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associan<strong>do</strong>-se com tempo 1b. A joga<strong>da</strong> F (sobe e <strong>de</strong>sce) ocorreu<br />

duas vezes, uma com tempo 2 e outra com tempo 2b.<br />

Finalmente, a joga<strong>da</strong> G (duplo tempo 1) apenas surgiu uma<br />

vez, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> finaliza<strong>da</strong> com tempo 1b. De forma geral, as<br />

joga<strong>da</strong>s E, F e G têm reduzi<strong>da</strong> expressão no jogo. A inexistência<br />

<strong>de</strong> joga<strong>da</strong> (central fora <strong>do</strong> ataque) associou-se com ocorrência<br />

<strong>de</strong> tempo 3.<br />

ESTUDO PILOTO DAS JOGADAS COMBINADAS EM VOLEIBOL FEMI-<br />

NINO<br />

José Afonso & Isabel Mesquita<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

A literatura <strong>da</strong> especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> nomeia uma série <strong>de</strong> joga<strong>da</strong>s combina<strong>da</strong>s,<br />

mas com pouca sistematização e sem uma abor<strong>da</strong>gem<br />

pragmática. O presente estu<strong>do</strong> teve como objectivo proce<strong>de</strong>r a<br />

uma categorização <strong>da</strong>s joga<strong>da</strong>s <strong>de</strong> ataque, estabelecen<strong>do</strong> critérios<br />

<strong>de</strong> coerência nesse processo e procuran<strong>do</strong> verificar quais as<br />

que ocorrem na prática. Para o efeito, recorremos a uma amostra<br />

<strong>de</strong> 6 jogos, realiza<strong>do</strong>s na 1ª Poule <strong>de</strong> Apuramento para o<br />

Campeonato <strong>da</strong> Europa <strong>de</strong> 2005, Seniores Femininos, <strong>da</strong> série<br />

constituí<strong>da</strong> por Portugal, Bielorrússia, Hungria e Dinarmarca<br />

(402 sequênicas). Observou-se sempre a equipa mais próxima<br />

<strong>da</strong> câmera (jogos filma<strong>do</strong>s <strong>de</strong> topo). Os jogos foram analisa<strong>do</strong>s<br />

em formato digital, recorren<strong>do</strong> ao Win<strong>do</strong>ws Media Player 10<br />

para Win<strong>do</strong>ws XP. Para o tratamento estatístico <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s utilizámos<br />

o SPSS 14.0 para Win<strong>do</strong>ws. Para a categorização <strong>da</strong>s<br />

variáveis utilizámos o Formato <strong>de</strong> Campo (Izquier<strong>do</strong> &<br />

Anguera, 2001), ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> apenas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as joga<strong>da</strong>s que<br />

culminaram em passe <strong>de</strong> ataque. Para o estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

foram analisa<strong>da</strong>s 23,13% <strong>da</strong>s acções, valores substancialmente<br />

superiores aos <strong>de</strong> referência (10%), aponta<strong>do</strong>s pela literatura<br />

(Tabachnick e Fi<strong>de</strong>ll, 1989). A fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> intra-observa<strong>do</strong>r e<br />

inter-observa<strong>do</strong>r mostrou Kappa <strong>de</strong> 0,95.<br />

O estu<strong>do</strong> mostrou oito padrões <strong>de</strong> joga<strong>da</strong>s. A joga<strong>da</strong> A consiste<br />

num primeiro tempo à frente, junto <strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra, possibilitan<strong>do</strong><br />

a utilização <strong>de</strong> bola <strong>de</strong> combinação na ponta, na saí<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

re<strong>de</strong> (1 ou 2) ou em zona 6. A joga<strong>da</strong> B consiste dum primeiro<br />

tempo atrás <strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong>pois a zona 4 ou<br />

zona 6. A joga<strong>da</strong> C apresenta um primeiro tempo à frente, afasta<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra, abrin<strong>do</strong> espaço para ataques por zonas 4,<br />

2, 6 ou 1. A joga<strong>da</strong> D recorre a um primeiro tempo nas costas<br />

<strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> solicitar-se zona 2, zona 1 ou zona 4.<br />

A joga<strong>da</strong> E consiste numa tesoura: a central ataca primeiro<br />

tempo à frente (perto) ou atrás <strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra, e a oposta<br />

aparece no ataque <strong>de</strong> segun<strong>do</strong> tempo em zona 3. Na joga<strong>da</strong> F, a<br />

central bate primeiro tempo junto <strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra e a ponta<br />

ataca uma bola mais interior, entre zonas 3 e 4. A joga<strong>da</strong> G<br />

consiste num duplo primeiro tempo: central à frente e oposta<br />

nas costas <strong>da</strong> distribui<strong>do</strong>ra. O último padrão é a ausência <strong>de</strong><br />

joga<strong>da</strong>. A ocorrência mais comum é a ausência <strong>de</strong> combinação<br />

(48%). Das combinações, a A é a mais comum (22,9%), segui<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>s D e C (12,2% e 10,7%, respectivamente). As restantes<br />

joga<strong>da</strong>s têm uma expressão reduzi<strong>da</strong> no jogo. Como a maioria<br />

<strong>da</strong>s joga<strong>da</strong>s não é combina<strong>da</strong>, isto implica uma sobrecarga <strong>da</strong>s<br />

joga<strong>do</strong>ras pontas e opostas, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> reflectir-se no treino, pelo<br />

menos <strong>da</strong>s equipas com este nível <strong>de</strong> jogo.<br />

