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72<br />

Comunicações<br />

campo” implicou um aumento <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> esforço <strong>do</strong>s<br />

joga<strong>do</strong>res, provavelmente pelo maior rácio <strong>de</strong> área <strong>de</strong> jogo por<br />

joga<strong>do</strong>r, e no caso concreto <strong>do</strong> 2x2 <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à menor imprevisibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

e maior dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em cooperar resultante <strong>da</strong> escolha<br />

binária a que o porta<strong>do</strong>r <strong>da</strong> bola está sujeito.<br />

A manipulação <strong>do</strong> número <strong>de</strong> contactos sucessivos na bola por<br />

joga<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> não ter sofri<strong>do</strong> alterações <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos eleva<strong>do</strong>s<br />

valores <strong>de</strong> FC atingi<strong>do</strong>s na fase <strong>de</strong> recuperação activa, ou <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

à gran<strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> característica <strong>do</strong>s joga<strong>do</strong>res, mesmo<br />

com um número ilimita<strong>do</strong> <strong>de</strong> toques.<br />

Palavras-chave: Futsal; Mo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> Exercícios; Intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

Variáveis <strong>de</strong> Evolução; Frequência Cardíaca; Percepção<br />

Subjectiva <strong>do</strong> Esforço.<br />

O ENSINO DO FUTEBOL ATRAVÉS DO CONHECIMENTO TÁCTICO<br />

Ricar<strong>do</strong> Duarte 1 , F. Pereira 2 , E. Silva 2 ; V. Maçãs 2 & J.<br />

Sampaio 2<br />

1 Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora; 2 Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Tr á s -os-Montes e Alto Douro<br />

O ensino/treino <strong>do</strong> Futebol sofre ain<strong>da</strong> várias influências <strong>da</strong>s<br />

meto<strong>do</strong>logias utiliza<strong>da</strong>s nas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s individuais. Esta<br />

abor<strong>da</strong>gem baseia-se na exercitação <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s técnicos,<br />

<strong>de</strong>scontextualiza<strong>do</strong>s <strong>da</strong>quilo que são as relações <strong>de</strong> Oposição-<br />

Cooperação que exprimem a essência e a lógica fun<strong>da</strong>mental <strong>do</strong><br />

Jogo. Este processo provoca um produto final <strong>de</strong> aprendizagem<br />

estereotipa<strong>do</strong>, com acções pouco a<strong>da</strong>ptáveis, fragmenta<strong>da</strong>s, e<br />

frequentemente <strong>de</strong>smotivante para o praticante.<br />

Com este trabalho preten<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>monstrar como é possível<br />

organizar uma abor<strong>da</strong>gem sistémica <strong>do</strong> ensino/treino, que vise<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s praticantes num contexto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

correlação com a lógica interior <strong>do</strong> Jogo. Essa lógica, tal como<br />

os seus praticantes, passa por sucessivos níveis <strong>de</strong> Jogo, <strong>de</strong><br />

complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> crescente, on<strong>de</strong> Jogo e praticantes co-evoluem<br />

em interacção recíproca, <strong>de</strong> forma não linear.<br />

A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fasear o ensino conduz inevitavelmente à<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> simplificação <strong>do</strong> Jogo para uma escala assimilável<br />

pelos aprendizes, sem <strong>de</strong>svirtuar a sua essência fun<strong>da</strong>mental.<br />

Nesta perspectiva, não parece muito ajusta<strong>do</strong> fragmentar a<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong> complexa <strong>do</strong> to<strong>do</strong> (o Jogo) em elementos como o<br />

passe, o drible, a condição física, o remate, a força ou a corri<strong>da</strong>.<br />

A ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira essência <strong>do</strong> Jogo só po<strong>de</strong>rá ser manti<strong>da</strong> se o ensino<br />

incidir sobre a sua <strong>de</strong>composição em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s funcionais,<br />

em que a aprendizagem tenha por objectivo a evolução <strong>do</strong><br />

conhecimento específico <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r, assente na resolução <strong>do</strong>s<br />

seus problemas tácticos.<br />

Assim, o presente trabalho baseia-se numa caracterização <strong>de</strong><br />

cinco níveis <strong>de</strong> Jogo, <strong>do</strong>n<strong>de</strong> emergem um conjunto <strong>de</strong> Pr o b l e m a s<br />

Tácticos que irão guiar o processo <strong>de</strong> ensino/treino. Após a <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong>sses problemas tácticos, será sugeri<strong>da</strong> a utilização <strong>de</strong><br />

formas modifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> jogo como meio <strong>de</strong> promover as três fases<br />

