uma<br />

crise econômica. Na grande arena política em que o PSD e o PTB eram contrários ao<br />

golpe e mesmo a UDN tinha divergências internas que a impediam de ser homogênea,<br />

somadas as dificuldades encontradas por um Congresso ocupado por um conjunto de<br />

treze partidos, Castelo Branco buscava através do diálogo a unidade, método usado por<br />

205 Ver: DIAS, José Alves. Rumo ao palácio: as estratégias de dominação dos espaços políticos na Bahia<br />

durante a ditadura - 1966/198, URJ, Rio de Janeiro, 2009. (Tese de Doutorado)<br />

206 Infelizmente não tivemos fontes de áudio para a pesquisa, porém a sonoridade da escrita de vários<br />

discursos na câmara de vereadores e nos jornais locais nos permite uma experiência sensitiva quase<br />

musical.<br />

207 O termo sincronia aparece bastante no texto, este é tomado por referência da tese de José Dias quando<br />

da sua afirmação sobre a política de ACM na Bahia depois do golpe como a capacidade que este sujeito<br />

tinha de caminhar conforme o passo dos ditadores, concluímos aqui nesta pesquisa que o período<br />

estudado na cidade demonstra uma tentativa semelhante das principais personagens da política local. Ver:<br />

DIAS, José Alves. Rumo ao Palácio: as estratégias de dominação dos espaços políticos na Bahia durante<br />

a ditadura (1966-1982). UFRJ, 2009, (Tese).<br />

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