ESTUDO PILOTO ACERCA DO TEMPO DE ATAQUE EM VOLEIBOL<br />

FEMININO<br />

José Afonso & Isabel Mesquita<br />

<strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Desporto</strong> - Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

O tempo <strong>de</strong> ataque po<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir-se pela relação temporal entre<br />

a chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ataque e a saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> bola <strong>da</strong>s mãos <strong>do</strong> distribui<strong>do</strong>r,<br />

<strong>de</strong>finição mais consistente <strong>do</strong> que as tradicionais, que não<br />

são exaustivas nem seguem um critério único para os <strong>de</strong>finir.<br />

Para este estu<strong>do</strong> piloto, recorremos a uma amostra <strong>de</strong> 6 jogos,<br />

realiza<strong>do</strong>s na 1ª Poule <strong>de</strong> Apuramento para o Campeonato <strong>da</strong><br />

Europa <strong>de</strong> 2005, Seniores Femininos, <strong>da</strong> série constituí<strong>da</strong> por<br />

Portugal, Bielorrússia, Hungria e Dinarmarca (402 sequências).<br />

Os jogos foram analisa<strong>do</strong>s em formato digital, recorren<strong>do</strong> ao<br />

Win<strong>do</strong>ws Media Player 10, para Win<strong>do</strong>ws XP. O instrumento<br />

<strong>de</strong> observação foi basea<strong>do</strong> na literatura <strong>da</strong> especiali<strong>da</strong><strong>de</strong> para a<br />

vali<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> construção, ten<strong>do</strong>-se através <strong>do</strong> presente estu<strong>do</strong><br />

realiza<strong>do</strong> a vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>, servin<strong>do</strong>, por isso, <strong>de</strong> estu<strong>do</strong><br />

piloto para futuras aplicações. Para o tratamento estatístico <strong>do</strong>s<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>s, utilizámos o SPSS 14.0 para Win<strong>do</strong>ws. Para a categorização<br />

<strong>da</strong>s variáveis, utilizámos o Formato <strong>de</strong> Campo (Izquier<strong>do</strong><br />

& Anguera, 2001), ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s apenas as joga<strong>da</strong>s<br />

que culminassem num passe <strong>de</strong> ataque. Para o estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

foram analisa<strong>da</strong>s 23,13% <strong>da</strong>s acções, valores substancialmente<br />

superiores aos <strong>de</strong> referência (10%), aponta<strong>do</strong>s pela literatura<br />

(Tabachnick e Fi<strong>de</strong>ll, 1989). A fiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> intra-observa<strong>do</strong>r<br />

e inter-observa<strong>do</strong>r mostrou Kappa entre 0,86 e 0,89.<br />

Da análise <strong>de</strong>stes jogos, verificámos que os tempos <strong>de</strong> ataque<br />

encontra<strong>do</strong>s se po<strong>de</strong>riam categorizar <strong>da</strong> seguinte forma: tempo 1<br />

- a atacante salta simultaneamente; tempo 1b - a atacante sai <strong>do</strong><br />

solo logo após; tempo 1c - a atacante dá um último apoio com o<br />

pé esquer<strong>do</strong> e <strong>de</strong>pois salta; tempo 2 - direito-esquer<strong>do</strong> e salta;<br />

tempo 2b - esquer<strong>do</strong>-direito-esquer<strong>do</strong> e salta; tempo 3 - compasso<br />

<strong>de</strong> espera, esquer<strong>do</strong>-direito-esquer<strong>do</strong> e salta. Analisámos,<br />

adicionalmente, um jogo <strong>de</strong> Superliga Feminina Brasileira<br />

2003/2004, no qual encontrámos a ocorrência <strong>de</strong> tempo 0 (a<br />

atacante salta antes <strong>do</strong> passe <strong>de</strong> ataque). O tempo <strong>de</strong> ataque<br />

mais comum é o 2b (44%), segui<strong>do</strong> <strong>do</strong>s tempos 3 e 2 (14,7% e<br />

13,7%, respectivamente). Porém, se consi<strong>de</strong>rarmos to<strong>da</strong>s as<br />

variantes <strong>de</strong> tempo 1 como sen<strong>do</strong> primeiro tempo, então o<br />

tempo 1 será a segun<strong>da</strong> ocorrência mais comum (15,2%).<br />

Propomos que os três tipos <strong>de</strong> tempo 1 sejam agrupa<strong>do</strong>s num<br />

só, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua semelhança, na <strong>de</strong>pendência funcional <strong>da</strong> chega<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> central e no efeito produzi<strong>do</strong> no adversário.<br />

ORGANIZAÇÃO DO JOGO E DO TREINO EM FUTSAL ESTUDO COMPA-<br />

R AT I VO ACERCA DAS CONCEPÇÕES DE TREINADORES DE EQU I PA S<br />

DE RENDIMENTO SUPERIOR DE PORTUGAL, ESPANHA E BRASIL<br />

Jorge Braz<br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro – Vila Real<br />

Comunicações<br />

O presente estu<strong>do</strong> preten<strong>de</strong> verificar e comparar as concepções<br />

<strong>de</strong> jogo/treino que prevalecem em equipas <strong>de</strong> rendimento<br />

superior <strong>de</strong> Futsal <strong>de</strong> Portugal, Espanha e Brasil, em função <strong>do</strong>s<br />

conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong> treino, e respectiva organização (periodização).<br />

Para a averiguação <strong>da</strong>s perspectivas <strong>do</strong>s treina<strong>do</strong>res recorreu-se<br />

Rev Port Cien Desp 7(Supl.1) 21–84<br />

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