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Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa

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<strong>Guia</strong> dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm<br />

à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular<br />

A espasticida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ter um nível que não interfira ou tenha um efeito<br />

benéfico nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diária, porque proporciona estabilida<strong>de</strong> reflexa<br />

do joelho na marcha, e tem uma força <strong>de</strong> torque sobre os ossos mantendo a<br />

<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> óssea. (5)(54)<br />

Po<strong>de</strong> interferir <strong>de</strong> forma negativa nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vida diária, impedindo<br />

a pessoa <strong>de</strong> se sentar, dificultando as transferências, impedindo a bexiga <strong>de</strong> se<br />

tornar um reservatório útil <strong>de</strong> urina. (54)<br />

É um fenómeno neuromuscular que se exacerba em resposta a estímulos<br />

nociceptivos: internos (infecções do sistema urinário, cálculos vesicais ou renais,<br />

UP, impactação intestinal, contracturas, trombose venosa profunda e stress<br />

mental); externos (temperatura ambiental, estímulos cutâneos, bloqueio ou<br />

torção <strong>de</strong> cateteres, posicionamento ina<strong>de</strong>quado). (5)<br />

Paraosteoartropatia<br />

É a formação <strong>de</strong> tecido ósseo entre as camadas <strong>de</strong> tecido conjuntivo,<br />

ocorrendo com frequência à volta das gran<strong>de</strong>s articulações <strong>de</strong> segmentos<br />

paralisados. (133)<br />

Na pessoa com LM, as articulações mais acometidas, <strong>de</strong> forma bilateral,<br />

são as trocantéricas, joelhos, ombros e cotovelos, sendo raro afectar tornozelos,<br />

pés e mãos. (133)<br />

Inicialmente surge e<strong>de</strong>ma dos tecidos moles, calor local, eritema periarticular.<br />

Após alguns dias, no local do e<strong>de</strong>ma periarticular, palpa‐se uma massa e<br />

ocorre perda gradual da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento. (5)(133)<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento do processo <strong>de</strong> paraosteoartropatia encontram‐se<br />

envolvidos: mecanismos centrais po<strong>de</strong>ndo ser genéticos, hormonais e metabólicos;<br />

mecanismos locais como microtraumatismos, imobilização, infecções,<br />

úlceras <strong>de</strong> pressão e distúrbios vasomotores. (133)<br />

Depen<strong>de</strong>ndo da extensão da ossificação, surgem graus variados <strong>de</strong> limitação<br />

<strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentos e até anquilose, que originam adopção <strong>de</strong><br />

posturas ina<strong>de</strong>quadas e incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adopção da posição <strong>de</strong> sentado e<br />

ortostática. (133)<br />

Osteoporose<br />

Logo após a LM, inicia‐se a perda progressiva <strong>de</strong> massa óssea, envolvendo<br />

inicialmente os ossos abaixo do nível da lesão. (5)<br />

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