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Meio ambiente no Baixo Parnaíba

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13<br />

A “ruralização” na microrregião de Chapadinha/MA<br />

rurais às pequenas vilas e povoados. Os municípios situados fora do entor<strong>no</strong><br />

das capitais sentiram tais reflexos migracionais ao absorverem parte do<br />

fluxo de pessoas que deixaram a zona rural. Muitos transformaram-se<br />

em pólos da região, não por conta da industrialização, algo que não<br />

dispunham, mas pela concentração comercial e de serviços. Em vista<br />

disso, o aumento populacional foi maior que a oferta de ocupação,<br />

empobrecendo ainda mais essas regiões periféricas.<br />

A região de Chapadinha é exemplo dessa pauperização decorrente da<br />

metropolização econômica. Analisando seu crescimento populacional,<br />

percebe-se a discrepância em relação à região metropolitana da capital<br />

São Luis. Segundo dados estatísticos do IBGE, a população de Chapadinha<br />

<strong>no</strong> final da primeira década do século XX era de 8 mil habitantes. São<br />

Luis tinha 50 mil e todo Maranhão 640 mil. Trinta a<strong>no</strong>s depois, a população<br />

chapadinhense tinha aumentado para 18,5 mil; São Luis, 85 mil e o<br />

Maranhão 1,2 milhão. O número de pessoas vivendo nas cidades era<br />

relativamente peque<strong>no</strong>: 964 (5%) em Chapadinha e 172 mil (14%) <strong>no</strong><br />

Estado. A exceção era a capital, com 58,7 mil (69%). 5<br />

É na segunda metade do século que o predomínio do urba<strong>no</strong> sobre o rural<br />

vai se firmar. Tanto a região metropolitana quanto os municípios-pólos<br />

do interior acabam inchando, em detrimento das zonas agrícolas e<br />

povoados. Já <strong>no</strong> espaço de 1940-50, a população do Maranhão aumenta<br />

em um terço, totalizando 1,6 milhão. São Luis reflete sua atração como<br />

metrópole, com 42% de aumento populacional, de 85 para 121 mil.<br />

Chapadinha reflete sua atração como município-pólo, com 49%, de 18,5<br />

para 27,6 mil habitantes. 6<br />

No decênio 1950-60, o Maranhão cresce assustadores 57%, passando para<br />

2,5 milhões de habitantes. Em 1960-70, a migração inter-estadual em<br />

massa subtrai parte do crescimento maranhense: 20%, ou 3 milhões de<br />

pessoas. Nesse mesmo interstício, o Brasil cresceu 31%. Nas décadas<br />

subseqüentes, o aumento populacional irá decair gradativamente: 33%<br />

(4 milhões) em 1970-80, 23% (4,9 milhões) em 1980-90 e 15% (5,6 milhões)<br />

5<br />

Fonte: Annuario estatistico do Brazil 1908-1912. Rio de Janeiro: Directoria Geral de<br />

Estatistica, v. 1-3, 1916-1927 - Nascimentos, casamentos e obitos registrados em diversos<br />

Municipios do Brazil (1908-1912). Anuario estatistico do Brasil 1937. Rio de Janeiro:<br />

IBGE, v. 3, 1937. XII. Anuário estatístico do Brasil 1946. Rio de Janeiro: IBGE, v. 7, 1947<br />

e Anuário estatístico do Brasil 1947. Rio de Janeiro: IBGE, v. 8, 1948<br />

6<br />

Anuário estatístico do Brasil 1950. Rio de Janeiro: IBGE, v. 11, 1951

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