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36<br />

Comunicações<br />

A meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> consistiu na avaliação <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reacção simples antes e após a realização <strong>de</strong> um treino <strong>de</strong><br />

“força” e <strong>de</strong> um treino “táctico”, com o membro preferi<strong>do</strong> e<br />

com o membro não preferi<strong>do</strong>. Para essa avaliação foi utiliza<strong>da</strong> a<br />

régua <strong>de</strong> Nelson. Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s foram trata<strong>do</strong>s no programa SPSS,<br />

calculan<strong>do</strong>-se a estatística <strong>de</strong>scritiva (média e <strong>de</strong>svio padrão) e<br />

a inferencial (testes não paramétricos <strong>de</strong> Mann-Whitney e <strong>de</strong><br />

Wilcocxon). O nível <strong>de</strong> significância foi estabeleci<strong>do</strong> em p<<br />

0,05.<br />

Conclusões: (i) Na relação entre os <strong>do</strong>is estatutos posicionais,<br />

não se verificaram diferenças significativas, apesar <strong>de</strong> os guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s<br />

terem apresenta<strong>do</strong> uma tendência para melhores prestações.<br />

Estes <strong>de</strong>monstraram também uma assimetria funcional<br />

inferior (menor diferença entre os <strong>do</strong>is membros) relativamente<br />

aos avança<strong>do</strong>s; (ii) Na relação entre os <strong>do</strong>is momentos <strong>do</strong><br />

treino, quer os guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s, quer os avança<strong>do</strong>s melhoraram a<br />

sua prestação (diminuíram os tempos) <strong>do</strong> primeiro para o<br />

segun<strong>do</strong> momento. As diferenças não foram, contu<strong>do</strong>, estatisticamente<br />

significativas; (iii) Na comparação entre os diferentes<br />

tipos <strong>de</strong> treino, também não se observaram diferenças significativas,<br />

apesar <strong>de</strong> o treino “táctico” parecer sugerir uma menor<br />

variação no TRSP entre os <strong>do</strong>is momentos <strong>de</strong> avaliação; (iv)<br />

Quer para o pé preferi<strong>do</strong>, quer para o não preferi<strong>do</strong>, não verificámos<br />

diferenças significativas entre guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s e avança<strong>do</strong>s.<br />

Ambos os grupos apresentarem consistentemente melhores<br />

<strong>de</strong>sempenhos com o pé preferi<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> estes últimos.<br />

ESTUDO DOS EFEITOS DE SAQUE NO TÊNIS EM DIFERENTES<br />

PONTUAÇÕES E PISOS NO JOGO<br />

Flávio Carvalho, Layla Aburachid & Pablo Greco<br />

Escola <strong>de</strong> Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Centro<br />

<strong>de</strong> Excelência Esportiva / Grupo <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Cognição e Ação -<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas gerais<br />

O tênis é caracteriza<strong>do</strong> por Moreno (1994), como um esporte<br />

<strong>de</strong> oposição, pratica<strong>do</strong> em espaço separa<strong>do</strong> e com participação<br />

alterna<strong>da</strong>. Por haver uma re<strong>de</strong> separan<strong>do</strong> os espaços, a bola<br />

sempre é coloca<strong>da</strong> em jogo através <strong>da</strong> ação <strong>do</strong> saque. Esta, por<br />

ser a primeira técnica executa<strong>da</strong> no início <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ponto, não<br />

sofre interferência direta <strong>da</strong> ação <strong>do</strong> adversário, o que facilita a<br />

estratégia a ser orienta<strong>da</strong> para o ataque pelo joga<strong>do</strong>r-saca<strong>do</strong>r.<br />

Neste estu<strong>do</strong> foi analisa<strong>do</strong>, a partir <strong>da</strong> ação <strong>do</strong> saque <strong>do</strong> tenista<br />

Roger Fe<strong>de</strong>rer, seu comportamento no jogo em diferentes pisos<br />

e situações <strong>de</strong> jogo. O objetivo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> foi i<strong>de</strong>ntificar um<br />

padrão <strong>de</strong> saque no tênis atual, classifican<strong>do</strong> a ação <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com seu efeito e local final <strong>da</strong> trajetória <strong>da</strong> bola. Essa análise<br />

vem colaborar com o processo <strong>de</strong> treinamento técnico-tático,<br />

no qual a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> nas situações <strong>do</strong> jogo influencia e modifica<br />

a percepção, solicitan<strong>do</strong> assim, um comportamento tático<br />

variável na toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Através <strong>da</strong> escolha <strong>da</strong> execução<br />

<strong>de</strong> uma técnica específica, o atleta procura a solução aos problemas<br />

<strong>do</strong> jogo que <strong>de</strong>fronta. Assim, o processo <strong>de</strong> treinamento<br />

técnico, isto é, <strong>de</strong> uma técnica específica, <strong>de</strong>ve ser alia<strong>do</strong> ao<br />

treinamento tático para se integrar a técnica com a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão em situações próximas a competição.<br />

Foram analisa<strong>do</strong>s seis jogos com a participação <strong>do</strong> tenista<br />

Roger Fe<strong>de</strong>rer, nos seguintes pisos: Sintético, Grama e Saibro.<br />

A análise <strong>da</strong>s imagens <strong>do</strong>s jogos foi realiza<strong>da</strong> por intermédio <strong>do</strong><br />

software SimiScout.<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />

A análise <strong>de</strong>scritiva <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s mostra que <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s pontos<br />

analisa<strong>do</strong>s, 62,62% foram disputa<strong>do</strong>s com um número maior<br />

