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84<br />

Comunicações<br />

jogos <strong>de</strong>sportivos colectivas tem valoriza<strong>do</strong> a combinação <strong>de</strong><br />

pesquisas multidimensionais (Elferink-Gemser et al., 2004a),<br />

ten<strong>do</strong> recentemente si<strong>do</strong> publica<strong>do</strong> um inventário <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

tácticas, curiosamente no hóquei em campo feminino<br />

(Elferink-Gemser et al., 2004b). Noutro jogo <strong>de</strong>sportivo colectivo,<br />

o basquetebol, Sampaio et al. (2006) proce<strong>de</strong>m a uma análise<br />

discriminante por posição <strong>da</strong>s estatísticas <strong>de</strong> análise <strong>do</strong> jogo.<br />

A presente pesquisa examina a estrutura e dinâmica <strong>do</strong> jogo <strong>de</strong><br />

hóquei em patins por nível <strong>de</strong> competição.<br />

O trabalho teve por base a análise <strong>de</strong> registo vi<strong>de</strong>ográficos <strong>de</strong><br />

12 jogos completos <strong>de</strong> meias-finais e finais <strong>do</strong> Campeonato <strong>da</strong><br />

Europa e <strong>do</strong> Campeonato <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> nos escalões <strong>de</strong> juvenis,<br />

juniores e seniores. O estu<strong>do</strong> aproveitou a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong><br />

observação utiliza<strong>da</strong> por Ferreira (2003) que utiliza a posse <strong>de</strong><br />

bola como uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> observação, contabilizan<strong>do</strong> o tempo <strong>de</strong><br />

duração, a fase <strong>de</strong> jogo (contra-ataque, ataque-rápi<strong>do</strong> e ataque<br />

organiza<strong>do</strong>) e a eficácia <strong>da</strong>s acções ofensivas.<br />

O presente estu<strong>do</strong> evi<strong>de</strong>ncia uma média <strong>de</strong> 154 posses <strong>de</strong> bola<br />

por parti<strong>da</strong> <strong>de</strong> hóquei em patins( 130 nos juvenis, 152 nos<br />

juniores e 179 nos seniores), sen<strong>do</strong> o ataque organiza<strong>do</strong> a principal<br />

fase <strong>de</strong> jogo em to<strong>do</strong>s os níveis <strong>de</strong> prática avalia<strong>do</strong>s. A<br />

variação associa<strong>da</strong> ao escalão <strong>de</strong> formação mostra que entre os<br />

juvenis o contra-ataque assume maior protagonismo (25%),<br />

sen<strong>do</strong> esta fase <strong>de</strong> jogo praticamente residual nos jogos <strong>de</strong><br />

juniores (9%) e seniores (4%), on<strong>de</strong> o ataque rápi<strong>do</strong> assume<br />

maiores frequências (18% para os juniores, 15% para os seniores),<br />

logo a seguir ao ataque organiza<strong>do</strong> propriamente dito<br />

(61% para os juvenis, 73% para os juniores, 81% para os seniores).<br />

Quanto à duração <strong>da</strong>s posses <strong>de</strong> bola, a análise global por<br />

escalão e fase <strong>do</strong> jogo sugere uma categoria mo<strong>da</strong>l situa<strong>da</strong> abaixo<br />

<strong>do</strong>s 10 segun<strong>do</strong>s (74%, 75%, 80% <strong>do</strong> total <strong>da</strong>s posses <strong>de</strong><br />

bola, respectivamente para os escalões <strong>de</strong> juvenis, juniores e<br />

seniores). Apesar <strong>de</strong> menos utiliza<strong>do</strong> nos escalões mais velhos,<br />

o contra-ataque é a fase <strong>de</strong> jogo que se afigura como mais produtiva.<br />

Em resumo, o jogo <strong>de</strong> hóquei em patins é caracteriza<strong>do</strong> por<br />

uma eleva<strong>da</strong> frequência <strong>de</strong> posses <strong>de</strong> bola, revelan<strong>do</strong> uma gran<strong>de</strong><br />

alternância <strong>de</strong> fases <strong>de</strong> ataque e <strong>de</strong>fesa, tal como acontece<br />

no basquetebol, apesar <strong>de</strong> revelar coeficiente <strong>de</strong> concretização<br />

bastante inferiores. Nas gran<strong>de</strong>s competições internacionais, as<br />

equipas mais relevantes parecem optar por um jogo bastante<br />

controla<strong>do</strong>, pre<strong>do</strong>minan<strong>do</strong> o ataque organiza<strong>do</strong>, apesar <strong>do</strong> contra-ataque<br />

estar associa<strong>do</strong> a uma maior eficácia ofensiva. Talvez<br />

por esse facto, nos escalões mais velhos o estilo <strong>de</strong> jogo é mais<br />

controla<strong>do</strong>, registan<strong>do</strong>-se menos contra-ataques <strong>do</strong> que ataques<br />

rápi<strong>do</strong>s, ao contrário <strong>do</strong> que acontecia nos juvenis.<br />

