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táctica”. Defen<strong>de</strong>mos, com isto, que a intuição é a essência <strong>da</strong><br />

acção táctica, sen<strong>do</strong> secundária (mas não <strong>de</strong>sprezável) a reflexão<br />

consciente (verbalizável), no processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

dinâmica. Neste senti<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> intervenção, conduzi<strong>do</strong><br />

pelo treina<strong>do</strong>r, <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r aos fun<strong>da</strong>mentos teóricos<br />

<strong>da</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no <strong>de</strong>sporto.<br />

Só <strong>de</strong>sta forma é possível <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> e eficientemente melhorar-se<br />

esse processo. Há cinco passos que formam a estrutura<br />

para treinar a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res: 1)<br />

Compreen<strong>de</strong>r como <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m os joga<strong>do</strong>res; 2) Diagnosticar<br />

como <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m os joga<strong>do</strong>res em situações competitivas. 3)<br />

Basear-se no méto<strong>do</strong> <strong>da</strong> manipulação <strong>de</strong> constrangimentos para<br />

a construção <strong>da</strong>s sessões <strong>de</strong> treino; 4) Realizar acções <strong>de</strong> reavaliação<br />

<strong>do</strong> diagnóstico e <strong>de</strong> controlo <strong>da</strong> influência <strong>da</strong> sessão <strong>de</strong><br />

treino no comportamento <strong>de</strong>cisional; 5) Refinar os exercícios<br />

treino antes ou durante a sua aplicação.<br />

Note-se que estes passos não têm <strong>de</strong> ser <strong>da</strong><strong>do</strong>s por esta or<strong>de</strong>m<br />

e que o trabalho <strong>do</strong> treina<strong>do</strong>r será sobretu<strong>do</strong> o <strong>de</strong> diagnosticar<br />

e o <strong>de</strong> construir sessões <strong>de</strong> treino on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

competências <strong>de</strong>cisionais seja inevitável. Uma vez que ca<strong>da</strong><br />

joga<strong>do</strong>r é uma pessoa diferente terá percursos diferentes em<br />

ca<strong>da</strong> sessão e em ca<strong>da</strong> exercício. Isto quer dizer que são os<br />

joga<strong>do</strong>res que finalizam o <strong>de</strong>sign que ca<strong>da</strong> sessão e que ca<strong>da</strong><br />

exercício irá ter.<br />

A FORMAÇÃO DE TREINADORES DE BASQUETEBOL EM PORT U G A L .<br />

REFLEXÃO SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE 33 ANOS<br />

Eliseu Beja<br />

Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Basquetebol<br />

Escola Nacional <strong>de</strong> Basquetebol<br />

— Origens <strong>da</strong> Formação <strong>de</strong> Treina<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Basquetebol em<br />

Portugal; o seu início, 1974<br />

— A formação inicial como enfoque principal <strong>da</strong> estratégia <strong>de</strong><br />

formação<br />

— Os momentos chave <strong>de</strong> alteração qualitativa na formação <strong>de</strong><br />

Treina<strong>do</strong>res<br />

— A posse <strong>de</strong> carteira <strong>de</strong> treina<strong>do</strong>r como condição <strong>do</strong> exercício<br />

<strong>da</strong> função<br />

— A Criação <strong>da</strong> Escola Nacional <strong>do</strong> Basquetebol<br />

— A criação <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Treina<strong>do</strong>res<br />

— A reestruturação e revisão conceptual <strong>de</strong> 1996<br />

— A Constituição <strong>do</strong>s Corpos <strong>de</strong> Forma<strong>do</strong>res, Nacional e<br />

Regionais<br />

— A implementação <strong>do</strong> Estágio na formação inicial<br />

— A regulamentação <strong>da</strong> relação entre Nível <strong>de</strong> formação e aptidão<br />

para o treino a diversos níveis<br />

— A criação <strong>do</strong> Corpo Nacional <strong>de</strong> Directores <strong>de</strong> Curso<br />

A Formação Contínua como elemento estruturante <strong>da</strong> carreira:<br />

um objectivo para o futuro<br />

BASQUETEBOL: PLANEAR E ORGANIZAR PARA “GANHAR”!<br />

Eurico Brandão<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Não é fácil conseguir atingir o nível <strong>de</strong> excelência em <strong>Desporto</strong>.<br />

Inúmeros são os avanços e as tentativas <strong>de</strong> optimizar a performance<br />

<strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong> atletas, com recurso a conhecimentos no<br />

