Meio ambiente no Baixo ParnaÃba
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Alexandra Martins dos Santos Soares e Paula Trindade da Silva Selbach 80<br />
Neste caso é importante a relação dos seres vivos com o meio <strong>ambiente</strong><br />
que vivem. Em biologia, o meio <strong>ambiente</strong> inclui todos os fatores que<br />
afetam diretamente o metabolismo ou o comportamento de um ser vivo<br />
ou de uma espécie, incluindo a luz, o ar, a água, o solo e os seres vivos<br />
que coabitam <strong>no</strong> mesmo biótipo.<br />
Ao afirmarmos que a sobrevivência e o bem-estar do homem dependem<br />
deste meio <strong>ambiente</strong> que possibilita a associação entre os seres vivos,<br />
torna-se evidente o entendimento de que trabalhar biologia celular é<br />
também relacioná-la com o meio <strong>ambiente</strong>, visto que sem as alterações<br />
neste meio <strong>ambiente</strong> interferem na vida e também nas funções da<br />
celulares.<br />
A relevância do ensi<strong>no</strong> da biologia celular <strong>no</strong> Ensi<strong>no</strong> Médio está<br />
contemplada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensi<strong>no</strong> Médio<br />
(PCNEM). Tal legislação aponta o quanto o conteúdo tem a contribuir<br />
para a formação dos alu<strong>no</strong>s e apresenta a importância dele ser<br />
efetivamente trabalhado e relacionado com outros conteúdos como a<br />
ecologia e o meio <strong>ambiente</strong>. Quanto ao estudo da Biologia na escola<br />
básica, este documento enfatiza que “aprender Biologia na escola básica<br />
permite ampliar o entendimento sobre o mundo vivo e, especialmente,<br />
contribui para que seja percebida a singularidade da vida humana<br />
relativamente aos demais seres vivos, em função de sua incomparável<br />
capacidade de intervenção <strong>no</strong> meio. Compreender essa especificidade é<br />
essencial para entender a forma pela qual o ser huma<strong>no</strong> se relaciona<br />
com a natureza e as transformações que nela promove”. 2<br />
Ao discutir uma <strong>no</strong>va concepção de ciência de<strong>no</strong>minada pelo autor de<br />
pós moderna, Santos afirma que “a ciência pós-moderna sabe que<br />
nenhuma forma de conhecimento é por si mesma racional; só a<br />
configuração de todas elas é racional. Tenta, pois, dialogar com outras<br />
formas de conhecimento deixando-se penetrar por elas”. 3 Neste sentido,<br />
observamos que esta é uma <strong>no</strong>va postura a ser adotada em relação aos<br />
conteúdos a serem trabalhados que irão possibilitar aos discentes o<br />
desenvolvimento de <strong>no</strong>vas maneiras de pensar e agir sobre o meio e <strong>no</strong><br />
meio.<br />
2<br />
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais Ensi<strong>no</strong> Médio, Parte III, Ciências da Natureza,<br />
Matemática e suas Tec<strong>no</strong>logias. Brasília/DF, 2000, p.31<br />
3<br />
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. op. cit., 2002, p.55