Meio ambiente no Baixo ParnaÃba
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Nadine Teles Rodrigues e José Roberto de Souza de Almeida Leite 222<br />
organismos para a natureza é o controle natural das popuações dos insetos<br />
herbívoros. 18<br />
Quando um inseto atua como um regulador de populações <strong>no</strong> manejo de<br />
pragas ele é chamado de inimigo natural. Na agricultura convencional,<br />
os inimigos naturais são geralmente utilizados como um método<br />
complementar aos agrotóxicos <strong>no</strong> manejo integrado de pragas, enquanto<br />
que na agricultura orgânica, eles se inserem em substituição aos produtos<br />
químicos sintéticos. 19 Ciociola et al. comentam que os produtos químicos<br />
causam, em sua maioria, desequilíbrios biológicos por reduzirem<br />
drasticamente a população de inimigos naturais, muito mais susceptíveis<br />
à sua ação do que as espécies pragas. 20<br />
Algumas larvas de espécies de himenópteros da subordem Apocrita são<br />
predadoras e parasitóides; são poucas as espécies que não têm pelo me<strong>no</strong>s<br />
um microhimenóptero como inimigo natural. 21<br />
Nos estudos feitos por Wanderley et al. sobre a ação de hime<strong>no</strong>pteros<br />
parasitóides em lagartas de Megastes spp. em um agroecossistema de<br />
batata-doce, constatou-se um ataque por microhime<strong>no</strong>pteros<br />
ectoparasitóides em 22% das lagartas, emergindo adultos de sete espécies<br />
das familias Braconidae, Chalcididae e Ichneumonidae. 22<br />
Com uma grande utilização <strong>no</strong> controle biológico de pragas, os coleópteros<br />
são predadores eficientes e atuam tanto na fase larval como adulta. As<br />
principais famílias de coleópteros inimigos naturais são Carabidae e<br />
Coccinellidae (joaninhas).<br />
18<br />
GARCIA, M. A. Ecologia nutricional de parasitóides e predadores terrestres. In: PANIZZI,<br />
A. R.; PARRA, J. R. P. (ed.). Ecologia nutricional de insetos e suas implicações <strong>no</strong><br />
manejo de pragas. São Paulo: Ma<strong>no</strong>le, 1991. p 289-311<br />
19<br />
MENEZES, E. de L. A. Controle Biológico: na busca pela sustentabilidade da agricultura<br />
brasileira. 2006, Disponível em: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/artigos/<br />
artigo_controle_biologico.html. Acessado em 11 de abril de 2007<br />
20<br />
CIOCIOLA, A. I., SOUZA, B., MOINO JUNIOR, A. Controle biológico de insetos. Lavras:<br />
UFLA/ FAEPE, 2000. 37p.<br />
21<br />
GALLO, D., et al. Manual de entomologia agrícola. op.cit., 1988<br />
22<br />
WANDERLEY, P. A., WANDERLEY, M. J. A., MEDEIROS, M. B. de, VEIGA, A. F. de S. L. da.<br />
Mecanismos de ação de himenópteros parasitóides sobre Megastes spp. (Lepidoptera:<br />
Pyralidae) em agroecossistema de batata-doce (Ipomoea batatas L.). Ciência Rural,<br />
Santa Maria. v 34, n 4, p. 1243-1244, jul/ ago, 2004