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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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uscava através de caravanas para mobilização de frações da classe dominante local, a<br />

adesão de grupos para expansão econômica das regiões ligando-se aos interesses do<br />

Centro-Sul, sendo que a primeira caravana do interior da Bahia visitou Feira de Santana,<br />

convocando de lideranças de grupos como o Lyons Club, o Rotary Club, Associação<br />

Comercial entre outros. 342<br />

Foi criado na cidade o primeiro comitê baiano para fomento da indústria, a<br />

Promotora de Desenvolvimento Econômico de Feira de Santana (PRODEFESA),<br />

transformando, segundo Monteiro, a antiga reivindicação de um “bairro industrial” em<br />

um projeto que visava “dirigir os rumos do conjunto da cidade” ampliando o “raio de<br />

ação do CIFS” 343 . O argumento local para a implantação da industrialização baseava-se<br />

no risco de perda do ritmo de progresso que poderia ser ocasionada pelo isolamento,<br />

pois segundo o CIFS e a FUNDINOR, as benesses da localização de entroncamento<br />

rodoviário eram instáveis, a cidade precisava consolidar uma capitalização dos<br />

empreendimentos aproveitando as políticas de financiamentos e incentivos fiscais. Mas<br />

havia mais que isso, a idéia era promover o crescimento do empresariado local, e as<br />

possibilidades externas colocadas pelos grupos do nordeste da Bahia, coadunados pelo<br />

antigo projeto da SUDENE, alavancavam as frações locais. Em 1967 veio a calhar o I<br />

Encontro de Comitês de Fomento Industrial da Bahia em Vitória da Conquista 344<br />

objetivando a formulação de um modelo político de desenvolvimento industrial para o<br />

Estado, combinando as iniciativas privadas com a do setor público, integrando os<br />

esforços da SUDENE, governo estadual e Federação das Indústrias da Bahia. 345<br />

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) foi crida com<br />

intuito de diminuir as diferenças econômicas regionais entre o Centro-Sul do país e o<br />

nordeste. O órgão compreendia que os poderes dos latifundiários da região<br />

prejudicavam o desenvolvimento e a modernização do Nordeste. Sob orientação de<br />

Celso Furtado como Secretário Executivo, e com a autonomia que lhe fora concedida<br />

enquanto autarquia, este desenvolveu as estratégias de atuação da Superintendência,<br />

342 MONTEIRO, Jhonatas Lima. Interesses Hegemônicos na Margem da Periferia: ação política de<br />

dirigentes industriais em Feira de Santana (1963-1983), Feira de Santana, 2009, p. 62-64. (Dissertação)<br />

343 Idem, Ibidem, p.64.<br />

344 Já havia ocorrido no ano de 1965 um encontro para empresários do Centro-Sul do país para debater a<br />

importância da iniciativa privada no desenvolvimento do nordeste. SANTOS, Alane Carvalho. Feira de<br />

Santana nos tempos da modernidade: o sonho da industrialização. UFBA, 2002, p. 47.<br />

345 Idem, Ibidem, p. 67.<br />

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