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<strong>de</strong>scritiva habitual, para obter frequências e percentagens <strong>de</strong><br />
ocorrência e à inferencial para a comparação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
entre grupos. Nesta aplicou-se a estatística não paramétrica,<br />
com recurso ao teste <strong>de</strong> Qui-Quadra<strong>do</strong>. To<strong>da</strong>s as variáveis mostraram<br />
valores <strong>de</strong> fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> intra-observa<strong>do</strong>r acima <strong>do</strong>s 80%<br />
<strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s (94% na eficiência e 100% na eficácia). Os resulta<strong>do</strong>s<br />
mostram que os alunos apresentam uma proficiência baixa<br />
na acção <strong>de</strong> 1º toque pois as categorias Flexão e extensão <strong>do</strong>s MI e<br />
MS e Bloqueio <strong>do</strong>s apoios apresentaram valores <strong>de</strong> 20,7% e<br />
16,5%, respectivamente. No que diz respeito à eficácia, tanto<br />
no serviço como no 1º toque as acções <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> aparecem<br />
sempre em maior número (56,5% e 62% respectivamente),<br />
segui<strong>do</strong> <strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> erro (31% e 38%) e, por último, as<br />
acções <strong>de</strong> êxito (12,4%), apenas no serviço, por só se consi<strong>de</strong>rar<br />
o 1º toque quan<strong>do</strong> houve possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a joga<strong>da</strong>.<br />
Como conclusões <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> ressalta que os alunos são mais<br />
eficientes na acção <strong>de</strong> serviço em relação à acção <strong>de</strong><br />
recepção/<strong>de</strong>fesa. Por outro la<strong>do</strong>, no jogo 1x1 obtêm mais eficácia<br />
no serviço em relação ao 2x2 , <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à sua simplici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
estrutural, o que coloca menores dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s na colocação <strong>da</strong><br />
bola nos espaços vulneráveis <strong>do</strong> campo adversário.<br />
ANÁLISE DA INFORMAÇÃO TRANSMITIDA PELO TREINADOR,<br />
NO TREINO EM VOLEIBOL<br />
Ana Lima & Isabel Mesquita<br />
<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
O presente estu<strong>do</strong> teve como objectivo analisar a instrução verbal<br />
<strong>do</strong> treina<strong>do</strong>r, durante a sessão <strong>de</strong> treino, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
voleibol. Da amostra fizeram parte 848 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação,<br />
pertencentes a <strong>do</strong>is treina<strong>do</strong>res, <strong>de</strong> uma equipa feminina e<br />
outra masculina <strong>do</strong> escalão <strong>de</strong> inicia<strong>do</strong>s. Para a recolha <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s, utilizamos o instrumento <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> por Hastie<br />
(1999) para a Dimensão Conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong> Informação e para as<br />
Dimensões Acção <strong>do</strong> Jogo e Destinatários o instrumento referencia<strong>do</strong><br />
por Moreno et al. (2002). A recolha <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s foi operacionaliza<strong>da</strong><br />
pelo registo em ví<strong>de</strong>o com acoplamento <strong>do</strong> som à<br />
imagem. A variável consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> foi o género <strong>da</strong>s equipas treina<strong>da</strong>s<br />
e a variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte as intervenções verbais <strong>do</strong> treina<strong>do</strong>r<br />
durante a sessão <strong>de</strong> treino. Recorremos à estatística <strong>de</strong>scritiva<br />
para obter resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> frequências e percentagens <strong>de</strong><br />
ocorrência, e na inferencial aplicamos a estatística não-paramétrica,<br />
o teste Qui-quadra<strong>do</strong> (! 2 ), com um nível <strong>de</strong> significância<br />
<strong>de</strong> 5% (p!0,05), para analisar a associação as características <strong>da</strong>s<br />
intervenções verbais com o género <strong>da</strong>s equipas. A fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>s observações foi obti<strong>da</strong> pela estatística Kappa <strong>de</strong> Cohen,<br />
sen<strong>do</strong> o valor mínimo encontra<strong>do</strong> <strong>de</strong> 0.86 e o valor máximo <strong>de</strong><br />
0.97. Os resulta<strong>do</strong>s mostraram que os treina<strong>do</strong>res transmitiram<br />
pre<strong>do</strong>minantemente conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m técnica (36,7%),<br />
prevalecen<strong>do</strong> a correcção técnica (76,8%). Os conteú<strong>do</strong>s tácticos<br />
seguiram-se com 27,4%, sen<strong>do</strong> as informações <strong>de</strong> consequência<br />
(65,1%) as <strong>do</strong>minantes. Na comparação em função <strong>do</strong><br />
género <strong>da</strong> equipa verificou-se que o treina<strong>do</strong>r <strong>da</strong> equipa masculina<br />
emitiu significativamente mais informação relativa às subcategorias<br />
táctica reactiva e questionamento <strong>do</strong> que o treina<strong>do</strong>r<br />
<strong>da</strong> equipa feminina que incidiu mais nas informações <strong>de</strong> consequência.<br />
Na Categoria Psicológica prevaleceu a subcategoria<br />
confiança (36%), sen<strong>do</strong> que o treina<strong>do</strong>r <strong>da</strong> equipa feminina<br />
emitiu significativamente mais críticas. Relativamente à dimensão<br />
