por uma direcção, são coisas que permanecem, porque elas são definidoras da própria ação,fundacionais à própria emissão de rádio, não é? Depois há também interpretações a exporacerca do que é a utilização das tecnologias, das playlists, os dalets, esses programasinformáticos condicionam a criatividade no modo de apresentar ou produzir uma notícia, deapresentar um disco, ou de produzir uma notícia. Traz enormes benefícios á informação,mas muitas vezes a comunicação é prejudicada pelo excesso de tecnologia que pomos e quenos obriga a trabalhar, também hoje somos menos, temos que trabalhar mais depressa,temos que ser mais eficazes, e no momento é absolutamente essencial e decisivo que équando se abre o microfone lá se vai a eficácia toda. Vivemos naturalmente beneficiandode toda a carga tecnológica que está hoje à nossa disposição, fantástico isso é, ainda telembra de cortar fitas, de as colar, e etc., fitas que ficava às vezes ficava meses semaparecer no mercado, hoje tudo isso é mais simples, o ato de produção e de comunicação émais simples, traz-nos maior exigência e às vezes lá se vai o afecto. Que é <strong>aqui</strong>lo queaparentemente é dispensável, e no fundo é o que é essencial para o ouvinte que ouve umanotícia, ou um acto de fantasia.MF – Vou continuar a precisar muito que nos encontremos, senão já publicamente, mas emprivado para me aconselharem, e para aprender convosco. Mas queria concluír esta nossaconversa falando desta função que eu agora exerço depois de ambos o terem feito.Se os ouvintes deixarem de utilizar o Provedor como mediador, eu acho que estejamostodos de acordo, que esta função não tem muita razão de existir. Mas, como me parece quenós estamos convencidos que ela é necessária, pergunto-vos: que estratégias, se é que existealguma estratégia para estimular os ouvintes, eventualmente grupos de ouvintes aconstituírem-se como ouvintes privilegiados para fazerem chegar ao Provedor as suascríticas, as suas sugestões, ou até o enunciado de boas práticas no serviço público?AG – Bem, eu acho que esse é no fundo o desafio que tu vais ter que responder. O JoséNuno Martins apanhou o fulgor, realmente da novidade, e depois a empatia que ele cria,etc, com os ouvintes ajudou bastante, não é? Eu já venho no refluxo disso, e senti atérefletir sobre isso o meu último relatório, sentindo que havia uma diminuição no fluxo dasmensagens que podia significar várias coisas, podia significar desde logo que acomunicação não se estava a estabelecer entre a rádio e os seus ouvintes, eles não estavamlá, mas como eu não acreditava nisso, até porque tinha até outras indicações que estavam láos mesmos, e até estavam mais, significava que os ouvintes tinham outras válvulas deescape, estavam a utilizar outros mecanismos., um deles as novas tecnologias, as redessociais. A RDP, muito bem no meu ponto de vista, a Direção da RDP apostou nisso, houveaí um período em que muitas queixas, irritações e etc., passaram a ser canalizadas por aí.Os ouvintes naturalmente iam lá, o que significa...MF – Iam diretamente ao produtor...130
