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Meio ambiente no Baixo Parnaíba

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Carolina Bilibio e Carlos Volpato 204<br />

Para Brose, 5 Becker e Bandeira 6 não existe um único modelo de<br />

desenvolvimento e que a <strong>no</strong>va racionalidade do sistema global é o<br />

desaparecimento das grandes utopias e a valorização de um processo de<br />

desenvolvimento que respeite os recursos específicos do lugar, sejam<br />

eles culturais, ambientais, éticos e morais, e que dessa forma, oportunize<br />

a região participar do processo de desenvolvimento mundial. Por isso,<br />

Becker destaca que, hoje, não basta pensar global e agir localmente, é<br />

preciso pensar local e agir globalmente, ou seja, a participação <strong>no</strong> mundo<br />

global está condicionada a própria capacidade local de se desenvolver,<br />

se organizar, de apresentar algum diferencial capaz de atrair<br />

investimentos, e que estes investimentos direcionam-se mais de acordo<br />

com variáveis qualitativas e não quantitativas.<br />

Dallabrida 7 , define o desenvolvimento regional como “um processo<br />

localizado de mudança social sustentada que tem como finalidade última<br />

o progresso permanente da região, da comunidade regional como um<br />

todo e de cada indivíduo residente nela”. E esse processo, segundo Boisier,<br />

ocorre através de alguns fatores, entre eles:<br />

Primeiro: um crescente processo de auto<strong>no</strong>mia regional de decisão, que significa<br />

capacidade crescente de definir seu próprio desti<strong>no</strong>. Segundo: uma crescente capacidade<br />

regional para apropriar-se de excedente econômico ali gerado, a fim de revertê-lo na<br />

própria região, diversificando sua base econômica e conferindo sustentabilidade de<br />

longo prazo a seu crescimento. Terceiro: um crescente movimento de inclusão social, o<br />

que implica uma melhoria na repartição da renda regional e uma permanente<br />

possibilidade de participação da população nas decisões de competência da região.<br />

Quarto: um crescente processo de conscientização e mobilização social em tor<strong>no</strong> da<br />

proteção ambiental e do manejo racional dos recursos naturais da região. Quinto: uma<br />

crescente autopercepção coletiva de ‘pertença’ regional, isto é, de identificação da<br />

população com sua região. 8<br />

5<br />

BROSE, Markus. Fortalecendo a democracia e o desenvolvimento local. Santa Cruz do<br />

Sul: EDUNISC, 2000<br />

6<br />

BECKER, Dinizar F.; BANDEIRA, Pedro S. Desenvolvimento local-regional: determinantes<br />

e desafios contemporâneos. op.cit, 2000<br />

7<br />

DALLABRIDA, Valdir Roque. Sustentabilidade e endogenização: <strong>no</strong>vos paradigmas para<br />

o desenvolvimento regional. In: BECKER, Dinizar F.; BANDEIRA, Pedro S.<br />

Desenvolvimento local-regional: determinantes e desafios contemporâneos. Santa<br />

Cruz do Sul/RS: EDUNISC, 2000<br />

8<br />

Apud DALLABRIDA, Valdir Roque. Sustentabilidade e endogenização: <strong>no</strong>vos paradigmas<br />

para o desenvolvimento regional. op.cit., 2000, p.33

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