12.06.2013 Views

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

necessariamente permitia o local aparecer como prioridade, engessando muitas vezes as<br />

realidades municipais em troca da realização de obras com a captação de recursos<br />

moderadas pelo governo militar, tecnicista. Um exemplo compreensível são as<br />

exigências do Sistema Nacional de Habitação<br />

que durante sua existência impõe determinadas linhas de atuação aos<br />

municípios coerentes com as do governo central, onde determinavam, em<br />

muitos casos, a sujeição de prefeitos a um planejamento imposto, não<br />

correspondendo as verdadeiras necessidades e carências de urbanização das<br />

cidades, uma vez que esses tinham que recorre aos financiamentos,<br />

condicionando-se ao enquadramento de diretrizes de desenvolvimento local às<br />

do centralismo autoritário. 258<br />

Através do SNH foram captados recursos para criação de moradias para a<br />

cidade como o caso do já citado bairro Cidade Nova, obras que foram utilizadas com<br />

muito interesse da gestão de João Durval na legitimação de seu projeto político que<br />

divagava sobre um futuro no presente.<br />

A administração de Durval, com sua “modernização”, deveria vencer as<br />

resistências populares ao regime e ao seu grupo na cidade. O passado deveria ser<br />

renovado instantaneamente por um novo presente. Raymundo Pinto parecia ser quem<br />

melhor expressava isso, esse futuro vivido no presente e preparado por João Durval. Em<br />

uma de suas previsões escrevia que,<br />

(...) o comercio tende certamente a progredir ainda mais, contanto perder a<br />

sua antiga primazia. Com a criação da <strong>Universidade</strong>, não posso deixar de<br />

prever também considerável avanço, nos próximos anos no setor cultural. 259<br />

A planificação da modernização em Feira pode ser resultado de um ideal que a<br />

partir da década de 1950 260 começa a ganhar contornos de prática política, recuperado<br />

enquanto método e disputa por uma hegemonia pelos udenistas/arenistas da cidade.<br />

Houve um processo de apropriação/ressignificação dessas utopias que partiu para o ato<br />

da modernização planejada, desencadeada pelos “velhos mandões udenistas” 261 ,<br />

258 OLIVEIRA, Eliacy Eduarda. O Desigual Combinado na Urbanização em Feira de Santana IN:<br />

Conselho Regional de economia, 5. Reflexões de Economistas Baianos. Salvador CORECON, 2005.<br />

p.104-105.<br />

259 PINTO, Pequena História...ob. cit. p.51.<br />

260 . Ver Oliveira (2008). Pesquisa que defende a tese de um surto de modernização iniciado na década de<br />

1950 em Feira, nde a cidade era vista, e deveria manter-se, como uma cidade comercial, progressista e<br />

moderna.<br />

261 Ver SODRÉ (1991).<br />

70

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!