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48<br />

Comunicações<br />

à construção e aplicação <strong>de</strong> um questionário com respostas<br />

numa escala <strong>de</strong> Likert <strong>de</strong> 1 a 5. A amostra integra 56 treina<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> equipas <strong>de</strong> rendimento superior <strong>de</strong> Futsal, com uma<br />

média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 42.7±8.0, que exercem ou já exerceram a<br />

sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> nas principais competições <strong>de</strong> Portugal (n=25),<br />

Espanha (n=17) e Brasil (n=14), ou seja, na 1ª Divisão<br />

Portuguesa, na Liga Nacional <strong>de</strong> Fútbol Sala e na Liga Futsal,<br />

respectivamente. No que concerne à duração e estrutura <strong>do</strong>s ciclos <strong>de</strong><br />

periodização preconiza<strong>do</strong>s, a maioria <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res inquiri<strong>do</strong>s,<br />

56% <strong>do</strong>s Portugueses, 76.5% <strong>do</strong>s Espanhóis e 57.1% <strong>do</strong>s<br />

Brasileiros, pon<strong>de</strong>ra a divisão <strong>da</strong> época <strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com os perío<strong>do</strong>s tradicionais: preparatório, competitivo e <strong>de</strong><br />

transição. No perío<strong>do</strong> competitivo os portugueses (84%), os<br />

espanhóis (76%) e os brasileiros (92.3%) consi<strong>de</strong>raram a<strong>do</strong>ptar<br />

“muitas vezes” ou “sempre” um microciclo-mo<strong>de</strong>lo. Os portugueses<br />

visam patamares <strong>de</strong> rendimento no seu processo <strong>de</strong> planificação<br />

ao invés <strong>de</strong> picos <strong>de</strong> forma. Espanhóis e brasileiros<br />

ten<strong>de</strong>m, no seu processo <strong>de</strong> planificação, visar ambas as hipóteses<br />

anteriormente referi<strong>da</strong>s. Refira-se que 80% <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res<br />

portugueses, 76.5% <strong>do</strong>s espanhóis e 100% <strong>do</strong>s brasileiros consi<strong>de</strong>ram<br />

o perío<strong>do</strong> preparatório “muitas vezes” ou “sempre”<br />

importante na prestação <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r ao longo <strong>da</strong> época <strong>de</strong>sportiva.<br />

Em relação ao volume <strong>de</strong> treino privilegia<strong>do</strong> nos ciclos <strong>de</strong> treino<br />

preconiza<strong>do</strong>s, o número médio <strong>de</strong> treinos semanais realiza<strong>do</strong><br />

pelos espanhóis (8.0±1.1) e pelos brasileiros (8.9±2.3) é significativamente<br />

superior ao realiza<strong>do</strong> pelos treina<strong>do</strong>res portugueses<br />

(5.0±2.4), bem como o consequente tempo médio <strong>de</strong> treino<br />

durante o perío<strong>do</strong> competitivo. Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos conteú<strong>do</strong>s<br />

orienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> treino, durante o perío<strong>do</strong> preparatório<br />

os treina<strong>do</strong>res em causa atribuem uma importância similar ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> condição física e à implementação <strong>do</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo. Contu<strong>do</strong>, os portugueses (68%) <strong>de</strong>monstraram<br />

implementar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo “muitas vezes” ou “sempre”<br />

na primeira semana <strong>de</strong> treinos, em oposição aos espanhóis<br />

(35.3%) e brasileiros (14.3%). Embora os três grupos <strong>de</strong> treina<strong>do</strong>res<br />

tivessem revela<strong>do</strong> tendência para idêntica planificação<br />

<strong>do</strong>s microciclos durante o perío<strong>do</strong> competitivo, em função <strong>do</strong><br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo, os espanhóis e os brasileiros revelaram planificar<br />

os microciclos com base no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

físicas. A utilização <strong>de</strong> sessões <strong>de</strong> treino completas, com o<br />

objectivo único <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res,<br />

não é opção para os portugueses (1.6±0.9), contrariamente<br />

aos espanhóis (3.6±1.0) e brasileiros (3.4±0.9). No que<br />

diz respeito aos meios <strong>de</strong> treino privilegia<strong>do</strong>s, apesar <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res<br />

referirem que utilizam exercícios com bola para melhorar a<br />

condição física <strong>do</strong>s seus joga<strong>do</strong>res, os espanhóis (3.2±1.0) e os<br />

brasileiros (3.0±1.0) realizam “às vezes” treinos fora <strong>do</strong> pavilhão.<br />

Por seu la<strong>do</strong> os portugueses (1.5±0.8)“raramente” o<br />

fazem. Para aferir a forma <strong>de</strong>sportiva <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res/equipa, os<br />

treina<strong>do</strong>res realçaram a competição. Apenas os treina<strong>do</strong>res brasileiros<br />

revelaram <strong>da</strong>r mais importância aos testes <strong>de</strong> condição<br />

física (4.5±0.8) <strong>do</strong> que à prestação <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res na competição<br />

(4.3±0.6). No que toca à mo<strong>de</strong>lação <strong>do</strong> jogo na organização <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> treino, verificou-se que a quase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res<br />

orienta o processo <strong>de</strong> treino e <strong>de</strong> jogo <strong>do</strong>s seus joga<strong>do</strong>res/equipa<br />

através <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> jogo, não estan<strong>do</strong> o<br />

mesmo, no entanto, estrutura<strong>do</strong> num <strong>do</strong>cumento escrito, com<br />

excepção aos treina<strong>do</strong>res portugueses, 60% revelaram fazê-lo<br />

