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Rivelli da Silva Pinto & Marcio Antonio Ramalho<br />
4 ANÁLISE NÃO-LINEAR PARAMÉTRICA DE PÓRTICOS PLANOS<br />
Neste item são analisados alguns pórticos planos, nos quais se variou a taxa<br />
de armadura e o nível de carregamento de forma a se avaliar a influência dessas<br />
variáveis na perda de rigidez lateral da estrutura.<br />
Foram estudados pórticos com 1 lance e com 6 lances de pilares, cada qual<br />
submetido a três níveis de carregamento diferentes: N1, N2 e N3. Para cada nível de<br />
carregamento correspondem três dimensionamentos, de forma a se obter três taxas<br />
de armadura diferentes: A, B e C - sendo A próxima à taxa mínima de norma, C<br />
próxima à taxa máxima de norma e B um valor intermediário. Assim foram obtidos<br />
nove pórticos com um lance e nove com seis lances de pilares, num total de dezoito<br />
exemplos.<br />
Convencionou-se chamar este estudo de análise paramétrica uma vez que<br />
foram abrangidos desde níveis de carregamento muito abaixo, até níveis muito acima<br />
dos usuais, o mesmo acontecendo com as taxas de armadura. Desse modo, pôde-se<br />
avaliar qualitativa e quantitativamente a perda de rigidez lateral dos pórticos planos.<br />
4.1 Pórticos com 1 lance de pilares<br />
Na tentativa de se avaliar de modo sistemático o comportamento de pórticos<br />
planos submetidos a diferentes condições de carregamento, geometria e taxas de<br />
armadura, foram estudados alguns pórticos com 1 lance de pilares segundo a<br />
seguinte metodologia:<br />
1) Foram analisados pórticos planos constituídos por dois pilares e uma viga,<br />
conforme a figura 4.1.<br />
2) Adotou-se o concreto com resistência f ck =25 MPa e aço CA-50A com<br />
f ys =500 MPa. Os parâmetros que caracterizam os materiais para a análise<br />
’<br />
não-linear são: E ctg = 35234 MPa, f c = 28,5 MPa, ε 0 = 0,002, f t = 2,85 MPa,<br />
α = 0,70, ε m = 20 ε t , E s = 210000 MPa, E’ s = 1000 MPa, ε s máx = 0,010.<br />
3) Os carregamentos horizontal e vertical foram aplicados simultaneamente,<br />
embora na maior parte dos casos práticos o carregamento vertical seja<br />
aplicado primeiro. O valor último teórico para o carregamento foi assumido<br />
quando um único fator igual a 1,4 é aplicado sobre todo o carregamento.<br />
4) As armaduras dos pórticos foram determinadas para os esforços obtidos<br />
segundo uma análise elástico-linear usual.<br />
5) As vigas foram dimensionadas segundo a NBR 6118 para momentos<br />
positivo e negativo. A mesma armadura negativa foi utilizada em ambos os<br />
lados da viga.<br />
6) Os pilares foram dimensionados como peças submetidas à flexão<br />
composta sem levar em consideração os efeitos devidos às excentricidades<br />
acidentais e esbeltez. Os dois pilares possuem a mesma armadura.<br />
7) As seções críticas foram dimensionadas para três taxas de armadura:<br />
• Tipo A: Taxas de armadura baixas, muito próximas da mínima permitida<br />
pela norma;<br />
• Tipo B: Taxas de armaduras médias, próximas da metade do máximo<br />
permitido pela norma;<br />
• Tipo C: Taxas de armadura altas, próximas ao máximo permitido pela<br />
norma;<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 9, n. 38, p. 107-136, 2007