cima…», eu não sabia na altura onde era o «lá em cima», mas era algures bastante mais altodo ponto onde nós estávamos… «já está lá em cima para assinatura», «lá em cima» era oConselho Directivo, que eu vim depois a descobrir que era o 5º andar e eu estava no 1º…PO – Estamos a falar da Av.ª de Berna?P.C. – Avenida de Berna, na Torre. A secretaria, na altura, era no 1º andar e eu depois, unstempos mais tarde, fui a uma entrevista para dar aulas lá na Nova e fui então acho que ao 5ºandar ou qualquer coisa que o valha…PO – Também nunca subi… em 82, antes das obras…Prof. P.C. – Fui ao Conselho Directivo e eu assim «ah… então era <strong>aqui</strong> em cima queestava o tal papelinho para estar assinado…». E no dia a seguir, depois de ter defendido atese de Mestrado, fui entregar o projecto para Doutoramento, com o mesmo orientador,tudo por causa das propinas e aí sim, fiz um ano sabático, «não quero saber disto para nadadurante os próximos tempos… ahah». Eis que me convidam para ir dar aulas para o ISCSP«estou a fazer o doutoramento…», «óptimo, em que estado está a tese?», «oh, quasepronta... ahahah», eu não tinha nada feito, só tinha o projecto… «óptimo, ainda bem queestá quase pronta, porque nós precisamos mesmo que tenha o doutoramento, e tal… porquestões burocráticas, institucionais…», e eu pensei «oops.. o que é que fui dizer… a tesenão está nada feita…», mãos à obra, e assim foi, fiz a tese em menos de nada, porque…PO – Que com a rádio tinha a ver…Prof. P.C. – Obviamente… novamente sobre rádio, a de Mestrado era sobre a Rádio e aInternet, a relação entre Rádio e a Internet, se a Internet iria substituir o FM… depois defazer essa tese, dediquei-me ao blog, criei um blog que é o…PO – O Net-Fm…Prof. P.C. – O «Net-Fm», onde comecei a desenvolver e pensei… «bom, já que vou fazerum doutoramento, o melhor é ir angariando informação e isto serve também comoarquivo…». Depois, para o Doutoramento, pensei fazer uma coisa que complementasse, dealguma forma, tudo o que andava a ler até então e tudo o que tinha feito no Mestrado e aífiz sobre as estratégias de programação da Rádio em Portugal, fiz um estudo de caso daRFM, mas a tese é muito mais abrangente do que isso, porque no fundo é estratégias deprogramação, a relação entre a rádio e a música, ou seja, como é que as 2 indústrias, aindústria musical e a indústria da radiodifusão se relacionam e como é que elas seposicionam em Portugal e acima de tudo em contexto digital. Foi um trabalho complexo,por acaso… visto assim à distância…PO – Eu se calhar… é mais cómodo, apesar de tudo, a Paula estar deste lado… se estivesse,do que desse… mas deixe-me fazer a gestão…136
Prof. P.C. – É muito mais cómodo… ahahahPO – Então é assim, a necessidade de teorizar para as duas teses, não quebrou, eisto é umacuriosidade que eu tenho, depois posso explicar-lhe porquê, não quebrou, dizia eu, a magiaque a rádio que tinha?Prof. P.C. – Não, de todo, pelo contrário. Tornou a magia da rádio ainda maior, muitomaior.PO – Vamos falar de serviço público…Prof. P.C. – Com certeza…PO – O que é hoje o serviço público de radiodifusão que a Paula Cordeiro agora tambémcomo necessidade académica ouve, acha que é o serviço público que devemos ter? Vamosfalar só do media Rádio, não associando à Net, que é a sua zona de conforto…Prof. P.C. – Ahahah… mas nós não podemos pensar, nem a Rádio, nem a Televisão, nem aImprensa e muito menos o Serviço Público, se não pensarmos também na Internet…PO – Eu sei… já lá iremos…Prof. P.C. – É muito difícil, hoje, nós separarmos as águas. Há poucos dias, aliás, ontem,estava nas pesquisas habituais e encontrei um livro que explica exactamente que nós nãopodemos fazer actualmente uma história dos media, sem falarmos da convergência nosmedia, nós não podemos falar de rádio, só FM, porque a rádio não é só FM, não podemosfalar de imprensa… se abrirmos este jornal que <strong>aqui</strong> está, nós vamos encontrar inúmerasreferências ao site do próprio jornal e há inclusivamente News Magazines em Portugal queremetem alguns dos conteúdos para o site, ou seja, começam no papel e terminam no site.Por essa razão, nós temos mesmo de ir à minha zona de conforto…PO – É uma complementaridade necessária…Prof. P.C. – É uma complementaridade necessária… é impossível nós pensarmos as coisasde forma isolada, eu não acredito que ainda exista uma fatia de público com uma dimensãosuficientemente grande para justificar pensarmos as coisas de forma isolada.PO – Então, peço-lhe só, enquanto académica, mas ouvinte de rádio… vamos falar deserviço público que existe hoje…Prof. P.C. – Não posso falar como académica e ouvinte, porque como académica eu vejoas coisas numa dimensão, como ouvinte…PO – E sente-se influenciada…?Prof. P.C. – Influenciada como?137
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