AG - escreviam e tinham logo um coro de vozes a dar acordo ou não dar acordo. Haviainteratividade. Ora eu senti que cometi, digamos que fui old-fashioned nesse caso. Querdizer, já era altura de o Provedor utilizar, como utilizam os Provedores da imprensa escrita,por exemplo, utilizam já as redes sociais. E portanto dar a possibilidade ás pessoas, ou terum blog em que as pessoas vinham e davam as suas opiniões e etc.JNM – O legislador não propicia, quando há pouco disse o que disse acerca da lei darádio...AG – Mas também não o proíbe, enquanto proíbe que a gente vá...MF – Um Provedor tem muito o que fazer, já me apercebi disso e, ou se criam canais econdições para que isso aconteça...AG – Por exemplo a minha opção foi esta, foi se na verdade a função do Provedor, por issomesmo muito bem o Prof. Paquete e o José Nuno Martins decidiram por exemplo nãoaceitar telefonemas, e não aceitar telefonemas porque achavam que o telefonema é aprimeira arma que o ouvinte saca, a primeira pistola que o ouvinte saca quando está irritadocom uma asneira, ora a função do Provedor é um bocadinho mais reflexiva, e por issomesmo era bom que o ouvinte pensasse três vezes antes de dizer a asneira, porque a asneiranão vai acrescentar nada, não é? Portanto o ouvinte faz uma primeira reflexão que vaiinduzir reflexões em cadeia, do Provedor e dos profissionais. E então enriquecemo-nostodos. Por exemplo há pouco não te disse isso, uma das coisas que mais me entusiasmaramna função foi esse triângulo que se estabeleceu, que era receber, e que nunca chegava osprogramas, porque os programas são quinze minutos, nunca chegavam aos programas, aspessoas não sabem, mas eu sei e os ouvintes sabem que a quantidade de vezes que eu recebicarta de ouvintes a fazerem reflexões, ou a protestarem contra coisas, eu dava-lhes a minhaopinião e muitas vezes eu dava a minha opinião ainda antes, coisa que <strong>aqui</strong> irritava algunsprofissionais, mas como <strong>aqui</strong>lo era tão óbvio, e como era importante que aquele ouvinteficasse aplacado na sua ira, eu próprio dava opinião, se a gente estava de acordo ou se nãoestava de acordo. E depois fazia seguir para os profissionais, e os profissionais respondiammee eu mandava a resposta ao ouvinte. Ficava satisfeito ou ficava insatisfeito, estabeleciaseaí um diálogo que em alguns casos chegou a ter sete e oito réplicas de cada lado. Erauma coisa tão interessante que eu pelo menos saí daí muito mais rico, e penso que osprofissionais que receberam também estas reacções ficavam também mais enriquecidos, epenso que por outro lado os ouvintes, é melhor também a forma de funcionamento. Mas hácoisas que parecem erro, e erros clamorosos que os profissionais parecem desprovidos dequalquer conhecimento, e não são assim tantos, não é? São também constrangidos porquestões técnicas, etc, portanto nessa medida <strong>aqui</strong>lo que eu acho é que eu senti queestávamos no terceiro ano desta função, e que era importante continuar ainda com essamoratória dada à reflexão. Vamos refletir. Se calhar tens que te converter às novastecnologias, e fazer uma coisa que realmente vai ser, penso eu que vai ser terrível porque131
- Page 1 and 2:
RELATÓRIO INTERCALARPROVEDOR DO OU
- Page 3 and 4:
ApresentaçãoNos termos da alínea
- Page 5 and 6:
Em capítulo próprio, falarei do G
- Page 7 and 8:
I - As Relações do ProvedorOS OUV
- Page 9 and 10:
AS ESTRUTURAS DIRETIVASNo que diz r
- Page 11 and 12:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODe facto
- Page 13 and 14:
diretiva. Ainda que seja óbvio o e
- Page 15:
de 2010, lei das incompatibilidades
- Page 19 and 20:
azões referidas, ainda não faz) e
- Page 21 and 22:
Hoje, a Rádio Pública (RDP? Uma d
- Page 23 and 24:
O pretexto de aproveitamento de sin
- Page 25 and 26:
IV - Em Nome do Ouvinte- O Programa
