Arminianismo e Metodismo – José Goncalves Salvador
Arminianismo e Metodismo – José Goncalves Salvador
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Arminianos e metodistas reconhecem como válida a velha doutrina ortodoxa<br />
da Igreja Cristã: da Trindade divina - Pai, Filho e Espírito Santo.<br />
Discordam, contudo, a respeito das relações das três pessoas entre si. Os<br />
seguidores de Wesley são fiéis ao credo Niceno-Constantinopolitano, que definiu<br />
esse magno problema da economia divina, considerando-as de idêntica essência e<br />
com idênticos atributos e, ainda, co-eternas.<br />
Foi a posição adotada pela Igreja Anglicana e igualmente por João Wesley,<br />
tanto assim que, na revisão dos “Trinta e Nove Artigos” ele a manteve: “Na unidade<br />
desta Divindade há três pessoas de uma substância, poder e eternidade: o Pai, o<br />
Filho e o Espírito Santo.” A Igreja Metodista do Brasil, no capítulo que trata das<br />
doutrinas, revela-se nesta questão, digna continuadora do movimento wesleyano,<br />
pois no Art. I, inciso 1, lê-se: “Há um só Deus vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo<br />
nem partes; de poder, sabedoria e bondade infinitos, criador e conservador de<br />
todas as coisas visíveis e invisíveis. Na unidade desta divindade, há três pessoas da<br />
mesma substância, poder e eternidade - Pai, Filho e Espírito Santo.”<br />
Porém os arminianos, embora aceitassem a existência das três pessoas,<br />
admitiam o subordinacionismo. Isto é, o Filho está subordinado ao Pai, e o Espírito<br />
Santo ao Filho, o que equivale a atribuir-Lhes gradações de existência, de ação e até<br />
de essência.