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Meio ambiente no Baixo Parnaíba

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Luis Eduardo Britto Fialho et al 72<br />

pra se determinar a real situação ecológica dos mesmos, de forma a<br />

subsidiar estratégias de conservação.<br />

Com relação à avifauna, apenas duas espécies citadas figuram na lista de<br />

espécies ameaçadas, Procnias avera<strong>no</strong> (Araponga de Barbela) e Momotus<br />

momota (Udu do Nordeste). Já com relação à herpetofauna, Paleosuchus<br />

palpebrosos (jacaré-coroa) não consta na lista do IBAMA, mas é considera<br />

espécie vulnerável pelo anexo II da CITES (Convenção sobre o Comércio<br />

Internacional da Fauna e Flora).<br />

A metodologia utilizada para levantamento da fauna local não contemplou<br />

a biodiversidade de invertebrados. Como é de conhecimento, a fauna de<br />

vertebrados é aquela que mais diretamente possui interação cinegética<br />

e por isso mais facilmente lembrada pelos moradores. Desta maneira,<br />

para informações mais detalhadas a cerca da biodiversidade da fauna de<br />

invertebrados são necessários estudos mais aprofundados.<br />

Sistema Extrativista<br />

Grande parte das atividades extrativistas ocorre na área da Chapada<br />

Limpa. As comunidades a muito reconhecem a importância de manter o<br />

cerrado em pé e, por isso, a Chapada Limpa é tida como Reserva <strong>no</strong><br />

sistema de zoneamento da paisagem já existente entre as comunidades.<br />

A população utiliza a flora e fauna local para alimentação, medicação,<br />

construção de casas, e para obtenção de renda. A principal atividade<br />

geradora de renda é o extrativismo do bacuri que também é consumido<br />

in natura (polpa), em forma de suco (puro) ou na forma de suco.<br />

As áreas de ocorrência do bacuri são divididas entre os povoados<br />

respeitando as divisões originais dos territórios. De maneira geral, o<br />

bacurizal de cada povoado é uma área de uso comum entre os moradores.<br />

O período fe<strong>no</strong>lógico do Bacurizeiro referente aos frutos maduros é de<br />

janeiro até início de abril, sendo que o pico de maturação dos mesmos<br />

ocorre <strong>no</strong> mês de fevereiro. Fazem-se necessários estudos futuros que<br />

quantifiquem as flutuações na produtividade e <strong>no</strong> período de maturação<br />

ao longo dos a<strong>no</strong>s das variedades de Bacuri dentro da Chapada Limpa,<br />

como subsídio ao ordenamento dos recursos junto à população envolvida.

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