104 Carlos Humberto Martins & Helena M. C. Carmo Antunes 12 11 10 Modelo 3 Modelo 4 9 8 7 Paviment 6 5 4 3 2 1 0 0 5 10 15 20 25 Esforço Cortante ( kN ) Figura 21 - Esforço cortante VY no pilar 04 12 11 10 Modelo 3 Modelo 4 9 8 Paviment 7 6 5 4 3 2 1 0 -15000.0 -10000.0 -5000.0 .0 Momento Fletor ( kN.cm ) Figura 22 - Momento fletor MY superior no pilar 22 Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 9, n. 38, p.83-106, 2007
Análise de edifícios altos em teoria de segunda ordem, considerando a rigidez ... 105 7 CONCLUSÕES Analisando as figuras 18 e 19 deste exemplo, observa-se que ao computar a rigidez transversal à flexão das lajes na estrutura, os deslocamentos horizontais dos pavimentos são menores que os obtidos pelos modelos que as consideram apenas como diafragmas rígidos. Porém em teoria de 2 a ordem o efeito consideração da rigidez transversal à flexão das lajes teve uma participação mais significativa que na análise em teoria de 1 a ordem. Com os deslocamentos reduzidos, verificou-se de uma forma geral uma redução dos esforços de flexão nos elementos estruturais, como pode ser verificado nos pilares das figuras 20 a 22. Através dos gráficos 18 e 19 apresentados, notam-se diferenças significativas nos deslocamentos laterais quanto se comparam os modelos analisados. Verifica-se que a influência da rigidez transversal da laje chegou a ser tão significativa, que em teoria de 2 a ordem considerando a rigidez transversal da laje, os deslocamentos foram menores do que no modelo em teoria de 1 a ordem sem a consideração da rigidez transversal á flexão das lajes. Com os resultados obtidos, observa-se que a rigidez transversal das lajes influencia sensivelmente no comportamento estrutural do edifício. Isto ocorre, pois com o modelo estrutural adotado, as lajes têm uma participação mais efetiva na interação dos esforços e deslocamentos com os demais elementos (vigas e pilares), em comparação a outros modelos que as consideram apenas como diafragmas rígidos. Há, portanto, uma análise conjunta mais realista da estrutura, proveniente da simulação relativa entre os elementos estruturas. Com a utilização do Método dos Elementos Finitos, é possível obter informações sobre os deslocamentos independentes em diversos pontos do pavimento, tornando-se uma grande vantagem em relação aos modelos que tradicionalmente admitem as lajes sem qualquer rigidez transversal, onde tais deslocamentos não podem ser avaliados. 8 AGRADECIMENTO À FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pelo apoio concedido. 9 REFERÊNCIAS ANTUNES, H. M. C. C. (1972). Carregamento crítico de instabilidade geral para estruturas tridimensionais de edifícios altos. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Paulo. BATOZ, J. L.; BATHE, K. J.; HO, L. W. (1980). A study of three-node triangular plate bending elements. International Journal for Numerical Methods in Engineering, p.1771-1812. BATOZ, J. L. (1982). An explicit formulation for an efficient triangular plate-bending element. International Journal for Numerical Methods in Engineering, v. 18, p.1077-1089. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 9, n. 38, p.83-106, 2007