PERFIL CINEANTROPOMÉTRICO DOS JOGADORES DA SELEÇÃO<br />

BRASILEIRA DE VÔLEI PARAOLÍMPICO<br />

Victor Tarini, Ricar<strong>do</strong> Zanuto & Leslie A. Portes<br />

Centro Universitário Adventista <strong>de</strong> São Paulo<br />

Os objetivos <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong> foram: 1°- verificar o perfil<br />

cineantropométrico <strong>do</strong>s atletas <strong>da</strong> seleção brasileira <strong>de</strong> vôlei<br />

paraolímpico e 2º- medir a correlação entre as somas <strong>da</strong>s<br />

<strong>do</strong>bras cutâneas e o <strong>de</strong>sempenho em um teste <strong>de</strong> agili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Participaram <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> 12 atletas <strong>do</strong> sexo masculino com<br />

média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> (25 ± 6,8) anos, pertencentes à seleção brasileira<br />

<strong>de</strong> vôlei paraolímpico em fase <strong>de</strong> treinamento pré-com-<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />

petitivo. Foram colhi<strong>da</strong>s as seguintes medi<strong>da</strong>s antropométricas:<br />

Estatura, peso corporal total, comprimento tronco-cefálico,<br />

comprimento ísquio-<strong>da</strong>ctílio, envergadura, <strong>do</strong>bras cutâneas,<br />

diâmetros ósseos e perímetros. Os testes físicos aplica<strong>do</strong>s<br />

foram os seguintes: flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em banco <strong>de</strong> Wells, dinamometria<br />

isométrica <strong>de</strong> membros superiores e tronco, teste <strong>de</strong> 1-<br />

RM <strong>de</strong> supino, arremesso <strong>de</strong> medicinebol, ab<strong>do</strong>minais por<br />

minuto e teste <strong>de</strong> vai-e-vem <strong>de</strong> seis metros. Resulta<strong>do</strong>s: A<br />

soma <strong>de</strong> sete <strong>do</strong>bras cutâneas apresentou uma fraca correlação<br />

com o teste agili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vai-e-vem <strong>de</strong> 6 metros (r=0,53).<br />

Conclusão: Com as informações levanta<strong>da</strong>s pela coleta <strong>da</strong>s<br />

medi<strong>da</strong>s, foi possível criar um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s que permitirá<br />

comparações futuras acerca <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho físico <strong>do</strong>s praticantes<br />

<strong>de</strong>sta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, bem como <strong>de</strong>terminar as priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s no<br />

processo <strong>de</strong> treinamento. Os maiores valores <strong>da</strong> soma <strong>da</strong>s sete<br />

<strong>do</strong>bras cutâneas parecem exercer alguma influência negativa no<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> teste <strong>de</strong> agili<strong>da</strong><strong>de</strong> em joga<strong>do</strong>res <strong>de</strong> vôlei paraolímpico,<br />

apesar <strong>da</strong> fraca correlação.<br />

JOGOS DESPORTIVOS E ‘FALTAS ESTRATÉGICAS’<br />

– ABORDAGEM ÉTICA<br />

Zélia Matos<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

A experiência <strong>de</strong>sportiva <strong>do</strong>s jogos <strong>de</strong>sportivos permite uma<br />

experiência ética peculiar <strong>da</strong><strong>do</strong> que a relação corpo – pessoa –<br />

mun<strong>do</strong> se cumpre no confronto com a alteri<strong>da</strong><strong>de</strong> a um tempo<br />

opositora e colabora<strong>do</strong>ra. De acor<strong>do</strong> com Kretchmar (2005)<br />

po<strong>de</strong>mos dividir os jogos <strong>de</strong>sportivos em jogos regula<strong>do</strong>s pelo<br />

tempo e jogos regula<strong>do</strong>s por eventos (acontecimentos). No primeiro<br />

caso temos, por exemplo, o futebol, o basquetebol e o<br />

rugby e, no segun<strong>do</strong> caso, o basebol, o voleibol e o ténis. Esta<br />

distinção po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r-nos na discussão sobre as regras <strong>do</strong>s<br />

jogos <strong>de</strong>sportivos além <strong>da</strong> sua dimensão táctica e tentar perceber<br />

como po<strong>de</strong>m ser avalia<strong>da</strong>s <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong>s suas<br />

implicações éticas. Enquanto criação humana as mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>sportivas não são perfeitas e as regras que as enquadram<br />

po<strong>de</strong>m sempre ser melhora<strong>da</strong>s. É neste contexto que nos propomos<br />

actualizar a discussão <strong>da</strong> questão <strong>da</strong>s <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s faltas<br />

estratégicas apresentan<strong>do</strong> perspectivas divergentes <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate<br />

ético que suscitam.

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