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Taís Santos Sampaio & Roberto Martins Gonçalves<br />
entanto, o nó modelado apresenta maiores valores de tensão, principalmente as<br />
diagonais localizadas mais acima na montagem do nó. As diagonais apresentam<br />
deformações significativas na região estampada, causando a degeneração do nó. A<br />
região final da estampagem das diagonais tende a se elevar causando a rotação da<br />
ligação. Também ocorre concentração de tensões devido ao parafuso, causando<br />
efeito um localizado. Devido a este comportamento, as estampagens das barras, em<br />
volta do furo, são as regiões mais solicitadas, apresentando tensões superiores à<br />
tensão de escoamento para o carregamento último teórico. Pelo detalhe das tensões<br />
nas barras nota-se que existem seções nas extremidades já totalmente plastificadas,<br />
formando rótulas plásticas e transformando a barra em mecanismo, conduzindo a<br />
estrutura ao colapso. Este efeito é mais pronunciado nas diagonais de apoio da<br />
estrutura.<br />
A mudança de posição do nó modelado altera somente o carregamento final<br />
do modelo. Isto pode ser explicado pelo acoplamento feito nos furos como simulação<br />
do efeito dos parafusos. O acoplamento não permite o deslocamento relativo entre as<br />
barras, e conseqüente acomodação da estrutura. Assim, qualquer que seja a posição<br />
de inserção do nó modelado, o comportamento global será semelhante.<br />
O modo de ruína de estruturas que utilizam o sistema de ligação típico está<br />
diretamente relacionado com problemas localizados nestes nós. Isto se comprova<br />
uma vez que, valores diferentes para carga crítica da estrutura foram obtidos em<br />
função da posição em que o nó foi inserido em relação ao encontrado<br />
experimentalmente.<br />
Através das análises feitas do nó de aço e do nó com chapa de ponteira podese<br />
notar que a inserção de um nó modelado em elementos de casca na treliça<br />
espacial modelada em elementos lineares em qualquer das quatro posições<br />
estudadas não influencia significativamente o comportamento global da estrutura,<br />
aumentando muito pouco o valor dos deslocamentos verticais na região de inserção.<br />
O nó modelado não apresenta grandes deformações.<br />
As tensões se distribuem de forma uniforme ao longo da estrutura modelada<br />
em elementos lineares, qualquer que seja a posição de inserção do nó modelado. No<br />
entanto, o nó modelado apresenta maiores valores de tensão, principalmente os<br />
banzos na direção do maior vão da treliça.<br />
Nas barras do nó de aço, as tensões se concentram na região estampada, na<br />
região lateral da barra e na região dos furos. A região do acoplamento da barra com a<br />
estrutura modelada em elementos lineares apresenta valores elevados de tensão.<br />
Nas diagonais ocorrem valores elevados de tensão na região superior da barra. As<br />
maiores tensões são maiores que a tensão de escoamento. Nas barras do nó com<br />
chapa de ponteira, as tensões se concentram na região de solda da barra com a<br />
chapa de ponteira e na região dos furos. Há pontos de concentração de tensões na<br />
região de ligação (solda) com a chapa de ponteira.<br />
No nó de vértice, as maiores tensões ocorrem no nó de aço, na região de<br />
solda da chapa de ligação da diagonal de apoio à chapa horizontal do nó de aço,<br />
especialmente na chapa que liga a diagonal de apoio. As tensões também alcançam<br />
valores elevados na chapa horizontal, na região de ligação do banzo na direção do<br />
maior vão. Também pôde ser visto que a diagonal de apoio é a barra mais solicitada.<br />
O comportamento do nó central da treliça obtido pelo todos os modelos<br />
numéricos apresenta valores bem semelhantes aos obtidos experimentalmente até<br />
um carregamento de cerca de 80 kN. Neste trecho o modelo apresenta<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 9, n. 38, p. 29-61, 2007