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sempre existe coerência entre a estrutura e o conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

periodização a<strong>do</strong>pta<strong>da</strong> e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo preconiza<strong>do</strong> pelo<br />

treina<strong>do</strong>r.<br />

O presente estu<strong>do</strong> teve como objectivo caracterizar a percepção<br />

<strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Futebol, no que respeita à planificação e à<br />

periodização <strong>do</strong> treino e respectiva congruência com o mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> jogo preconiza<strong>do</strong>. Para o efeito foi elabora<strong>do</strong>, vali<strong>da</strong><strong>do</strong> e<br />

aplica<strong>do</strong>, um questionário em escala <strong>de</strong> Likert, a 35 treina<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> Futebol <strong>da</strong>s principais competições portuguesas.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s mostraram que na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo,<br />

os treina<strong>do</strong>res consi<strong>de</strong>ram mais importante as competências <strong>do</strong><br />

treina<strong>do</strong>r e, a seguir, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> cognitiva e a<strong>da</strong>ptativa <strong>do</strong>s<br />

joga<strong>do</strong>res. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo mais frequentemente referi<strong>do</strong><br />

pressupõe a marcação à zona nos terços <strong>de</strong>fensivos e intermédio,<br />

a marcação aos <strong>de</strong>fesas adversários pelos avança<strong>do</strong>s no<br />

terço ofensivo e a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> para criar superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> numérica<br />

pelas faixas laterais, em fase ofensiva.<br />

A análise <strong>da</strong> percepção <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res, relativamente ao <strong>do</strong>seamento<br />

<strong>da</strong>s componentes intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> e volume ao longo <strong>da</strong><br />

época, permitiu i<strong>de</strong>ntificar características similares às <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> periodização preconiza<strong>do</strong> por Matvéiev. Não obstante, a<br />

planificação pre<strong>do</strong>minantemente referi<strong>da</strong> é a <strong>de</strong> médio/curto<br />

prazo. Embora esta não se tenha revela<strong>do</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> nível<br />

<strong>de</strong> formação nem <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> experiência <strong>do</strong> treina<strong>do</strong>r, os treina<strong>do</strong>res<br />

menos experientes mostraram privilegiar periodizações<br />

com intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>s superiores.<br />

Verificou-se divergência entre as concepções referentes à relação<br />

entre intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> e volume (gran<strong>de</strong>s oscilações) e o nível<br />

<strong>de</strong> forma pretendi<strong>do</strong> (alta forma <strong>de</strong>sportiva). O perío<strong>do</strong> transitório<br />

foi reporta<strong>do</strong> como escassamente utiliza<strong>do</strong> nos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> periodização.<br />

Apesar <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res terem <strong>de</strong>clara<strong>do</strong> que preten<strong>de</strong>m implementar<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo num tempo relativamente curto (5-8<br />

semanas), a utilização <strong>de</strong> exercícios específicos com bola não<br />

foi relata<strong>da</strong> como ten<strong>do</strong> prepon<strong>de</strong>rância, o que sugere alguma<br />

contradição.<br />

Em termos globais, os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sugerem uma fraca<br />

congruência entre a estrutura <strong>de</strong> planificação/periodização relata<strong>da</strong><br />

e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo que os treina<strong>do</strong>res preten<strong>de</strong>m implementar.<br />

Palavras-chave: Futebol; Planificação; Periodização; Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

Jogo; Alto Rendimento.<br />

ANÁLISE DIACRÓNICA HETEROCONTIGENTE DOS MÉTODOS DE<br />

JOGO OFENSIVO NO FUTEBOL – ESTUDO EM EQUIPAS DE NÍVEL<br />

COMPETITIVO SUPERIOR<br />

José Lopes & Júlio Garganta<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

A partir <strong>do</strong> entendimento dinâmico <strong>da</strong> organização táctica <strong>do</strong><br />

jogo <strong>de</strong> Futebol, ten<strong>do</strong> presente a inerente variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

que os comportamentos significantes evi<strong>de</strong>nciam<br />

regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s que emergem <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> jogo,<br />

propomo-nos evi<strong>de</strong>nciar algumas características <strong>do</strong>s Méto<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> Jogo Ofensivo em Futebol.<br />

Foram codifica<strong>da</strong>s nove parti<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Champions League<br />

2005/2006, <strong>do</strong>s oitavos <strong>de</strong> final em diante, ten<strong>do</strong>-se selecciona<strong>do</strong>,<br />

para observação e análise, 244 sequências ofensivas (75<br />

Contra-Ataques; 66 Ataques Rápi<strong>do</strong>s e 103 Ataques<br />

Posicionais), o que resultou num total <strong>de</strong> 2930 multieventos.<br />

Para o tratamento e análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s, recorreu-se ao Software<br />

