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REGULAMENTO DO TRABALHO DA MONOGRAFIA - Universidade ...

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INTRODUÇÃO<br />

Esta pesquisa começou de uma forma quase acidental, quando me encontrei por<br />

acaso com uma matéria no jornal Folha do Norte (1967) que apresentava a vinda de<br />

uma visitante do Departamento de Estado dos EUA para a cidade e contava que esta viu<br />

aqui a “maior obra administrativa do interior baiano”. 1 O fato me chamou atenção por<br />

época militava no movimento popular de Feira de Santana, onde enfrentávamos a<br />

administração do prefeito José Ronaldo, semelhante administração a matéria referia aos<br />

fins de Joselito Amorim (1964-1967) e inicio da gestão de João Durval e, combatíamos,<br />

um discurso de modernização que mascarava os problemas sociais vividos.<br />

Particularmente me incomodava o fato de que muitas pessoas, mesmo aquelas<br />

que estavam à margem dos todos os benefícios sociais deste dito progresso,<br />

reproduziam esse discurso mantendo sempre uma avaliação positivada do governo de<br />

João Durval. Movido a entender melhor a questão, resolvi ler a História local e cheguei<br />

a pesquisas que destacavam o período entre 1967 e 1984, aproximadamente, como<br />

momento em que teria ocorrido um processo modernizador local, com destaque para a<br />

gestão de João Durval no executivo municipal. Logo obtive a informação que Ronaldo<br />

possuíra laços políticos importantes com João Durval que teria sido seu padrinho<br />

político.<br />

A entrada no Laboratório de História, Memória da Esquerda e Lutas Socais<br />

(Labelu - UEFS) em 2007, alavancou os estudos.<br />

Esta dissertação teve por objeto o projeto de modernização da cidade<br />

empreendido no período em que João Durval Carneiro (1967-1971) esteve à frente da<br />

prefeitura de Feira de Santana. Qual seu papel na articulação do projeto de<br />

modernização da cidade e suas estratégias de ação política? João Durval seria o prefeito<br />

do planejamento da cidade? A que setores da sociedade feirense o projeto de<br />

modernização estava ligado? Seria uma estratégia de busca de uma hegemonia política<br />

sobre a cidade? E, por fim, qual caráter do projeto de modernização empreendido?<br />

Foram as questões que apontaram os caminhos para se pensar a respeito de um projeto<br />

de modernização local que teria trazido as bases para projeção política, enquanto gestor<br />

de um planejamento da cidade, de João Durval Carneiro no Estado da Bahia e no Brasil,<br />

além do destaque da cidade entre outras no país, enfatizando que queríamos<br />

1 Jornal Folha do Norte, 14/01/1967.

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