<strong>do</strong> que três trocas <strong>de</strong> bola, sen<strong>do</strong> que o tipo <strong>de</strong> efeito <strong>de</strong> saque<br />

foi Top Spin em 80,60% <strong>de</strong>stes. Este efeito <strong>de</strong> saque obteve um<br />

maior percentual <strong>de</strong> utilização pelo atleta em to<strong>do</strong>s os pisos<br />

analisa<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> uma maior freqüência no piso <strong>de</strong> saibro<br />

quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> à grama e ao piso sintético. O segun<strong>do</strong> serviço<br />

<strong>de</strong> Roger Fe<strong>de</strong>rer também mostrou uma pre<strong>do</strong>minância <strong>da</strong><br />

utilização <strong>do</strong> efeito Top Spin, efeito com o qual ele obtém um<br />

maior percentual <strong>de</strong> acerto.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s vêm contradizer a classificação <strong>da</strong>s situações <strong>de</strong><br />

jogo apresenta<strong>da</strong>s por Gilbert (1994), que afirma que durante<br />

os pontos <strong>de</strong> preparação o joga<strong>do</strong>r <strong>de</strong>ve obter máximo aproveitamento<br />

com o seu saque. Entretanto, durante os pontos <strong>de</strong><br />

preparação foi encontra<strong>do</strong> um percentual <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> saque com<br />

efeito Top Spin <strong>de</strong> 59,11%, valor menor que os encontra<strong>do</strong>s nos<br />

<strong>de</strong>mais pontos. Além disso, admite-se que a escolha <strong>do</strong> segun<strong>do</strong><br />

serviço <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a segurança <strong>do</strong> efeito<br />

utiliza<strong>do</strong> pelo tenista e não a partir <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> efeito <strong>de</strong> saque<br />

que possa trazer um resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> tática ofensiva mais favorável.<br />

Palavras-Chave: Treinamento técnico-tático, Efeitos <strong>de</strong> Saque,<br />

Situação <strong>de</strong> jogo.<br />

ESTUDO DA ZONA DE DISTRIBUIÇÃO NO VOLEIBOL DE ELITE MAS-<br />

CULINO EM FUNÇÃO DO JOGADOR DISTRIBUIDOR E DO TIPO DE<br />

PASSE<br />

Francisca Esteves & Isabel Mesquita<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

O presente estu<strong>do</strong> teve como objectivo caracterizar a acção <strong>do</strong><br />

joga<strong>do</strong>r distribui<strong>do</strong>r em função <strong>da</strong> zona <strong>de</strong> distribuição e <strong>do</strong> tipo<br />

<strong>de</strong> passe, no Voleibol masculino <strong>de</strong> elite. Para a <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>da</strong>s zonas <strong>de</strong> distribuição foram compara<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is mo<strong>de</strong>los: o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> distribuição 1, com duas zonas (Zona I<strong>de</strong>al e Resto <strong>do</strong><br />

C a m p o) e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> distribuição 2, composto por 3 zonas<br />

(Zona Próxima, Zona Interm é d i a e Zona Af a s t a d a). Recorreu-se à<br />

o b s e rvação e análise <strong>de</strong> 12 jogos com digitalização e edição <strong>de</strong><br />

imagem, <strong>da</strong> fase final <strong>do</strong> campeonato <strong>da</strong> Europa 2005 (6 equipas)<br />

e <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>s Po u l e s intercontinentais <strong>da</strong> Liga Mundial 2005<br />

(4 equipas), perfazen<strong>do</strong> um total <strong>de</strong> 720 acções <strong>de</strong> distribuição.<br />

Recorremos à estatística <strong>de</strong>scritiva para obter resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> frequências<br />

e percentagens e ao teste <strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong> (X 2 ) para<br />

testar a associação entre as diferentes variáveis. Na fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a<br />

percentagem <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s (Van <strong>de</strong>r Mars, 1989), com valores<br />

acima <strong>de</strong> 80%, complementa<strong>da</strong> pela estatística Kappa <strong>de</strong> Cohen,<br />

valor mínimo <strong>de</strong> 0.92 e máximo <strong>de</strong> 0.99, mostraram que os<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s po<strong>de</strong>riam ser utiliza<strong>do</strong>s como ferramenta científica. Dos<br />

principais resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>staca-se que o joga<strong>do</strong>r distribui<strong>do</strong>r realiza<br />

97,1% <strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> distribuição e o tipo <strong>de</strong> passe mais solicita<strong>do</strong><br />

é em suspensão. No Mo<strong>de</strong>lo 1, a categoria com maior nível<br />

<strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> passes é a zona Resto <strong>do</strong> campo (66,9%) enquanto<br />

que no Mo<strong>de</strong>lo 2, a Zona Próxima (38,5%) tem a frequência<br />

s u p e r i o r, embora com valores próximos <strong>da</strong> Zona Af a s t a d a<br />

(37,8%). Os <strong>do</strong>is mo<strong>de</strong>los zonais <strong>de</strong> distribuição apresentam<br />

associações significativas com o tipo <strong>de</strong> passe e com o joga<strong>do</strong>r que<br />

realiza a acção <strong>de</strong> distribuição: o joga<strong>do</strong>r distribui<strong>do</strong>r é o único que<br />

i n t e rvém na Zona I<strong>de</strong>al (Mo<strong>de</strong>lo 1) e nas Zonas P r ó x i m a e

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