Locução– Música portuguesa, no entendimento do legislador, são ascomposições musicais «que veiculem a língua portuguesa ou reflitam opatrimónio cultural português, inspirando-se, nomeadamente, nas suastradições, ambientes ou sonoridades características, seja qual for anacionalidade dos seus autores ou intérpretes».Locução - A lei da rádio determina ainda que cabem nesta classificação ascomposições musicais «que, não veiculando a língua portuguesa porrazões associadas à natureza dos géneros musicais praticados,representem uma contribuição para a cultura portuguesa.»Locução - Os anteriores provedores do ouvinte abordaram por mais de umavez as questões relacionadas com as opções musicais da rádio pública.Locução - Logo após ter iniciado as transmissões de Em Nome do Ouvinte,em 2006, o provedor José Nuno Martins dedicou uma série de seteprogramas à análise da política de difusão musical da Antena 1.Locução - Também Adelino Gomes, ao longo do seu mandato comoprovedor do ouvinte, se referiu por diversas vezes às escolhas musicais daestação pública generalista.Locução - A música transmitida pela Antena 1 é o tema de partesignificativa das mensagens recebidas pelo Gabinete do Provedor. Muitasdas queixas referem-se àquilo que alguns ouvintes consideram ser umexcesso de música estrangeira na rádio pública.Locução - Os critérios que presidem à elaboração da playlist são tambémobjecto de contestação frequente, tanto por parte dos ouvintes como deprofissionais da música.Locução - No programa de hoje, o provedor Mário Figueiredo inicia umanova abordagem deste tema, dando voz justamente a autores,compositores, intérpretes e investigadores musicais.[excerto de tema de F.Tordo]Locução - Nascido em Lisboa há 62 anos, Fernando Tordo é um dos maisconhecidos compositores e intérpretes portugueses. Fez parte dos Sheiks,um grupo pioneiro do pop-rock lusitano, e participou em diversos festivais<strong>RTP</strong> da canção, tendo sido o vencedor da edição de 1973 com a polémica“Tourada”, escrita em parceria com José Carlos Ary dos Santos.86
Locução - Fernando Tordo foi também autor e apresentador de algunsprogramas de rádio e televisão, com natural destaque para a primeira sériede “Cantos da Casa”, realizado e transmitido há alguns anos pela Antena 1.Locução - O Provedor do Ouvinte quis saber o que pensa este autor eintérprete da música que passa na rádio pública:RM- Fernando Tordo: Em relação ao serviço público tenho muito boaopinião, não a tenho de hoje, tenho-a de sempre, dos dois temposimportantes que marcam as nossas vidas, a nossa geração antes e depoisdo 25 de Abril. Eu tenho muito boa opinião. Ainda há poucos dias tive aoportunidade de manifestar uma opinião, que é uma opinião muito recenteem relação a alguma oscilação que vou notando <strong>aqui</strong> na Antena 1 emrelação à passagem da música portuguesa. Ela pode ser mais ou menosintensa, não tem um ritmo regular. Quando eu digo que ela oscila significa oseguinte, não é pelo que isso possa ter de negativo se passarmos menosmúsica portuguesa em determinadas alturas, é porque passa muita músicaestrangeira em determinadas alturas. Talvez eu traga algumas novidades,eu gostaria de trazer algumas novidades no raciocínio que faço sobre isto,é porque eu não acho só importante que passe mais música portuguesa, émuito importante que passe menos músicas estrangeiras no sentido dealguma que vamos ouvindo, que é de muito má qualidade, muito máqualidade. Eu como sou um descendente, sou um filho mais ou menospródigo de grande música estrangeira, americana, inglesa, francesa,espanhola se quiser, mas muito especialmente estas quatro que citei, e daitaliana, porque não acrescentar? Fui habituado, fui educado a ouvirdeterminado tipo de coisa, e eu digo assim, para passar esta músicaestrangeira que estou a ouvir, mais valia que não se passasse. Poderia atédizer, segundo o meu critério, e este é apenas o meu critério, o meu pontode vista, poderia até dizer que seria nalguns casos preferível passaralguma música que eu considerasse não tão boa em português do quepassar música tão má estrangeira. Quer dizer, o serviço público, nessecaso a RDP, que é isso que me interessa, onde tenho grandes amigos, ondetenho como que uma família de longuíssima data, data tão para trás quantoquase os meus 47 anos de profissão. O que eu acho é que não teria, não hánenhuma razão para haver nenhuma espécie de prurido em relação àpassagem de música. Dantes tínhamos que rodar os botões, eu ainda tenholá destes rádios em casa e ainda há um em casa da minha mãe, a genterodava o botão e <strong>aqui</strong>lo demorava a mudar de posto, para sintonizar atéaquele pontinho. Lembraste daquele pontinho verde muito bonito que sealargava ou se diminuía consoante a sintonia? Agora não, numa simples87
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