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AG – Eu também diria uma coisa parecida com <strong>aqui</strong>lo que o José Nuno disse, mas nãodesde que não somos Provedores, mas lá mais para trás, quer dizer muitas vezes algunsouvintes, outros amigos, pessoas que encontro ocasionalmente que me falam dos temposem que nós fazíamos jornalismo, nós estou eu a dizer a nossa geração, jornalismoradiofónico, e eu tentando fazer e evidentemente que é muito difícil porque também fomosactores, também fui ator desse processo não é? Fazer uma retrospectiva, e até se fossepossível com exemplos que deve haver aí, muitos provavelmente não haverá se calhar, écapaz de haver, tenho alguns em casa, de noticiários antigos, etc. A verdade é esta, não nosenganemos. O jornalismo radiofónico teve fugaz no passado, teve momentosextraordinários, é como até a história da rádio, estou <strong>aqui</strong> a falar com o especialista que é oJosé Nuno, e no fundo é assim, a rádio, mas que extraordinária falta fazem pessoas como aMaria Leonor, como o Artur Agostinho, como o D. João da Câmara, quer dizer nóscomeçamos assim a pensar e somos capazes de dizer uma dúzia de nomes que fazem falta,são estas figuras que fizeram a história da rádio, que deram essa força que ainda perdura.As palavras leva-as o vento, e nós continuamos com o som, é esse poder tremendo que tema voz humana, e a voz na rádio, mas na verdade tirando essa dúzia de pessoas, essa dúzia depessoas destacava-se numa imensidão de outros esforçados profissionais que no entantodeixavam muito a desejar, e houve um grupo de pessoas ao longo dos anos que cometerammuitos erros, como nós cometemos hoje, cometeram muitos erros, e se nós formos fazer umbalanço estou convencido que há uma volta aos mínimos olímpicos que há hoje na rádioportuguesa toda, nas rádios generalistas, as rádios generalistas têm uma qualidade dainformação dos seus noticiários, uma qualidade da informação que não tinham há 20 anos,que tinham ainda menos há 30 anos e há 40 anos. É uma qualidade da informação quedeve-se tirar o chapéu, quer dizer, estão lá cumpridos, José Nuno, estão lá cumpridos asregras essenciais...MF – Agora, que estou a folhear os arquivos, tenho essa a noção claríssima...AG – É preciso dizermos isso para depois sermos exigentes, quer dizer, evidentemente eufalei naquelas figuras, e também posso falar de algumas figuras, o António Jorge Branco,Lucena Santos, os ouvintes que estão a ouvir já estão agora provavelmente com umalágrima ao canto dos olhos, não é? Porque é evidente essas são figuras que marcaram, eoutros mais que marcaram, mas eles eram realmente a excepção, eles eram os melhoresentre nós, eles eram aqueles que fizeram com que a rádio se mantivesse viva...MF – No nosso coração e na nossa memória...AG - talvez hoje o que nós precisássemos para que a rádio fosse alguma coisa que vá ficaroutra vez, precisávamos, a rádio precisasse talvez de um sopro, que voltassem assim unsAntónios Jorges, uns Senas, umas Marias Leonor, uns Artures Agostinho deste tempo,estás a perceber? Talvez faltam grandes figuras. Agora há boas figuras, quer dizer, há bonsprofissionais, e eu achava muito interessante e ouvia muito noticiário, nomeadamente na128

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