CADERNO DE RESUMOS - IEL - Unicamp
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Sara dos Santos Mota - Universidade Federal de Santa Maria/Universidade<br />
Federal do Pampa<br />
“Rompidioma”: (re) dizendo e signigicando espaço, sujeito e língua em<br />
portunhol<br />
O presente trabalho origina-se de reflexões que vimos desenvolvendo em nossa tese<br />
(em andamento), vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade<br />
Federal de Santa Maria, em que tomamos como objeto de pesquisa o portunhol em sua<br />
manifestação escrita a partir da análise de textos impressos na língua. Neste trabalho<br />
tratamos do portunhol falado na fronteira uruguaio-brasileira, mais especificamente na<br />
região que compreende as cidades de Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento<br />
(Brasil), remetendo-nos a uma relação sujeito-línguas específica que se projeta no<br />
espaço de enunciação fronteiriço (STURZA, 2006). Para tal, à luz da semântica da<br />
enunciação, do modo como vem sendo delineada por Guimarães (2002, 2007, 2011),<br />
empreendemos a análise semântico-enunciativa de textos escritos do cantor e<br />
compositor riverense Chito de Mello, reunidos na publicação “rompidioma”, lançada<br />
em Rivera no ano de 2005. Na via dessa filiação, apresentamos uma análise de certos<br />
nomes, explicitando seu funcionamento semântico e como se constituem em<br />
designações através da operação enunciativa da re-escrituração nos textos recortados.<br />
Isto é, procuramos dizer o que nomes que referem ao espaço, ao sujeito e à língua<br />
designam nos textos de rompidioma, na medida em que se relacionam com outras<br />
palavras e movimentam sentidos, atribuindo sentido também aos textos. Segundo<br />
nossa compreensão, na fronteira a relação do sujeito com o espaço é essencial e<br />
constitutiva. Por isso, interessa-nos ver como este último aparece re-dito na<br />
enunciação, ao mesmo tempo em que analisamos como o sujeito que escreve - e se<br />
inscreve - na língua, enuncia sobre a língua que o constitui, posto que ‘O<br />
funcionamento da língua envolve o modo como seus falantes a “experimentam”‘<br />
(GUIMARÃES, 2007, p.64). Desde sua perspectiva como semanticista, Guimarães (2011)<br />
argumenta que “o texto interessa porque significa”. Em consonância com o autor, ao<br />
tomarmos os textos recortados para este trabalho, acreditamos que significam de<br />
modo diferenciado, dado que se constituem de uma escrita em portunhol.<br />
Silvana Silva - Universidade Federal do Pampa<br />
O estatuto da alteridade de marcadores discursivos na aula expositiva:<br />
uma reflexão teórico-prática de base enunciativa<br />
Pressupostos: Os marcadores discursivos vem recebendo ampla descrição e explicação<br />
de funcionamento em alguns volumes da obra Gramática do Português Falado<br />
(Sanfelice Risso, 1998, vol. III; Sanfelice Risso, Silva e Urbano, 2002, vol. VI.). Esta<br />
gramática, de inspiração funcionalista, enquadra os marcadores discursivos como<br />
elementos de organização textual-interativa, ao lado das categorias de sintaxe,<br />
morfologia e classes de palavras e fonética e fonologia. Observa-se que, nesta