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Arminianismo e Metodismo – José Goncalves Salvador

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Como se comporta aquele que um dia foi regenerado?<br />

O crente não mais procede como dantes: já não vive no estado de simples<br />

criatura e sim no de filho dileto de Deus. Isto é, busca viver conforme a vontade do<br />

Pai celeste, sendo-lhe agradável em tudo; procura crescer em santidade para a cada<br />

instante mais se parecer com Ele. A perfeição é um desafio persistente a estimulá-lo<br />

no jornadear em Cristo. Não pára nunca durante a viagem. O novo nascimento foi<br />

apenas o início da caminhada e do desenvolvimento. É preciso prosseguir. Como<br />

dizia o apóstolo Paulo: “Não que já a tenha alcançado, ou seja perfeito; mas<br />

prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.<br />

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que,<br />

esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão<br />

diante de mim, prossigo para o alvo...” (Fp 3.12-14).<br />

Quem se satisfaz com as bênçãos já recebidas, incapacita-se para melhores e<br />

maiores dádivas. Deus tem coisas incontáveis para Seus filhos. Contudo, para<br />

alcançá-las, mister se faz avançar dia a dia em demanda da perfeição, cujo alvo é o<br />

Senhor Jesus. Daí a recomendação da Escritura: “Mas, como é santo aquele que vos<br />

chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento,<br />

porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15-16). E outra vez diz<br />

o nosso Deus pelos lábios de Seu Servo: “E vós também, pondo nisto mesmo toda a<br />

diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a<br />

temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o<br />

amor fraternal; e ao amor fraternal a caridade” (2Pe 1.5-7).<br />

De onde concluímos que a vida cristã se caracteriza por um movimento<br />

progressivo, contínuo e ascendente. É um “mais” permanente, uma soma<br />

ininterrupta de virtudes. É um crescimento em divindade, porque mais se identifica<br />

com a natureza e os propósitos divinos. E se tudo isto não fosse mais do que<br />

compensador, bastaria lembrar a promessa gloriosa de Jesus: “Bemaventurados os<br />

limpos de coração, porque eles verão a Deus” ( Mt 5.8).<br />

João Wesley foi ao ponto de realçar um segundo estágio no processo da<br />

santificação, designado por ele como: “a completa santificação,” “a segunda<br />

bênção” ou, ainda, “a segunda obra da graça.” É conhecido, outrossim, por<br />

“perfeição cristã” e “perfeição final.” Acredita-se tenha chegado ao seu<br />

reconhecimento por testemunho de outras pessoas primeiro, a seguir pelo exame<br />

da Palavra de Deus e, talvez, por sua própria experiência; em textos como os de 1Pe<br />

1.16; Mt 5.18; 1Co 2.6 ; 2Co 5.17; Ef 5.27; Hb 5.1-14; Fp 5.13; 1Jo 3.6, 8, 9. Tanto<br />

para ele como para o metodismo primitivo constituía uma doutrina cardial, de<br />

sorte que ao ser admitido um novo pregador, Wesley lhe perguntava perante a<br />

Conferência (Concílio): “Esperais tornar-vos perfeito em amor nesta vida?”<br />

Sabemos, outrossim, que, em alguns ramos da Igreja Metodista, idêntica<br />

pergunta ainda se faz aos candidatos ao presbiterado. Por exemplo, em nossa<br />

Igreja, no Brasil, o presidente do Concílio Regional dirige-se ao candidato, assim:

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