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Meio ambiente no Baixo Parnaíba

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148<br />

Conservação dos Cetáceos <strong>no</strong> Maranhão<br />

falta de centralização <strong>no</strong>s desembarques, emprego de tec<strong>no</strong>logia pouco<br />

desenvolvida, falta de assistência técnica e carência de infra-estrutura<br />

em toda cadeia produtiva da captura à comercialização. 19 Este tipo de<br />

atividade artesanal é caracterizada como de “forrageio”, ou de<br />

subsistência, <strong>no</strong> qual os recursos alimentares obtidos não são cultivados<br />

e fazem parte da dieta principal dessas comunidades. 20<br />

A ameaça que comunidades tradicionais de pescadores vêm sofrendo,<br />

reforça ainda mais a necessidade de registrar a dinâmica da pesca. 21<br />

Cenários onde sociedades humanas interagem com ecossistemas naturais<br />

resultam em sistemas extremamente complexos, 22 estas relações afetam<br />

diretamente e indiretamente todo o ecossistema, nesse sentido é<br />

importante que modelos de conservação sejam desenvolvidos e<br />

estimulados, principalmente um manejo sustentável da biodiversidade<br />

por parte das populações tradicionais. 23<br />

Logo, com a escassez acentuada de pescado em algumas regiões litorâneas<br />

do Brasil, outras fontes de proteínas são exploradas para consumo por<br />

populações tradicionais, como por exemplo, algumas espécies de<br />

cetáceos, que hoje também se encontram em situação delicada, e a<br />

exploração dos mesmos hoje em dia, é vista como problema do passado,<br />

mesmo assim, muitas espécies de peque<strong>no</strong>s cetáceos têm sido caçadas<br />

com métodos que, além de causar sua morte, geralmente proporcionam<br />

sofrimento e dor.<br />

O estudo da interação entre as atividades de pesca e os cetáceos, constitui<br />

um dos pontos de maior relevância <strong>no</strong> que diz respeito à conservação e<br />

manejo desses mamíferos marinhos. 24 As espécies de cetáceos que são<br />

19<br />

PAIVA, M. P. Levantamento do estado da arte da pesquisa dos recursos vivos marinhos<br />

do Brasil: Recursos Pesqueiros - Programa REVIZEE. MMA/SMA, 1997. p. 241<br />

20<br />

KORMONDY, D. J.; BROWN, D. E. Ecologia Humana. São Paulo: Atheneu, 2002<br />

21<br />

SILVANO, R. Pesca artesanal e et<strong>no</strong>ictiologia. In: BEGOSSI, A. (org.). Ecologia de<br />

pescadores da Mata Atlântica e da Amazônia. São Paulo: Fapesp/Hucitec, 2004. p.<br />

187-222<br />

22<br />

SALAFSKY, N.; MARGOLUIS, R.; REDFORD, K.; ROBISON, J. G. Improving the practice of<br />

Conservation: a Conceptual Framework and Research Agenda for Conservation Science.<br />

Conservation Biology, Bethesda, v. 16, n. 6, p. 1469-1479, 2002<br />

23<br />

DIEGUES, A. C. Commons and protected areas in Brazil. Indiana: The eight conference<br />

of the international association for the study of common property, 2000<br />

24<br />

CRESPO, E. A. Análisis de las interacciones entre mamíferos mari<strong>no</strong>s y pesquerías en<br />

una enfoque ecosistémico. In: 7° Reunión de trabajo de especialistas en mamíferos

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