SDIS-GSEQ <strong>de</strong> Bakeman e Quera (1996). Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s amostrais<br />

foram submeti<strong>do</strong>s a uma análise <strong>de</strong>scritiva e a uma análise<br />

sequencial. Esta última permitiu verificar a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

existência <strong>de</strong> relações <strong>de</strong> associação significativas, <strong>de</strong> activação<br />

ou <strong>de</strong> inibição, entre as diferentes categorias <strong>do</strong> instrumento <strong>de</strong><br />

observação, assim como a força <strong>de</strong> coesão existente entre a<br />

conduta critério e as condutas objecto.<br />

A análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s permitiu estimar padrões <strong>de</strong> conduta<br />

relativamente aos méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> jogo ofensivo no Futebol, que<br />

consubstanciam, entre outras, as seguintes conclusões:<br />

i) no Contra-Ataque, quan<strong>do</strong> a recuperação <strong>da</strong> posse <strong>de</strong> bola<br />

acontece por <strong>de</strong>sarme, é activa<strong>da</strong> a condução <strong>de</strong> bola <strong>de</strong> zonas<br />

espaciais <strong>do</strong> sector médio ofensivo para zonas pre<strong>do</strong>minantemente<br />

<strong>de</strong> finalização; ii) no Ataque Posicional, as situações <strong>de</strong><br />

recuperação <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> bola por intercepção são activa<strong>do</strong>ras<br />

<strong>de</strong> condutas <strong>de</strong> recepção/controle e drible; iii) quan<strong>do</strong> o início<br />

<strong>do</strong> processo ofensivo ocorre por uma interrupção regulamentar<br />

a favor, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os três Méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Jogo Ofensivo, a conduta<br />

pre<strong>do</strong>minante é o passe curto/médio; iv) no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>do</strong> Contra-Ataque em zonas <strong>do</strong> sector médio ofensivo,<br />

existe uma forte coesão entre o passe curto/médio e o controlo<br />

e condução <strong>de</strong> bola; v) no <strong>de</strong>senvolvimento Ataque Posicional,<br />

o passe curto tem uma relação <strong>de</strong> activação forte com a recepção/controle<br />

<strong>da</strong> bola; vi) a activação <strong>do</strong> drible, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>do</strong> Méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Jogo, está fortemente liga<strong>da</strong> à zona on<strong>de</strong><br />

ocorre; vii) o Contra-Ataque quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os <strong>de</strong>mais<br />

Méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Jogo, é o que mais situações <strong>de</strong> finalização <strong>de</strong> golo<br />

induz.<br />

Palavras-chave: Futebol; Análise <strong>do</strong> Jogo; Meto<strong>do</strong>logia<br />

Observacional; Ataque; Padrões <strong>de</strong> Jogo<br />

ANÁLISE ZONAL DAS VARIÁVEIS CARACTERIZADORAS DO ATAQUE<br />

DE 2ª LINHA, NA FASE DE ‘SIDE OUT’, EM VOLEIBOL – ESTUDO<br />

REALIZADO EM SELECÇÕES NACIONAIS DE ELITE<br />

José Miguel Castro & Isabel Mesquita<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

Comunicações<br />

O presente estu<strong>do</strong> preten<strong>de</strong> analisar as variáveis que caracterizam<br />

o ataque <strong>de</strong> 2ª linha, associan<strong>do</strong>-as às distintas zonas <strong>de</strong><br />

ataque, na fase <strong>do</strong> jogo si<strong>de</strong>-out, no Voleibol Masculino <strong>de</strong> Alto<br />

Rendimento. Para o cumprimento <strong>de</strong>ste objectivo foram analisa<strong>do</strong>s<br />

12 jogos, num total <strong>de</strong> 138 acções, <strong>de</strong> nove selecções<br />

nacionais presentes na Liga Mundial 2005 e na Fase Final <strong>do</strong><br />

Campeonato <strong>da</strong> Europa 2005. Nessa observação foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />

as seguintes variáveis: zona <strong>de</strong> ataque, tempo <strong>de</strong> ataque,<br />

número <strong>de</strong> bloca<strong>do</strong>res, posição inicial <strong>de</strong> bloco, compaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> bloco, efeito <strong>do</strong> ataque e tipo <strong>de</strong> ataque. Foi realiza<strong>da</strong> uma<br />

análise <strong>de</strong>scritiva <strong>da</strong>s variáveis, em que calculamos as frequências<br />

e respectivas percentagens; e uma análise inferencial para<br />

testar a associação entre diferentes parâmetros <strong>de</strong> análise. Para<br />

tal, utilizamos o qui-quadra<strong>do</strong> (! 2 ) em tabelas <strong>de</strong> contingência<br />

e o V <strong>de</strong> Cramer, sen<strong>do</strong> o nível <strong>de</strong> significância consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

5%. Para testar a fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, recorremos ao teste Kappa <strong>de</strong><br />

Cohen. Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ín<strong>do</strong>le <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong>monstraram que as<br />

zonas <strong>de</strong> ataque mais solicita<strong>da</strong>s foram a zona 1a (68,1%) e a<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />

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