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Meio ambiente no Baixo Parnaíba

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Luis Eduardo Britto Fialho et al 66<br />

A água que os moradores consomem vem na maioria de cacimba, também<br />

conhecida como poço amazonas, comum a todos, e os banhos são tomados<br />

na grota. No povoado Chapada Limpa I, a água utilizada pelos moradores<br />

tem origem em um poço artesia<strong>no</strong> comunitário que funciona com um<br />

motor à óleo, também conhecido como chafariz. Os moradores dividem<br />

os custos com o óleo e a manutenção do poço, cada família contribuindo<br />

com R$2,00 mensais.<br />

Com relação à estrutura sanitária, apenas uma de todas as casas incluídas<br />

<strong>no</strong> questionário, apresentava fossa.<br />

Quanto à energia elétrica, apenas o povoado da Chapada Limpa II é<br />

abastecida por este serviço.<br />

As principais atividades geradoras de renda das comunidades localizadas<br />

na Chapada Limpa são o extrativismo do bacuri, do babaçu e a lavoura,<br />

desenvolvida através técnica de “roça <strong>no</strong> toco”. Os principais produtos<br />

da lavoura são mandioca, macaxeira, arroz, feijão e milho. São ainda<br />

cultivados outros produtos que os agricultores chamam de “legumes”<br />

tais como: quiabo, mandiba, batata, abóbora, pepi<strong>no</strong>, pimentão, gengibre<br />

e maxixe.<br />

Apesar de o bacuri ser um produto bem mais valorizado do que o babaçu,<br />

seu pico de produção se restringe a três meses <strong>no</strong> a<strong>no</strong>. Desta forma, o<br />

bacuri promove um aporte extra na renda principalmente <strong>no</strong>s três<br />

primeiros meses do a<strong>no</strong> e, por outro lado, o babaçu garante uma renda<br />

me<strong>no</strong>r, porém permanente ao longo de todo o a<strong>no</strong>.<br />

O bacuri é chega a render, em média, R$ 1.650,00 por safra, considerando<br />

um rendimento de 300kg. O produto é comercializado como massa para<br />

um atravessador que revende em Belém.<br />

Mesmo a atividade de extrativismo do Babaçu, que <strong>no</strong> estado do Maranhão<br />

é tradicionalmente praticada por mulheres, recebe um considerável apoio<br />

da força de trabalho masculina. No caso desta atividade, o homem<br />

participa na etapa de coleta dos cocos, cabendo a mulher as etapas do<br />

beneficiamento artesanal, isto é, quebrar o coco, extrair a amêndoa,<br />

fazer carvão e azeite.<br />

No extrativismo do bacuri, homens e mulheres participam da atividade<br />

na mesma proporção. Em geral, <strong>no</strong>s povoados que comercializam a polpa

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