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JNM – Sem dúvida.MF – José Nuno Martins.JNM – Eu estou inteiramente de acordo com isso, mas… O que é quepode…? O Provedor não está <strong>aqui</strong>, também, para cativar ninguém, está<strong>aqui</strong> para… Há quem pense assim. Eu sei que tu não pensas assim, peloconhecimento que tenho de ti, nem o Adelino também. Não se está <strong>aqui</strong>para cativar ninguém. Vamos lá ver: se o acto de trabalho normal, parafazer o programa do Provedor, já é em si um acto por natureza cativante;vamos lá ver, se essencialmente o não for, não tem resposta do ouvinte, oouvinte não o segue, muda o dial, muda a frequência, muda de estação.Não sei… Eu também penso… Fomos diferentes nisso, naturalmente, oAdelino e eu, e tu serás diferente também. Eu por exemplo acho que, ao fimde meses e meses a receber mensagens tristes, de tristeza, de inquietação,às vezes até de raiva – que vi tanta mensagem escrita com os pioressentimentos de alguns ouvintes, achei que não era justo não premiartambém a excelência que às vezes nos orgulhamos de ouvir nas estações.Eu também me orgulho de ouvir noutras estações, como ouvinte fico felizquando ouço… São raros esses momentos, mas eles existem. Existem, paranosso orgulho, no próprio serviço público a quem servimos quando, comoprovedores, como ouvintes – até como administradores ou diretores, oucomo profissionais, o profissional mais simples deve orgulhar-se de coisasque o serviço público tem. Eu referi alguns desses casos muito pontuais, ácabeça dos quais esteve o saudoso programa “Lugar ao Sul” com o nossomestre comum Rafael Correia. E esse é um caso exemplar. Nós estamos air diretos ao coração de quem nos ouve quando exaltamos os nossoscolegas em momentos absolutamente extraordinários da rádio que ele teve.Sei que é comum o sentimento ao Adelino Gomes e a ti, não há quem nãoreconheça nele o mestre extraordinário dessas coisas indizíveis que étransmitir-nos, contar as histórias, narrar de uma maneira especial – àsvezes apenas abrindo, sabendo abrir o microfone e sabendo ficar calado.Ele há lá coisa mais extraordinária do que isto?, ter esta ciência…MF – Está lá a rádio toda, não é?JNM – É. Porque aí fica tudo dito, a gente pode pensar, e é a rádio quenós… Basta que fechemos os olhos e nos entreguemos àquilo, àinterpretação d<strong>aqui</strong>lo que está a acontecer. Portanto esse é um dosaspectos, de facto a gente também de vez em quando exaltar o que sabebem ouvirmos, enquanto cidadãos que somos também. Tu és cidadão, nãomudas, não deixas de o ser, é-lo. És, precisamente nessa altura, numa73

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