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CADERNO DE RESUMOS - IEL - Unicamp

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discursivo (Jubran et al, 20012) como o uso dos MDs auxiliam na construção de uma<br />

estrutura composicional (Adam, 2008) para o programa e também colaboram para a<br />

coesão textual.<br />

Regilene Cunha - Universidade Estadual de Campinas<br />

Autoria na escola como produzir genro epistolar com alunos do EF e da<br />

EJA<br />

Este trabalho tem por objetivo apresentar e discutir uma Sequência Didática (SD)<br />

elaborada para alunos da EJA, Educação de Jovens e Adultos, e alunos da 6ª série do<br />

Ensino Fundamental. Essa SD focaliza, dentro da esfera familiar e da jornalística, os<br />

gêneros epistolares e a reportagem, presentes na vida de grande parte dos alunos. O<br />

ensino desses gêneros justifica-se dada a importância desse meio cultural de difusão de<br />

informação e de conhecimento na vida contemporânea. As atividades que compõem a<br />

SD enquadram-se nos eixos de ensino “análise de língua e de linguagens” e<br />

“compreensão e produção de textos escritos e orais”. A expectativa é que a SD aqui<br />

proposta possa levar os alunos da EJA e da 6ª série ao desenvolvimento das<br />

competências leitoras e escritoras, alicerçados na prática social, ou seja, os alunos<br />

produzirão seus textos tendo em mente o suporte de circulação, contexto e funçãoleitor<br />

determinando dessa forma, a linguagem utilizada e as escolhas linguísticas, além<br />

da possibilitar o dialogismo e a interação entre os sujeitos. O suporte teóricometodológico<br />

que embasa esta pesquisa é proveniente dos estudos de Bakhtin (1986 e<br />

1992). A concepção bakhtiniana estará presente para estudar a linguagem numa<br />

concepção enunciativa e dialógica. Segundo Bakhtin, a natureza da linguagem não está<br />

nem no subjetivismo idealista (filosofia da linguagem) nem no objetivismo abstrato<br />

(linguística geral); está muito além. Para isso, propôs a interação verbal, ou seja, a<br />

linguagem só será compreendida a partir de sua natureza sócio-histórica. O sujeito, na<br />

interação social com o outro, compartilha e aprende com esse outro sobre o mundo,<br />

organiza suas ideias e reflete sobre o proveito delas, ou seja, apreende-se a partir de<br />

uma dada informação ou conhecimento e recria seu próprio conhecimento. O<br />

dialogismo, na concepção bakhtiniana, nos permite saber quem somos por causa do<br />

outro. Em cada enunciação, temos um acontecimento diferente. Revelamos o que<br />

somos pela linguagem que usamos. Saber relevar a tensão criada pela interação com o<br />

outro é o caminho para nos reconhecermos como indivíduos sociais. Bakhtin nos<br />

explita, em Estética da Criação Verbal (1992, p. 348), que “a vida é dialógica por<br />

natureza. Viver significa participar do diálogo(...)”. Os resultados alcançados neste<br />

trabalho foi a publicação dos textos autorais dos alunos: “Por amigos: diálogos sobre a<br />

vida, suas experências e sonhos” publicado pela Editora Scortecci nov/2012.<br />

Renata Ortiz Brandão - Universidade Estadual de Campinas/CNPq<br />

Os cidadãos e concidadãos no discurso da Proclamação da República

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