Acção <strong>do</strong> Jogo, prevaleceu a categoria In<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> com<br />
58,5% uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> registo. O treina<strong>do</strong>r <strong>da</strong> equipa masculina<br />
emitiu significativamente mais informação relativa ao serviço,<br />
bloco, <strong>de</strong>fesa/cobertura, contrariamente ao treina<strong>do</strong>r <strong>da</strong> equipa<br />
feminina que incidiu na recepção, distribuição e ataque. Apesar<br />
<strong>da</strong> direcção <strong>da</strong> informação ser pre<strong>do</strong>minantemente Individual<br />
(84,8%), o treina<strong>do</strong>r <strong>da</strong> equipa feminina emitiu significativamente<br />
mais informação a to<strong>da</strong> a equipa (colectivo). O presente<br />
estu<strong>do</strong> sugere que os treina<strong>do</strong>res enfatizam a informação técnica<br />
em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> táctica. Entre os treina<strong>do</strong>res <strong>da</strong> equipa<br />
feminina e masculina verificou-se eleva<strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> instrucional,<br />
reivindican<strong>do</strong> a sua confirmação em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
maior dimensão.<br />
Palavras-chave: instrução, voleibol, treino, formação.<br />
TOMADA DE DECISÃO EM VOLEIBOL DO ATACANTE DE Z4 EM<br />
FUNÇÃO DOS ANOS DE EXPERIÊNCIA NESSA FUNÇÃO. ESTUDO<br />
REALIZADO COM ATLETAS SENIORES DO SEXO FEMININO PORTU-<br />
GUESAS<br />
Ana Paulo & Isabel Mesquita<br />
<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> porto<br />
Comunicações<br />
Propusemo-nos estu<strong>da</strong>r a Toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> Decisão (TD) no Voleibol,<br />
mais particularmente no ataque, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a que é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
na actuali<strong>da</strong><strong>de</strong> por diversos autores (Moutinho, 2000; Palao<br />
et al., 2004; Yiannis & Panagiotis, 2004) como <strong>de</strong>terminante<br />
no rendimento <strong>da</strong>s equipas, tanto no Voleibol masculino como<br />
no feminino (Fröhner & Murphy, 1995; Palao et al., 2004).<br />
Dentro <strong>da</strong> dinâmica <strong>do</strong> ataque <strong>da</strong>s equipas, a zona 4 assume-se<br />
como, a mais solicita<strong>da</strong> ao mais alto nível <strong>de</strong> jogo, na manobra<br />
ofensiva <strong>da</strong>s equipas (Guerra & Mesquita, 2003; Paulo, 2004).<br />
Assim, preten<strong>de</strong>mos perceber quais as diferenças nos constrangimentos,<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m estratégico-táctica, aponta<strong>do</strong>s por atacantes<br />
<strong>de</strong> zona 4, <strong>do</strong> sexo feminino (n=31), <strong>da</strong>s duas divisões<br />
máximas <strong>do</strong> Voleibol nacional – a A1 (n=16) e a A2 (n=15),<br />
na época <strong>de</strong> 2005/2006, com diferentes anos <strong>de</strong> experiência no<br />
exercício <strong>de</strong>ssa posição. Usámos para tal o protocolo verbal,<br />
cria<strong>do</strong> para o efeito, Toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> Decisão no Ataque em Voleibol<br />
(TDAV), o qual foi sujeito aos pressupostos <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>ção <strong>de</strong><br />
construção e <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>. Foram usa<strong>do</strong>s neste estu<strong>do</strong>, na análise<br />
<strong>de</strong>scritiva, valores <strong>de</strong> frequência e percentuais e, em termos<br />
inferenciais, o Teste t para medi<strong>da</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, para um<br />
nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> 5% e <strong>de</strong> 10%. A fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s codificações<br />
foi testa<strong>da</strong> através <strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong> Kappa <strong>de</strong> Cohen mostran<strong>do</strong><br />
valores acima <strong>do</strong> referencial mínimo estipula<strong>do</strong> pela<br />
literatura (0.75) (Fleiss, 1981). Em termos gerais, verifica-se<br />
que as atletas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> experiência enquanto<br />
atacantes <strong>de</strong> Z4, tomam em consi<strong>de</strong>ração os constrangimentos<br />
associa<strong>do</strong>s à A<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong><strong>de</strong> táctica <strong>da</strong> acção <strong>de</strong> ataque, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se<br />
a A<strong>da</strong>ptação <strong>do</strong> ataque à oposição situacional <strong>do</strong> bloco (valores entre<br />
60,6% e 67,7%). Na comparação entre grupos, constatou-se<br />
que as atacantes mais experientes <strong>de</strong> zona 4, apresentam valores<br />
médios mais eleva<strong>do</strong>s que as menos experientes na<br />
A<strong>da</strong>ptabili<strong>da</strong><strong>de</strong> táctica <strong>da</strong> acção <strong>de</strong> ataque (p=0,036) na categoria<br />
A<strong>da</strong>ptação <strong>do</strong> ataque à oposição situacional <strong>da</strong> <strong>de</strong>fesa (p=0,062) e,<br />
ain<strong>da</strong>, na subcategoria Acção individual <strong>da</strong>s <strong>de</strong>fesas (p=0,097).<br />
Estes resulta<strong>do</strong>s sugerem que po<strong>de</strong>rá ser relevante a valorização<br />
no processo <strong>de</strong> treino <strong>da</strong> oposição situacional <strong>do</strong> bloco e <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>fesa no treino <strong>do</strong> ataque <strong>de</strong> forma a calibrar a percepção <strong>da</strong>s<br />
atletas para a sua apreciação na TD.<br />
Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />
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