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Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa

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<strong>Guia</strong> dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm<br />

à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular<br />

Princípios <strong>de</strong> Mecânica Corporal (33)(77)<br />

• Ajustar a base <strong>de</strong> trabalho aproximadamente ao nível da anca, o que coinci<strong>de</strong> com o<br />

centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> do executante.<br />

• Colocar o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> do executante sobre uma base <strong>de</strong> apoio alargada, com<br />

pés afastados aproximadamente 45 cm e joelhos ligeiramente flectidos.<br />

• Colocar a carga a levantar perto do corpo, na medida em que é mais fácil levantar um<br />

objecto perto do centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> do corpo.<br />

• Usar a flexão dos joelhos para baixar e levantar cargas, evitando sempre a rotação da<br />

coluna.<br />

• Assumir a «cintura interna», contraindo os músculos abdominais e glúteos, o que permite<br />

a protecção dos discos intervertebrais da coluna lombar.<br />

• Utilizar os gran<strong>de</strong>s músculos das pernas, ná<strong>de</strong>gas e braços para mover cargas (princípios<br />

das alavancas). São cerca <strong>de</strong> 10 vezes mais fortes, <strong>de</strong>vendo ser os responsáveis pela força<br />

necessária, e não os músculos paravertebrais, mais fracos.<br />

• Usar a mão toda para realizar um movimento em vez <strong>de</strong> utilizar apenas os <strong>de</strong>dos, pois a<br />

mão tem uma área mais vasta e os seus músculos são mais fortes.<br />

• Utilizar, sempre que possível, o peso corporal para reduzir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> força,<br />

transferindo o peso <strong>de</strong> uma perna para a outra, no sentido do movimento em linha recta<br />

e evitando movimentos <strong>de</strong> torção.<br />

• Usar o movimento <strong>de</strong> puxar para mover uma carga numa superfície horizontal em vez<br />

<strong>de</strong> empurrar, pois é criado menor atrito e o esforço é menor.<br />

• Usar o movimento <strong>de</strong> puxar ou <strong>de</strong> empurrar, em substituição do levantar uma carga,<br />

pois na última hipótese, além do atrito, teremos que vencer também a força da<br />

gravida<strong>de</strong>.<br />

• Puxar ou empurrar uma carga através <strong>de</strong> uma superfície, utilizando uma superfície <strong>de</strong><br />

contacto e <strong>de</strong>slizamento suficientemente lisa que reduza o atrito (resguardo, tábua <strong>de</strong><br />

transferência).<br />

• Modificar, se possível, o grau <strong>de</strong> inclinação quando se preten<strong>de</strong> movimentar uma carga<br />

no sentido ascen<strong>de</strong>nte num plano inclinado, para melhor tirar partido da gravida<strong>de</strong>.<br />

• Usar movimentos suaves, contínuos e rítmicos que permitam o uso eficiente dos<br />

músculos, permitem mais tempo para a contracção muscular, além <strong>de</strong> requererem menor<br />

dispêndio <strong>de</strong> energia.<br />

• Mudar <strong>de</strong> posição e alternar os grupos musculares que são utilizados nas tarefas mais<br />

<strong>de</strong>moradas, para diminuir a fadiga muscular.<br />

«Posicionamentos» são as posições i<strong>de</strong>ais e mais a<strong>de</strong>quadas à pessoa em<br />

causa, tendo presente o nível da lesão vértebro‐medular e consequentes alterações<br />

sensitivas e motoras, que permitam <strong>de</strong> algum modo promover a sua<br />

recuperação.<br />

São as posturas em que se coloca a pessoa, quando esta não tem capacida<strong>de</strong><br />

para mudar <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbito sozinha, e / ou quando a situação clínica não o<br />

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