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Meio ambiente no Baixo Parnaíba

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35 Ataques de piranhas na lagoa do Portinho<br />

Considerações finais<br />

Os peixes que estavam se comportando de maneira agressiva <strong>no</strong> período<br />

compreendido entre dezembro de 2006 e fevereiro de 2007, na Lagoa do<br />

Portinho, litoral piauiense, eram piranhas verdadeiras Pygocentrus<br />

natereri, com comprimento total variando entre 11 e 13 cm que ocupavam<br />

o espaço <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> do Pólo de Lazer e Turismo, área essa estimada em<br />

2.000 m 2 .<br />

No tocante ao potencial pesqueiro, a biomassa de peixes existente na<br />

Lagoa do Portinho foi estimado abaixo da média dos reservatórios do<br />

<strong>no</strong>rdeste brasileiro que é de 100 kg/ha/a<strong>no</strong>, e nas pescarias monitoradas<br />

e realizadas, observou-se a predominância dos caracídeos, despontando<br />

a piranha vermelha como a segunda espécie mais abundante.<br />

Fatores naturais e antrópicos influenciaram <strong>no</strong> desequilíbrio do<br />

ecossistema da Lagoa do Portinho <strong>no</strong> final do período de estiagem, e o<br />

fato das piranhas demonstrarem agressividade pode ser considerado como<br />

um bioindicador das condições ambientais adversas. O ataque praticado<br />

pelas piranhas verdadeiras se caracterizou como uma defesa do habitat<br />

natural, onde um espécime agredia ao banhista com um único golpe.<br />

Sugere-se que seja desenvolvido um pla<strong>no</strong> integrado de gerenciamento<br />

da microbacia do Rio Portinho, conforme preconiza a Política Nacional de<br />

Recursos Hídricos, para que problema desta natureza possa ser evitado<br />

com ações de gestão. Sugere-se ainda, um pla<strong>no</strong> de aproveitamento do<br />

reservatório com as atividades de aqüicultura e de pesca extrativa, com<br />

monitoramento paralelo da qualidade de água e de recuperação da<br />

ictiofauna existente. E, finalmente, ter um projeto de engenharia para<br />

canalizar o Rio Portinho <strong>no</strong> trecho compreendido entre a Lagoa do Portinho<br />

e as proximidades de sua foz, <strong>no</strong> Rio Igaraçú, pois o trecho encontra-se<br />

assoreado por duna móveis que evitam o transbordo da referida Lagoa.

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