<strong>de</strong> processamento <strong>da</strong> informação <strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> jogo: a percepção,<br />

a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e a execução motora. Estas fases surgem<br />

assim permanentemente referencia<strong>da</strong>s ao contexto <strong>do</strong> Jogo, pelo<br />

que se torna mais fácil melhorar progressivamente as competências<br />

situacionais e específicas <strong>do</strong>s praticantes.<br />

Palavras-Chave: Problemas Tácticos, Níveis <strong>de</strong> Jogo, Formas<br />

Modifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Jogo, Abor<strong>da</strong>gem Sistémica.<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />

RELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE REACÇÃO SIMPLES E A<br />

CONSISTÊNCIA DA PREFERÊNCIA MANUAL EM GUARDA-REDES<br />

DE PÓLO AQUÁTICO<br />

R. J. Fernan<strong>de</strong>s, M. Sarmento, N. Cancela, S. Liberal, M.<br />

Botelho & O. Vasconcelos<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

O Pólo Aquático (PA) é uma mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva colectiva<br />

em franco <strong>de</strong>senvolvimento em Portugal. Dentro <strong>da</strong> gran<strong>de</strong><br />

diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s e posições específicas inerentes a este<br />

jogo, a posição <strong>de</strong> guar<strong>da</strong>-re<strong>de</strong>s (GR) é conheci<strong>da</strong> pela multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estímulos que influenciam as suas respostas, sen<strong>do</strong><br />

que a eficiência <strong>de</strong> resposta aos mesmos po<strong>de</strong>rá variar consoante<br />

a sua preferência manual.<br />

Preten<strong>de</strong>mos investigar o efeito <strong>da</strong> consistência <strong>de</strong> preferência<br />

manual (isto é, a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> com que a preferência se manifesta)<br />

no tempo <strong>de</strong> reacção simples <strong>do</strong>s membros superiores GR<br />

<strong>de</strong> PA. Este tema afigura-se como muito pertinente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às<br />

características <strong>da</strong> posição <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r em questão, o qual <strong>de</strong>verá<br />

ser capaz <strong>de</strong> reagir <strong>de</strong> forma eficaz in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> consistência<br />

<strong>da</strong> sua preferência manual.<br />

A amostra foi constituí<strong>da</strong> por 15 GR <strong>do</strong> sexo masculino, pertencentes<br />

aos escalões <strong>de</strong> juniores e seniores <strong>da</strong> Fe<strong>de</strong>ração<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Natação e, como tal, participantes em competições<br />

nacionais. As médias e <strong>de</strong>svios-padrão <strong>do</strong>s valores relativos<br />

à i<strong>da</strong><strong>de</strong>, altura e peso <strong>do</strong>s sujeitos foram, respectivamente,<br />

23.6 ± 4.7 anos, 181.2 ± 7.9 cm e 78.4 ± 5.2 kg. To<strong>do</strong>s os GR<br />

realizaram um teste que preten<strong>de</strong>u mensurar o tempo <strong>de</strong> reacção<br />

simples manual a um estímulo visual, utilizan<strong>do</strong>, para tal,<br />

o polirreaciómetro PD 12 <strong>de</strong> Dufour. Foi também utiliza<strong>do</strong> o<br />

Questionário <strong>de</strong> Preferência Manual <strong>de</strong> Van Strien (2002), o<br />

qual permitiu <strong>de</strong>terminar a consistência (intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>) <strong>da</strong> preferência<br />

manual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> sujeito.<br />

Consistente Não consistente Z<br />

VRMãoDir 0.308±0.023 0.301±0.037 -0.347<br />

VRMãoEsq 0.301±0.049 0,297±0.035 -0.347<br />

VRTotal 0.305±0.035 0.299±0.034 -0.116<br />

Diferença 0.024±0.020 0.012±0.013 -1.504<br />

Quadro 1. Valores <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> preferência<br />

manual com a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reacção simples (n=15)<br />

No Quadro 1 po<strong>de</strong>m-se observar os valores médios e <strong>de</strong>sviospadrão<br />

<strong>da</strong> relação <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> preferência manual com a<br />

veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reacção simples. É possível observar a não existência<br />

<strong>de</strong> diferenças significativas entre os grupos. Estes resulta<strong>do</strong>s<br />

permitem concluir que a consistência <strong>da</strong> preferência<br />

manual parece não provocar diferenças no tempo <strong>de</strong> reacção<br />

simples em GR <strong>de</strong> PA, quer para a mão direita quer para<br />

esquer<strong>da</strong>. Em ca<strong>da</strong> grupo, a diferença entre as mãos também<br />

não parece ser relevante.<br />

Palavras-chave: Pólo Aquático, Tempo <strong>de</strong> Reacção, Preferência<br />

Manual, Guar<strong>da</strong>-Re<strong>de</strong>s

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