fracção de segundo faz-nos mudar, uma irritação em relação à qualquercoisa que estamos a ouvir resolve-se hoje em dia numa fracção desegundo, numa fracção mínima de segundo, carrega-se no botão e mudou,e portanto já nem esse problema temos. E eu creio muito sinceramente peloque me liga, porque estou muito metido por dentro, de algum modo pordentro do coração desta estação, o que eu digo é o seguinte, a RDP nãotem nada, rigorosamente nada a perder em passar mais músicaportuguesa, melhor música portuguesa.Locução - Fernando Tordo, sobre a música que se ouve no serviço público.[excerto de tema de Amélia Muge – “Não Sou D<strong>aqui</strong>”]Locução – Amélia Muge nasceu em Moçambique e é uma das maisprofícuas autoras e intérpretes portuguesas. Editou o primeiro disco em1992, mas está ligada à música desde os anos 70 do século XX. Muitoinfluenciada pela poesia de João Pedro Grabato Dias e pela música deportugueses como José Afonso, Fausto e José Mário Branco, Amélia Mugeé hoje um nome incontestável da música portuguesa.RM Amélia Muge: Eu gostaria muito de saber o que a rádio é, isto é, o que éque rádio espera nomeadamente de mim, que sou alguém que trabalho namúsica. Eu não sei o que é que a rádio espera de mim, eu não me oiço narádio, não oiço muito dos meus companheiros. A única coisa que eu oiçofalar é de uma política de playlist, que também não me parece que sejagrandemente discutida. É muito difícil, eu sou perfeitamente capaz de apartir do momento em que eu perceba qual é a política da rádio, que a rádiofunciona da maneira como funciona, sou capaz de dialogar, agora nãoestou nada interessada em para já emitir juízos de valor sobre o que é que arádio deve ser ou não deve diante de uma parede de silêncio em relação àspolíticas. Não sei quais são, não há dados sobre isso, e um dia que hajaterei muito gosto em participar, e tentar ajudar na medida do possível aperceber o que é que eu gostaria que a rádio fosse Na maneira que istoestá, a mim cada vez que eu abro a rádio, então sobretudo a rádio pública,a minha vontade é fechá-la. (….) O que é que a rádio pretende quandopassa essa música? Cumprir uma lei? Então realmente é pouquíssimo. Estápreocupada em saber, está preocupada em perceber o que é que podefazer dentro d<strong>aqui</strong>lo que são as suas obrigações? Digamos que a passagemde uma música representa apenas uma pontinha pequenina do Iceberg,tem raízes muito profundas. Quem a ouve não está a ouvir só umamusiquinha, e não está só a pensar: gosta ou não gosta, mesmo que emúltima análise o público que ouve a rádio até só pense nisso, e ache: olhe eu88
gosto de uma coisa animada enquanto vou a guiar para me distrair, eu achoque a rádio tem obrigações para lá disso. E acho que nós deveríamos, defacto, ser confrontados com essa política que fará que dentro dessaobrigatoriedade ela passe umas coisas e não passe outras.Locução - Amélia Muge, a propósito das opções musicais do serviçopúblico de rádio.[excerto de tema dos UHF]Locução – A biografia dos UHF confunde-se com a de António ManuelRibeiro, fundador e alma mater da banda que, no início dos anos 80,marcou o movimento do chamado rock português com temas como “JorgeMorreu”, “Rua do Carmo” ou “Cavalos de Corrida”.Locução - Em atividade desde há mais de 30 anos, os UHF tornaram-se umareferência obrigatória do rock cantado em português. Uma opçãoconsciente de António Manuel Ribeiro, antes mesmo de Rui Veloso e “ChicoFininho” terem imposto a língua de Camões aos ritmos anglo-americanos.Locução - O que pensa António Manuel Ribeiro das opções musicais darádio pública?RM – AntónioManuel Ribeiro: Eu acho que o trabalho feito pela Antena 1tem sido muito bom, aliás cito um caso concreto que é o Programa Viva aMúsica todas as quintas-feiras com o Armando, em que se defende tudo<strong>aqui</strong>lo que é o aspecto musical português, e penso que mesmo para aAntena 1 não era necessário sequer uma lei. Acho que desde sempre setem divulgado com solidez <strong>aqui</strong>lo que vai acontecendo de novas edições nonosso mercado, portanto não vejo qualquer problema. (…) Muitas vezes oque eu sinto que existe, digamos, na grande divulgação radiofónica emPortugal é que há muita confusão, acho que perdemos um bocado o norte,entramos nalgumas manias, nalgumas modas, que se calhar afunilaram<strong>aqui</strong>lo que é a rádio, que deveria ser a rádio, que é novidade. A rádio temuma componente histórica memorial, se quisermos, mas tem muito denovidade, por isso todos os dias temos notícias novas também. E a rádioesquece-se um bocado disso, de fazer o factor, importante até para aindústria musical, que é a divulgação do que se passa. Há muita censuraprévia, censura no sentido de afunilar a divulgação, estou a dizer no grandeespectro radiofónico português, e isso para mim faz um bocado a imagemque está a nação. A nação está confusa, a rádio está confusa,naturalmente.89
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