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Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa

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cadErnOs OE<br />

Mesmo que, por vezes, não se consiga encontrar palavras <strong>de</strong> apoio e não<br />

se consiga ser um «porto <strong>de</strong> abrigo», basta um sorriso, um aperto <strong>de</strong> mão, uma<br />

escuta atenta, como bons princípios <strong>de</strong> um relacionamento que não <strong>de</strong>ve ser<br />

<strong>de</strong>scuidado.<br />

É também importante que os profissionais dêem reforço positivo, no sentido<br />

<strong>de</strong> que haverá muitas capacida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

Não menos importante é a atenção que os profissionais <strong>de</strong>vem dar à sua<br />

própria postura. O trabalho com estas pessoas exige um envolvimento a longo<br />

prazo, muita <strong>de</strong>dicação, gran<strong>de</strong> tolerância ao stress e à frustração <strong>de</strong> não ver<br />

resultados imediatos. A relação constante com a incapacida<strong>de</strong> física <strong>de</strong>stas<br />

pessoas é emocionalmente perturbadora na medida em que os profissionais<br />

têm <strong>de</strong> lidar também com as suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> afecto, atenção, muitas vezes<br />

não resolvidas. (35)(36)(61)(63)(65)(68)(69)(71)(72)<br />

O fenómeno <strong>de</strong> transferência e projecção <strong>de</strong> sentimentos dos profissionais<br />

provoca, muitas vezes, ansieda<strong>de</strong> e culpa nas equipas (o simples facto <strong>de</strong> estar<br />

<strong>de</strong> pé junto <strong>de</strong> uma pessoa em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas).<br />

A preparação dos técnicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sobretudo dos enfermeiros que contactam<br />

com a pessoa 24h por dia na fase aguda, <strong>de</strong>ve ser orientada no sentido<br />

<strong>de</strong> que todos os profissionais saibam:<br />

• Desenvolver uma relação <strong>de</strong> ajuda – a neutralida<strong>de</strong> dos profissionais<br />

po<strong>de</strong> ser uma <strong>de</strong>fesa contra a proximida<strong>de</strong> do sofrimento. A relação <strong>de</strong><br />

ajuda só existe com um efectivo empenho pessoal. O sofrimento dos<br />

outros não nos po<strong>de</strong> ser indiferente.<br />

• Compreen<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s individuais – cada pessoa é única.<br />

• Ajudar sem substituir, ensinar e corrigir – em ambiente hospitalar nem<br />

sempre é promovida e motivada a autonomia e in<strong>de</strong>pendência da pessoa.<br />

A principal causa é a centralida<strong>de</strong> na realização dos cuidados.<br />

A própria organização <strong>de</strong> cuidados é pouco centrada na pessoa e mais<br />

na organização. A família e amigos, com atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> superprotecção,<br />

utilizam esforços ina<strong>de</strong>quados, com frequência contrários à promoção<br />

da autonomia e in<strong>de</strong>pendência, embora o estímulo e afecto familiar<br />

sejam importantes.<br />

• Tocar.<br />

• Informar com a verda<strong>de</strong> e comunicar.<br />

• Dar reforço positivo.<br />

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