<strong>do</strong>mínio científico ou no <strong>do</strong>mínio empírico. Mais <strong>do</strong> que<br />

conhecer os factores que potenciam a excelência <strong>de</strong>sportiva, é<br />

absolutamente necessário que se conheçam e atenuem aqueles<br />

cuja ausência, <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong>mente que vão limitar a aquisição e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências. A experiência adquiri<strong>da</strong> faznos<br />

crer que existe, num primeiro patamar <strong>de</strong> exigência neste<br />

percurso, aspectos como a organização, a gestão e a comunicação.<br />

Já num segun<strong>do</strong> nível, e num âmbito mais associa<strong>do</strong> à<br />

equipa, acreditamos que sejam mais importantes factores como<br />

o trabalho, o empenhamento, a <strong>de</strong>dicação e a humil<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

treina<strong>do</strong>res, joga<strong>do</strong>res e dirigentes.<br />

Actualmente, a Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa <strong>de</strong> Basquetebol tem 5<br />

centros <strong>de</strong> alto rendimento, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a jovens joga<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

sexo masculino e feminino, on<strong>de</strong> se procura <strong>de</strong>senvolver os<br />

seus níveis <strong>de</strong> performance na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>. De facto, pensamos<br />

que este caminho é a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>, fun<strong>da</strong>mentalmente quan<strong>do</strong> existem,<br />

na maioria <strong>do</strong>s clubes, limitações estruturais e humanas<br />

que permitam elevar os padrões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s jovens joga<strong>do</strong>res.<br />

Contu<strong>do</strong>, enten<strong>de</strong>mos que “o segre<strong>do</strong>” está em antecipar esta<br />

etapa, nomea<strong>da</strong>mente no trabalho <strong>do</strong>s clubes, observan<strong>do</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e apresentan<strong>do</strong> objectivos claros nos planos qualitativo e<br />

quantitativo.<br />

A procura <strong>da</strong> excelência não significa “ganhar a to<strong>do</strong> o custo”,<br />

mas ganhar ou per<strong>de</strong>r não po<strong>de</strong> significar a mesma coisa!<br />

EQUIVALÊNCIA MOTORA, VARIABILIDADE E GRAUS DE LIBERDADE:<br />

DESAFIOS PARA O ENSINO DE JOGOS DESPORTIVOS<br />

Go Tani<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Conferências<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta apresentação é discutir o ensino <strong>do</strong>s jogos<br />

<strong>de</strong>sportivos, ten<strong>do</strong> como background conhecimentos acerca <strong>da</strong><br />

habili<strong>da</strong><strong>de</strong> motora - suas características, seus mecanismos <strong>de</strong><br />

execução e seu processo <strong>de</strong> aquisição. Trata-se, portanto, <strong>de</strong><br />

uma tentativa <strong>de</strong> aproximar conhecimentos <strong>de</strong> <strong>do</strong>is campos <strong>de</strong><br />

investigação: Aprendizagem Motora e Pe<strong>da</strong>gogia <strong>do</strong> <strong>Desporto</strong>.<br />

Essa aproximação gera alguns <strong>de</strong>safios para o ensino <strong>de</strong>sses<br />

jogos, cuja i<strong>de</strong>ntificação e discussão po<strong>de</strong>m se constituir um<br />

ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a sua operacionalização ou para <strong>de</strong>finir<br />

hipóteses <strong>de</strong> experimentação.<br />

O ser humano é capaz <strong>de</strong> realizar uma mesma ação ou alcançar<br />

um mesmo objetivo mediante diferentes movimentos - fenômeno<br />

conheci<strong>do</strong> como equivalência motora (Hebb, 1949) - e para<br />

ca<strong>da</strong> movimento executa<strong>do</strong> <strong>de</strong>monstra um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> nível<br />

<strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa relação entre movimento, ação e habili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

estabelece um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para o ensino <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

motoras, pois permite colocar um ponto <strong>de</strong> interrogação num<br />

<strong>do</strong>s procedimentos mais utiliza<strong>do</strong>s no ensino <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

motoras que é a repetição <strong>de</strong> uma técnica <strong>de</strong> movimento preestabeleci<strong>da</strong>.<br />

Em outras palavras, a equivalência motora presente no movimento<br />

humano suscita a seguinte pergunta: se o ser humano é<br />

capaz <strong>de</strong> alcançar uma mesma meta por meio <strong>de</strong> diferentes<br />

movimentos, que senti<strong>do</strong> teria apren<strong>de</strong>r uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> técnica<br />

<strong>de</strong> movimento se, pela própria <strong>de</strong>finição, técnica é o (um)<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 9–17<br />

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