“sempre”. Em relação às priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s na organização <strong>do</strong> jogo e <strong>do</strong> treino<br />

no Futsal, os treina<strong>do</strong>res portugueses (50.2%) e brasileiros<br />

(30.8%) <strong>de</strong>monstraram preferência pelo ataque posicional,<br />

enquanto que os treina<strong>do</strong>res espanhóis (31.3%) consi<strong>de</strong>raram<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />

que to<strong>do</strong>s os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> jogo são importantes. Os sistemas <strong>de</strong><br />

jogo utiliza<strong>do</strong>s preferencialmente são o 4.0 e o 3.1, sen<strong>do</strong> este<br />

último o preferi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res brasileiros. O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

jogo <strong>de</strong>fensivo preferi<strong>do</strong> pelos treina<strong>do</strong>res portugueses (56%) e<br />

brasileiros (50%) é o méto<strong>do</strong> misto, enquanto que os treina<strong>do</strong>res<br />

espanhóis (29.4%) consi<strong>de</strong>ram, outros que não méto<strong>do</strong><br />

misto, individual ou zona, como os mais utiliza<strong>do</strong>s. Os treina<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong>, foram unânimes na atribuição <strong>de</strong> eleva<strong>da</strong><br />

importância aos fragmentos constantes <strong>do</strong> jogo. Destes,<br />

conferem maior importância aos pontapés <strong>de</strong> canto e aos pontapés<br />

<strong>de</strong> livres. Os treina<strong>do</strong>res portugueses <strong>de</strong>stacam, <strong>de</strong> forma<br />

significativa, a criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e leitura <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res, enquanto os<br />

treina<strong>do</strong>res espanhóis e brasileiros preferem optar por esquemas<br />

tácticos rígi<strong>do</strong>s.<br />

ESCOLA DESPORTIVA ”O FINTAS”, UM PROJECTO DE FORMAÇÃO<br />

DESPORTIVA EM FUTEBOL<br />

Luís Travessa, Bela Afonso & Sandra Rodrigues<br />

Escola <strong>de</strong> Formação Desportiva “O Fintas”<br />

A Escola “O Fintas” surgiu em 2001, constituin<strong>do</strong>-se como um<br />

centro <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>sportiva <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a crianças e jovens <strong>de</strong><br />

ambos os sexos <strong>de</strong> uma forma não selectiva, proporcionan<strong>do</strong><br />

vivências <strong>de</strong>sportivas gratificantes a to<strong>do</strong>s in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>da</strong>s suas aptidões e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Filia<strong>da</strong> na Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Escolas <strong>de</strong> Futebol (APEF) com 220 alunos,<br />

<strong>do</strong>ze escalões <strong>de</strong> formação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os 3 anos (ABC motor) até<br />

aos 14 anos (Inicia<strong>do</strong>s) em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>do</strong>s alunos, possui actualmente cinco escalões fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />

na Associação <strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> Braga.<br />

As activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> Escola, <strong>de</strong> uma forma geral, orientam-se <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com os seguintes objectivos: i) promover um processo<br />

<strong>de</strong> treino que abor<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s motoras<br />

<strong>da</strong>s crianças e progressivamente <strong>do</strong>s aspectos específicos <strong>do</strong><br />

Futebol, a<strong>de</strong>quan<strong>do</strong>-o ao nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento motor e <strong>de</strong><br />

conhecimento <strong>de</strong> jogo <strong>do</strong>s alunos, promoven<strong>do</strong> a divisão <strong>da</strong>s<br />

turmas por escalão etário em função <strong>da</strong>s experiências e níveis<br />

<strong>de</strong> jogo, privilegian<strong>do</strong> exercícios que abor<strong>de</strong>m o jogo como um<br />

to<strong>do</strong>, em condições simplifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> número <strong>de</strong> joga<strong>do</strong>res,<br />

tempo e espaço <strong>de</strong> jogo, e não exclusivamente nas formas isola<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>stituí<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s suas conexões e ligações; ii) Direccionar os<br />

alunos que <strong>de</strong>monstrem mais aptidões táctico-técnicos, motoras<br />

e psicológicas, se assim o <strong>de</strong>sejarem, para o futebol fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>;<br />

iii) Fomentar o prazer pela prática <strong>de</strong>sportiva e pelo Futebol<br />

em particular, procuran<strong>do</strong> formar <strong>de</strong>sportistas activos para to<strong>da</strong><br />

a vi<strong>da</strong>, enfatizan<strong>do</strong> os benefícios <strong>da</strong> prática <strong>de</strong>sportiva para o<br />

crescimento integral <strong>da</strong>s crianças e jovens enquanto membros<br />

<strong>de</strong> uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong>; iv) Continuar a <strong>de</strong>senvolver, em colaboração<br />

com a APEF, um centro <strong>de</strong> formação permanente <strong>de</strong> treina<strong>do</strong>res,<br />

com intuito <strong>de</strong> melhorar o processo <strong>de</strong> formação <strong>do</strong>s mesmos,<br />

a troca <strong>de</strong> experiências, promoven<strong>do</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> treino<br />

e jogo.<br />

A concretização <strong>do</strong>s objectivos estipula<strong>do</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>s profissionais que os operacionalizam. Neste senti<strong>do</strong>,<br />

constitui-se como preocupação <strong>da</strong> Escola possuir na sua estrutura<br />

professores/treina<strong>do</strong>res com formação em <strong>Desporto</strong> e<br />

Educação Física - especialização em Meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> Treino em<br />

Futebol e com vivências nesta mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nesta linha <strong>de</strong> acção,<br />

a Escola realiza e/ou participa mensalmente em eventos compe-

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