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Análise numérica, via MEF, de ligações em treliças metálicas espaciais<br />

57<br />

6 CONCLUSÕES<br />

As treliças metálicas espaciais têm sido cada vez mais empregadas nas<br />

coberturas de grandes áreas, apresentando características que fazem desta opção<br />

uma solução viável economicamente e esteticamente satisfatória. No entanto, aliados<br />

ao crescimento da utilização deste sistema, graves problemas vêm ocorrendo,<br />

causando colapso parcial ou mesmo total de algumas estruturas. Na sua grande<br />

maioria, estes problemas ocorrem devido à incoerência entre modelos de cálculo<br />

admitidos e o comportamento real da estrutura, principalmente devido ao emprego de<br />

sistemas de ligação para os quais não existem estudos conclusivos que determinem<br />

seu comportamento e validem as hipóteses de cálculo normalmente adotadas pelos<br />

projetistas.<br />

As soluções mais comumente utilizadas no Brasil são nós constituídos da<br />

união das extremidades amassadas das barras, unidas por um ou mais parafusos,<br />

com ou sem utilização de chapas de ligação. Como já discutido, estas soluções<br />

apresentam comportamento fortemente não linear. Assim há uma necessidade de<br />

avaliar numericamente os “modos de falha” nesses sistemas de ligação<br />

Treliças espaciais com nós típicos são bastante sensíveis a variação de seção<br />

nas barras e excentricidades na ligação com resultados experimentais muito<br />

discrepantes dos obtidos teoricamente. Mesmo os modelos teóricos que consideram<br />

variação de seção excentricidades e não linearidades ainda se mostram incapazes de<br />

predizer o comportamento destas estruturas, muito influenciado pelo escorregamento<br />

relativo e separação entre barras na região nodal.<br />

Já os nós de aço e com chapa de ponteira, apesar da variação brusca de<br />

inércia nas extremidades das barras, por estampagem ou pela chapa de ponteira, tem<br />

comportamento melhor. Estas tipologias de nó não apresentam excentricidades.<br />

Neste trabalho foram apresentadas modelagens numéricas utilizando<br />

elementos finitos para analisar o comportamento de ligações com variação de inércia<br />

nas extremidades das barras, utilizadas em treliças espaciais.<br />

O objetivo principal desta modelagem numérica é simular o comportamento<br />

local da ligação com o intuito de levantar o caminhamento das tensões nos elementos<br />

e futuramente propor modificação na geometria do nó para aumentar sua capacidade<br />

de carga.<br />

Através das análises feitas do nó típico pode-se notar que a inserção de um<br />

nó modelado em elementos de casca no vértice superior da estrutura influencia o<br />

comportamento global da estrutura. Nesta posição o nó sofre degeneração devido a<br />

própria tipologia do sistema de ligação. Nas outras posições a inserção do nó não<br />

altera o comportamento global da estrutura, aumentando muito pouco o valor dos<br />

deslocamentos verticais na região de inserção.<br />

Quanto aos deslocamentos verticais do nó central da treliça, as diferenças<br />

entre os valores experimentais e teóricos se devem ao acoplamento feito nos furos<br />

como simulação do efeito dos parafusos não permite o deslocamento relativo entre as<br />

barras, que influencia o comportamento da estrutura, não havendo acomodação da<br />

estrutura modelada. Além disto, o modelo teórico considera apenas um nó modelado,<br />

sendo insuficiente para análise do comportamento global da treliça.<br />

As tensões se distribuem de forma uniforme ao longo da estrutura modelada<br />

em elementos lineares, qualquer que seja a posição de inserção do nó modelado. No<br />

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 9, n. 38, p. 29-61, 2007

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