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Vanessa Cristina de Castilho; Mounir Khalil El Debs; Maria do Carmo Nicoletti<br />
comum desse tipo de elemento é em lajes, mas podem também ser empregado em<br />
sistemas de fechamentos. No caso de lajes podem ou não ser compostos de uma<br />
capa de concreto moldado no local, formando seção composta.<br />
Geralmente os painéis alveolares são também chamados de laje vazada ou<br />
oca. Os vazamentos desses elementos podem assumir forma circular, oval, “pseudo”<br />
elipse, retangular, etc. Normalmente esses elementos são de concreto protendido e<br />
são projetados para funcionar simplesmente apoiados.<br />
Painéis alveolares podem ser produzidos utilizando fôrmas fixas ou, mais<br />
comumente, usando uma extrusora ou fôrma deslizante, em uma pista de<br />
concretagem. Neste caso, os painéis são produzidos utilizando todo o comprimento<br />
da pista e, posteriormente, são serrados no comprimento desejado. Na análise<br />
estrutural das lajes executadas com painéis alveolares admite-se que o<br />
comportamento do elemento corresponda ao de laje armada em uma direção. A faixa<br />
de vãos em que esse tipo de elemento é empregado está entre 5m e 15m e a largura<br />
entre 1,00m a 1,20m, podendo chegar a 2,50m. As alturas variam de 15cm até 30cm,<br />
podendo excepcionalmente atingir 50cm.<br />
Segundo EL DEBS (2000), o dimensionamento de painéis alveolares, feitos<br />
em pistas de protensão, apresenta as seguintes particularidades.<br />
• a armadura dos painéis é constituída apenas de armadura ativa, na parte inferior<br />
e, muitas vezes, também na mesa superior;<br />
• não existe armadura especial para resistir à força cortante e nem para solicitações<br />
na direção transversal, o que obriga a contar com a resistência à tração do<br />
concreto para resistir a essas solicitações;<br />
• a colocação de armaduras adicionais é praticamente inviável devido ao processo<br />
de execução e a colocação de conectores metálicos é usada em situações<br />
particulares.<br />
2.2 Vigotas Protendidas<br />
Um sistema de laje comumente utilizado no Brasil com faixas de vãos<br />
relativamente pequenos é aquele conhecido por laje com vigotas pré-moldadas. As<br />
lajes formadas por vigotas pré-moldadas são constituídas por elementos prémoldados<br />
(as nervuras), elementos de enchimento tais como blocos vazados ou de<br />
poliestireno expandido (EPS), que são colocados sobre os pré-moldados e o concreto<br />
moldado no local.<br />
As nervuras utilizadas no Brasil são de seção T invertido, em concreto<br />
armado ou concreto protendido ou com uma armadura em forma de treliça que<br />
projeta para fora da seção (a chamada laje com armação treliçada). As vigotas de<br />
concreto protendido, objeto de estudo deste trabalho, são produzidas em grandes<br />
pistas de protensão em fôrmas fixas ou fôrmas deslizantes, de maneira semelhante<br />
aos painéis alveolares. Geralmente esse tipo de laje permite vãos da ordem de 10m.<br />
O comportamento estrutural das lajes formadas por vigotas pré-moldadas<br />
corresponde aos das lajes armadas em uma direção (lajes unidirecionais), com seção<br />
resistente composta pela parte pré-moldada e pelo concreto moldado no local. O<br />
Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v.9, n. 38, p. 137-158, 2007