- Page 27 and 28:
V - Análise das Mensagens dosOuvin
- Page 29 and 30:
Mensagens recebidas 2006-2010138798
- Page 31 and 32:
A distribuição mensal das mensage
- Page 33 and 34:
Antena 1 - Distribuição e tendên
- Page 35 and 36:
Antena 2O dado mais relevante que p
- Page 37 and 38:
eferiram à orientação geral da e
- Page 39 and 40:
A Hora do Sexo, Bons Rapazes, Conve
- Page 41 and 42:
Sobre os espaços específicos de p
- Page 43 and 44:
Tal como escreveu o anterior Proved
- Page 45 and 46:
Breve análise sociográficaO volum
- Page 47 and 48:
Níveis de escolaridade5%7%Ensino b
- Page 49 and 50:
CONCLUSÃOA minha primeira conclus
- Page 51 and 52:
ANEXOS51
- Page 53 and 54:
meus dois antecessores. Ainda que,
- Page 55 and 56:
Locução - Por lhe parecer oportun
- Page 57 and 58:
MF - Honra-me ter sido escolhido, e
- Page 59 and 60:
tinha em relação a naturezas de q
- Page 61 and 62:
fragmentadas porque nós também ca
- Page 63 and 64:
Locução - Na próxima semana, Ade
- Page 65 and 66:
serve de nada, e então fica carís
- Page 67 and 68:
do meu mandato, até por pressão d
- Page 69 and 70:
sempre ao dos ouvintes… Digo isto
- Page 71 and 72:
AG - Bem, eu acho que esse é no fu
- Page 73 and 74:
JNM - Sem dúvida.MF - José Nuno M
- Page 75 and 76:
do correio tradicional, pretendo me
- Page 77 and 78:
longo dos anos, que cometeram muito
- Page 79 and 80: coisas que permanecem, porque elas
- Page 81 and 82: JNM - …a rádio e a rádio públi
- Page 83 and 84: naturalmente aqui a circunscrever-m
- Page 85 and 86: 10º. Programa - (Sinopse) O Proved
- Page 87 and 88: Locução - Fernando Tordo foi tamb
- Page 89 and 90: gosto de uma coisa animada enquanto
- Page 91 and 92: 13º. Programa - O Provedor, neste
- Page 93 and 94: Locução - Mas Recordemos ainda ma
- Page 95 and 96: E não se ficaram por aqui: Também
- Page 97 and 98: 15º. Programa - O Provedor regress
- Page 99 and 100: os programas. Portanto eu considero
- Page 101 and 102: nesse momento quem tem essa janela
- Page 103 and 104: 16º. Programarama - O Provedor, re
- Page 105 and 106: [rm noticiários]Vítor Alves foi j
- Page 107 and 108: 17º. Programa - O Provedor decide
- Page 109 and 110: 18º. Programa - O Provedor, dando
- Page 111 and 112: 19º. Programa - Mário Figueiredo
- Page 113 and 114: RM - Rui Vieira Nery e a programaç
- Page 115 and 116: RM - (R. Santos) - “Eu não ouço
- Page 117 and 118: Locução - Seria um formato mais a
- Page 119 and 120: 119
- Page 121 and 122: sabendo que tinha toda independênc
- Page 123 and 124: nalguns momentos de risco mesmo, em
- Page 125 and 126: não apenas uma, de rádio nos devi
- Page 127 and 128: quero deixar de dizer, se tiver que
- Page 129: Antena 1, nas outras estações ouv
- Page 133 and 134: cidadãos que somos também, não d
- Page 135 and 136: Marginal estava a fazer o programa
- Page 137 and 138: Prof. P.C. - É muito mais cómodo
- Page 139 and 140: concessão, vamos ver… cumpre ou
- Page 141 and 142: acoco, quer dizer, isto é estéril
- Page 143 and 144: Prof. P.C. - Se é o que é preferi
- Page 145 and 146: PO - Da RDP…P.R.S. - E nessa altu
- Page 147 and 148: P.R.S. - Sim.. de todo o modo, o se
- Page 149 and 150: haver um enquadramento. Portanto, o
- Page 151 and 152: PO - Agravado depois aquando do dou
- Page 153 and 154: portanto a Internet tem aqui um pap
- Page 155 and 156: Transcrição integral da Entrevist
- Page 157 and 158: existência. Poderá ter depois…
- Page 159: algum público ouvinte não necessi